domingo, 30 de junho de 2019

AO PISCAR DOS COMETAS


Vamos largar para a escrita
Prenda a sua cabrita
Que meu bode está solto
E ele não deixa barato
Amarra aqui o meu sapato
Mas tira essa mão do bolso

Olhar firme pra frente
Que por traz vem gente
Empunhando suas baionetas
Todos com sede de vencer
E você pode tremer
Ao piscar dos cometas

Estou furioso e xingo
Porque hoje é domingo
Deixa fazer meu poema
Já está todo alinhavado
No meu canto sossegado
Com a alma bela e serena!

Escrito as 15:05 hrs., de 30/06/2019 por

NO RIO DA IMAGINAÇÃO


Que domingo mais chuvoso
É um dia muito gostoso
No rio da imaginação
Onde a gente mata a sede
E é tanto peixe na rede
E comida no panelão

No inverno é frio que racha
Pimenta no prato e som na caixa
Já que não tem sol
Vou ligar a televisão
Para ouvir uma canção
Antes do futebol

É a vida que vale à pena
Na gestação de um poema
Que faço com muito afinco
Mês de junho terminando
E eu aqui meditando
De baixo do barraco de zinco!

Escrito as 10:57 hrs., de 30/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NAS ASAS DA LIBERDADE


Agora então eu vou
Porque tudo melhorou
Uma imagem aberta
Para o topo do morro
É para lá que eu corro
Para voar de asa delta

Pelo céus do meu país
É tudo que me faz feliz
Nas asas da liberdade
As nuvens passam por mim
E é bem assim
Que respiro a felicidade

De amar o chão onde vivo
Ser moderno ou primitivo
Tanto faz como tanto fez
Vou receber meu salário
O quinhão de um operário
Pagar contas no fim do mês!

Escrito as 10:22 hrs., de 30/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 29 de junho de 2019

CADÊ O MEU SONO?


Eu quero ir
Para a cama dormir
Mas o sono não vem
Quase uma da matina
Então abro a cortina
Pra ver se vejo o trem

Aproximando da estação
Numa noite de verão
Mas estamos no inverno
Já na metade do ano
De um tempo muito insano
Anoto no meu caderno

Tanto chão a percorrer
Não quero aborrecer
Por viver no abandono
Mas preciso dormir
Agora eu quero ir
A procura do meu sono!

Escrito as 00:56 hrs., de 30/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A MORENA DE ITABIRA



Parece estar diferente
Que até a pulsação sente
Quando alguma coisa muda
O matuto que trabalha
O cabra chato que atrapalha
E a morena linda que estuda

Como aquela de Itabira
Outro dia eu ouvira
Ela falando ao meu ouvido
Me fez perder o sono
Eu um cão sem dono
Perdi o próprio sentido

Ao entregar-lhe uma flor
E ela me chamar de meu amor
Comendo pão com salame
Batia um vento medonho
Tudo não passou de um sonho
Numa noite em Maiame!

Escrito as 16:46 hrs., de 229/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

FLUTUAR


E vai começar a festa
Nada mais me resta
A não ser flutuar
Pelo mundo da ilusão
Decolar os pés do chão
Na imaginação de voar

Os céus me levam a loucura
Semeando cultura
Pelas nuvens de algodão
Estrelas enchem a mala
Que é para forrar a sala
Do barraco lá no sertão

É no sertão onde moro
Coisa que mais adoro
É me banhar na cascata
Das águas que descem em véu
A água benta do céu
Que faz florescer e crescer a mata!

Escrito as 13:52 hrs., de 29/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

AJOELHADOS AO ALTAR


Imagem linda de fato
Quando a beira de um regato
Ela lavando roupa
Com roupas mínimas estava
O meu coração palpitava
E a vós um pouco rouca

Falei-lhe a distância
O mundo da infância
Era o meu e o dela
Já com seus quatorze anos
Me falou de seus planos
Queria ser cinderela

E cinderela se tornou
O destino nos avisou
Entre a menina e o plebeu
Ajoelhados ao altar
Para a história continuar
E o amor aconteceu!

