quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

MINHA EVA MINHA MAÇÃ



Depois de amanhã eu parto
Porque já estou farto
Desta vida de solidão
Irei pra grande cidade
Em busca da felicidade
Levo apenas meu violão

No meu fusqueta ponto zero
E tudo apenas que eu quero
É de respirar em outros ares
Quero fazer serenatas
E ver o requebrado das mulatas
Estarei sempre nos bares

Em tocatas de vilões
Quero arrebentar corações
Com meu charme de galã
E entregar-me à morena
O meu verdadeiro poema
Minha Eva minha maçã!

Escrito as 09:08 hrs., de 31/01/2018 por
Nelson Ricardo

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

MULATA AÇANHADA


Fim de semana chegando
E o povo se preparando
Para logo a semana que vem
A festança do carnaval
A empregada tira o avental
E na noite toma o trem

O sambódromo a espera
Eu estou falando da Vera
Mulata muito açanhada
Com lábios que pedem beijos
E que faz aflorar desejos
Com sua bundinha empinada

Desfilando na imperadores
Vou levar-lhe um buquê de flores
E passar a mão naquela bunda
No carnaval do porto seco
Depois a arrasto para um beco
Nem que eu leve uma tunda!

Escrito as 19:29 hrs., de 30/01/2018 por
Nelson Ricardo

NAS GALÁXIAS DO PASSADO


Nas galáxias do meu passado
Eu encontro registrado
A marca de uma canção
Era a canção do meu viver
Foi quando vim te conhecer
Caí na vida sem noção

Juntos tocamos a vida
Você foi sempre a saída
Até o ar que eu respirava
Palavrinhas ao pé do ouvido
De fazer a gente perder o sentido
Nesse momento eu gozava

Do bom viver de nós dois
Mas acontece que bem depois
O destino nos separou
Hoje tu moras nas alturas
Deu adeus as desventuras
E tudo que era bom se acabou!

Escrito as 16:59 hrs., de 30/01/2018 por
Nelson Ricardo

EM NOITES DE LUAR


Está me dando um soninho
Neste banco aqui sozinho
Pensando em você meu amor
Momentos bons que passamos
Em noites de luar sonhamos
Você que foi minha flor

Que depois desabrochou
E para bem longe voou
Deixando em mim a saudade
De nossos belos momentos
Hoje brotam de mim sentimentos
E não existe felicidade

Minhas lágrimas enchem rios
Nossos travesseiros estão frios
Pela falta que tu me faz
Estou na mais triste solidão
E de criar uma nova paixão
Pra isso não sou mais capaz!

Escrito as 13:45 hrs., de 30/01/2018 por
Nelson Ricardo

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

INDO EMBORA


Estou indo embora sim
E com isso dando um fim
De viver neste lugar
É claro que valeu à pena
E a razão deste poema
É de uma forma registrar

Uma ponta de saudade
O tanto da hospitalidade
Que este lugar me concedeu
Mais ou menos tudo que tenho
E por isso que agora eu venho
Deixar o agradecimento meu

Adeus Capão da Canoa
Saiu daqui numa boa
Embora o coração partido
Levo-te dentro do coração
Com minha humilde saudação
Por todo o tempo aqui vivido!

Escrito as 17:16 hrs., de 29/01/2018 por
Nelson Ricardo

A MENINA DO VIOLINO


Aquele navio em alto mar
Suavemente a navegar
Pelas ondas do tempo
Leva ali o meu destino
Sou rapaz de faro fino
Pensamento segue ao vento

E eu sigo a inspiração
Na letra de uma canção
De um violino decorado
E uns lábios de desejos
Implorando por uns beijos
E eu ali à seu lado

Cheio de amor pra dar
Ela não para de tocar
Parece um botão de flor
Quero ser seu menestrel
Seu gim tônica, seu pastel
Quero seu corpo de amor!

Escrito as 14:48 hrs., de 29/01/2018 por
Nelson Ricardo

sábado, 27 de janeiro de 2018

NO TALO DE UM PÉ DE ALFACE


Corta-se com a tesoura
Aquilo que vem da lavoura
Ou quem sabe de uma horta
É quando a poesia renasce
No talo de um pé de alface
A inspiração é o que importa

E quando a cede se abate
Um sorvete de chocolate
Com sabor de beijos e avelãs
Da boca bem desenhada
De minha doce namorada
Na brisa fresca das manhãs

Depois da cesta dos lençóis
Vamos a sombra dos girações
Porque o amor continua
No quintal do doce lar
Até a tarde se acabar
E continuarmos ao clarão da lua!

Escrito as 16:09 hrs., de27/01/2018 por

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

OS ACORDES DOS TEMPOS


São os acordes dos tempos
Da música que vai aos ventos
E polvilha a humanidade
Espalhando a semente do amor
E mandando pra longe o pavor
Em troca da felicidade

Pelas cordas do violão
Nas praias frescas do verão
Imagine o mar caribenho
Lá nas tiendas do prazer
Que acompanha o entardecer
É pra dizer isso que eu venho

Cruzando os mares da paixão
E a morena que me pega na mão
Puxando-me ao rebolado
Chega tremer os vitrais
E ela chorando e pedindo mais
E eu morrendo de apaixonado!

Escrito as 17:11 hrs., de 26/01/2018 por
Nelson Ricardo

A IMENSIDÃO DO FOGO DO AMOR


É hoje que a coisa pega
Aquela fulana nega
Dizendo que não me ama
Isso é pior que castigo
Ela já se deitou comigo
Que até quebramos a cama

Tal a imensidão do fogo
Por isso não entendo o jogo
Que ela impõe no momento
Foi pra casa da luz vermelha
Aquilo é um enxame de abelha
Onde não há sentimento

Velho cassino da roleta
Na casa da mãe Julieta
Onde o dinheiro é que manda
Que chega a dar pavor
Não é como o nosso amor
Que rolava até na varanda!

Escrito as 15:50 hrs., de 26/01/2017 por

OS DESENHOS DO AMOR


Os passarinhos da mata
Bebem água na cascata
E tomam banho de pureza
Depois disso batem azas
E sobrevoam sobre as casas
Como anjos da beleza

Os passarinhos encantam
Que em bandos levantam
Pintando o mundo multicor
Abro a folha de cartolina
Homenageando a Carolina
Com os desenhos do amor

É assim que levo a vida
Essa é a melhor saída
Que chamo de mistura fina
Porque agora eu vou ligar
No meu querido celular
Pra falar com a Carolina!

Escrito as 09:49 hrs., de 26/01/2017 por
Nelson Ricardo

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

PASSARINHO CANTA NA VARANDA


Passarinho canta na varanda
Anunciando o fim de semana
Que chega depois de amanhã
Acordei agora da sesta
Com o meu coração em festa
Sentindo um cheiro de hortelã

Que vem do quintal dos fundos
Estes dias viajei pelos mundos
Povos de línguas estrangeiras
Desci no Chile e beijei o chão
E fui abrindo o meu coração
Rasgando o peito alem fronteiras

Posei em muitas estalagens
E desvendei todas as miragens
A procura do meu elo perdido
Rompendo o solo argentino
E fotografando o mundo andino
Que me deixou de queijo caído!

Escrito as 17:01 hrs., de 25/01/2018 por
Nelson Ricardo

DE BAIXO DA LUZ VERMELHA


Carrego comigo um vício
O da zona de meretrício
Seja lá como quiser
Oriundo da terra vermelha
De baixo da luz vermelha
Não sei viver sem mulher

O vício não me abandona
Minha morada é na zona
Isso é problema todo meu
E elas rebolam pra mim
Eu vejo do começo ao fim
Foi um dom que Deus me deu

Alem do canto dos cardeais
De lá eu não saio mais
Da paz da felicidade
Escolho sempre as mais belas
E quando estou com elas
O amor explode de verdade!

Escrito as 10:51 hrs., de 25/01/2017 por
Nelson Ricardo

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

VOANDO NUMA POLTRONA


Até que em fim o retorno
Esse verão que é um forno
Tantas noites sem dormir
Voando numa poltrona
Tomando gotas de bela dona
Agora não vou mais sair

Dentro de semana e meia
Eu quero enrolar-me na tua teia
Aonde chocas os teus ovos
Que quando sussurras baixinho
Entendo que estás no ninho
E que nossos desejos são novos

E é La que devemos estar
Para em nosso ninho procriar
Isso são as ordens de Deus
Não teremos gemidos de dor
Mas somente palavras de amor
Com teu corpo nos braços meus!

Escrito as 18:01 hrs., de 24/01/2018 por
Nelson Ricardo

sábado, 6 de janeiro de 2018

SE DESPETALANDO COMO FLOR



E vai começar a viagem
Por algumas estalagens
Por esse mundo de Deus
Nas asas de um passarinho
Andarei sempre sozinho
Com os pensamentos meus

Quero deixar a solidão
Abrir a porta do meu coração
Pra receber uma visita
Quem sabe um anjo bom
Com cheiro e cor de batom
De uma mulher muito bonita

Ou até mesmo nem tanto
Alguém que tenha o encanto
E que por ventura quiser
Se despetalar como flor
Eu quero beber do amor
E do feitiço de uma mulher!

Escrito as 10:18 hrs., de 06/01/2018 por
Nelson Ricardo

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O PEPEL DA REALIDADE


Se sou poeta é porque escrevo
Coisas de alto relevo
No papel da realidade
Sobre o tapete vermelho
No quarto tem um espelho
Para a rainha da felicidade

Retocar sua maquiagem
Vamos zarpar em viagem
No navio da Corbelândia
Que parte na madrugada
Durante a noite enluarada
Saindo da Vila de Lusiania

Vamos dar um giro pelo mundo
Que em meados de um segundo
Retornaremos ao leito
Ao ressonar do prazer
Quero sentir sem ver
Ela dormindo no meu peito!

Escrito as 19:34 hrs., de 05/01/2018 por
Nelson Ricardo

NO RINCÃO DA CARRASQUEIRA



Quando você sorriu pra mim
Bebi mais um gole de gim
E copo e meio de coca cola
Já no final de uma manhã
Tomei um sorvete de avelã
E afinei as cordas da viola

Vou te fazer serenata
Essa paixão quase me mata
Não sei mais o que fazer
Se hoje já é sexta feira
Vamos ao Rincão da Carrasqueira
Em busca do bom prazer

O navio já vai zarpar
E eu tenho que te levar
Ta entendendo minha flor
Diga se você topa
E vamos largar para a Europa
Pra consumar o nosso amor!

Escrito as 15:31 hrs., de 05/01/2018 por

FLORZINHA TETÉIA


Florzinha tetéia da ilha
Vejo quando teu olho brilha
Quando me vê na janela
Do apartamento onde moro
Porque sabes tu que te adoro
Cara redonda de mortadela

Não posso viver sem ti
E por isso estou aqui
Para dizer que te amo
A noite levanto pra mijar
E volto pra cama a sonhar
E quando acordo te chamo

Ao meu lado tu não está
É na Ilha de Paquetá
Que contigo quero namorar
Depois de uma dose de Martini
Imagino—te só de biquíni
Que com os dentes quero tirar!

Escrito as 10:48 hrs., de 05/01/2018 por
Nelson Ricardo

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O PRÍNCIPE ENCANTADO


É assim no embalo que vou
O sol que muito esquentou
Está derretendo até a alma
Acabei de chegar de Osório
No meu tranco simplório
Eu prefiro andar na calma

Peguei o cipó das três
E o namoro se fez
Em apenas uma piscadela
Na ocasião que me furta
Ela de saia bem curta
Era por de mais tão bela

Pecado não chegar junto
Tecendo logo o assunto
Que já estou apaixonado
E foi assim que falei
Menina eu pra ti serei
O teu príncipe encantado!

Escrito as 16:49 hrs., de 04/01/2018 por
Nelson Ricardo

CABELOS LONGOS DE PRINCESA


Agora eu vou mergulhar
Talvez dormir e sonhar
Quem sabe mesmo acordado
Na frente de um computador
As pétalas de uma flor
Que nasceu do outro lado

Num lindo jardim de Veneza
Cabelos longos de princesa
Que a cortejei num certo bar
A cidade com seus canais
Suas igrejas e seus vitrais
Em sonho eu estava a namorar

No fundo da alma de Florinda
Quando penso lembro ainda
Como era bela aquela flor
Queria que fosse verdade
Pra viver a felicidade
Na eternidade do amor!

Escrito as 08:28 hrs., de 04/01/2018 por

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

AGORA QUE VENHA O CARNAVAL


Entrei pra te dizer um oi
O réveillon já se foi
E antes disso o natal
Já se tinha ido a primavera
Houve a mudança de uma era
Agora que venha o carnaval

Vou botar meu bloco na rua
Todos sambando ao clarão da lua
Rompendo o mês de fevereiro
Temos praia sol e verão
Ascendendo ao estopim da paixão
E eu quero me jogar por inteiro

Nos braços do meu grande amor
Derreter-me de tanto calor
Seja lá o que Deus quiser
Nasci pra ser feliz nesta vida
Quero amar minha doce querida
O mais belo exemplar de mulher!

Escrito as 20:27 hrs., de 03/01/2018 por
Nelson Ricardo

A ROSA LOURA DA PAIXÃO


Eu antes bebia um pouco
Eu sempre fui meio louco
De jogar pedra em avião
A situação sempre foi falsa
Mas eu gostava de dançar valsa
Com a Rosa loura da Paixão

Esse era o nome dela
Do bairro a mais bela
Que se encarnou em minha vida
Cabelos longos até a cintura
A rainha da formosura
Então não tive outra saída

Do que pedir a sua mão
Seu corpo, seu coração
E ela então me salvou
Agora não bebo nenhum pouco
E deixei de ser louco
Depois que Rosa Loura me adotou!

Escrito as 17:41 hrs., de 03/01/2017 por
Nelson Ricardo

A FORMA DO AMOR


É assim mesmo que eu vou
Conforme Deus mandou
Dobrando as curvas da estrada
Talvez eu encontre alguém
Num lugar muito alem
Da floresta encantada

Uma índia faca na bota
Que em sonho ela me bota
Na terra fértil a capinar
No mundo de suas entranhas
E ainda me leva as ganhas
Me convidando pra procriar

Que é para aumentar a raça
Todos os dias quando ela paca
Com a beleza que não finda
A morena do olhar trigueiro
Incendeia o meu corpo inteiro
Nunca vi coisa mais linda!

Escrito as 15:16 hrs., de 03/01/2018 por
Nelson Ricardo

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A FORMA DO AMOR


Encontrei—te lindamente
Eu tenho a semente
Pra plantar dentro de ti
Que gestará no ventre de voz
A descendência de nós
Olhando pra ti eu vi

És a forma do amor
Me perdoe pela dor
Que sentirás no parto
E te digo ainda
Serás a mãe mais linda
Alem das fronteiras do quarto

Você é meu viver
Não consigo me conter
De feliz eu choro com calma
Não preciso de mais nada
Quero reconhecer-te como amada
Até as profundezas de tua alma!

Escrito as 10:56 hrs., de 02/01/2017 por
Nelson Ricardo