Escrito as 11:26 hrs., de 29/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 27 de junho de 2019

QUE CANTEM OS CARDEAIS


Tudo muito gelado
A água, o teclado
Em fim o frio chegou
Mas tudo faz parte
E eu tenho minha arte
O sol inda não clareou

É vida que segue
Minha querida Porto Alegre
Grêmio e Internacional,
Arena e Beira Rio
Ai meu Deus que tanto ófrio
Que mundo fenomenal

Repeteco na vida
Já no fim da corrida
Não quero ir embora não
Gostei e quero mais
Que cantem os cardeais
Vai inverno e vem verão!

Escrito as 10:38 hrs., de 27/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 26 de junho de 2019

UM MATUTO APAIXONADO


Fazer duas numa sentada
Falo da poesia rimada
A marca do grande poeta
Tudo na medida quântica
O rei da poesia romântica
Sempre em linha direta

Vou seguindo este caminho
Perambulando sozinho
Um matuto apaixonado
Pela tal modernidade
Tudo me traz felicidade
Quando se anda lado a lado

Com as coisas do coração
Doido por uma paixão
Mas não me aparece ninguém
Talvez por eu ser pobre
Mas minha alma é nobre
Embora não tenha um vintém!

Escrito as 16:10 hrs., de 26/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 25 de junho de 2019

SÓ NO AMOR E ALEGRIA


Mexe os dedos na guitarra
E por favor não me agarra
Que não sou almofada
Nos dois sentados no sofá
Naquele bla bla blá
Amando no meio da risada

Depois no quarto de dormir
Bem cedo quero sair
Comprar um buquê de flor
Pra por dentro do teu vaso
Ligeiro se não me atraso
Espere-me aí meu amor

Hoje não vou trabalhar
Quero te cortejar
Toda noite e todo dia
Menina linda te amo
Não importa o mundo insano
Quero amor e alegria!

Escrito as 17:55 hrs., de 25/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

AS BELAS NOITES DE MAIAME


Em uma canção de me pertê
Foi quando conheci você
No sarau da plenitude
Nas noites lindas de Maiame
E você tenra madame
Exibindo beleza e saúde

Pensei ser americana
Em sua atitude bacana
Falando em espanhol
No hotel perto da praça
Você levantou a taça
E eu falei em portunhol

Que nasci um brasiguaio
De tanto tonto não é que caio
Bem em cima de você
Perguntei estou te machucando
E tu foi me abraçando
E desligamos a tevê!

Escrito as 16:00 hrsl., em ponto de 25/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

AQUELE DIA EM CHARLESTON


Aquele dia em Charleston
Rolava um lindo som
De um cachorro engasgado
Então, todo mundo ria
Foi chegando ao meio dia
E eu comi um bom ensopado

O que interessa é estar feliz
Veio a garçonete e me diz
Ai love brasileiro lindo
E começou uma novela
Não saí mais do lado dela
E a gente vive sorrindo

Num bairro de Nova Yorque
Ela é cantora de roque
E eu escrevo o meu poema
Comendo queijo com churisso
Então é por isso
Que não largo dessa morena!

Escrito as 11:01 hrs., de 25/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 23 de junho de 2019

AS BELAS ONDAS DO MAR


Que tal agora um poema
Com a alma serena
Da brisa de Capão da Canoa
Minha terra adotiva
Que canto e grito, viva!
Quando lá vivi numa boa

Fora de lá estou
Quando o por do sol apontou
No meu caminho de volta
Pela BR federal
Foi visita fundamental
Minha inspiração se solta

Acabem de chegar de lá
E agora do lado de cá
Preciso dedicar um verso
Para as belas ondas do mar
Em sonho tenho que mergulhar
Na linda cidade do universo!

Escrito as 20:16 hrs., de 23/06/2019 por

sexta-feira, 21 de junho de 2019

O OUTONO INDO EMBORA


Os dedos encarangados
Tantos dias de frio guardados
E o outono indo embora
Boa viagem bela estação
Segunda feira São João
O ventinho gelado lá fora

Não tem nada e nem que tenha
Se o inverno vier que venha
Três meses de agonia
Vento chuva e humidade
Ai meu Deus quanta saudade
Do bom verão da alegria

A beira do mar jogando bola
Até mesmo o som da viola
Do seresteiro apaixonado
Na janela da esperança
Um dia volto ser criança
Sem maldade e sem pecado!

Escrito as 10:18 hrs., de 21/06/209 por
Nelson Ricardo Ávila

ESTE POEMA QUE ESCREVO


O remédio que me acalma
Tudo que vejo na palma
Da minha mão de roceiro
Do trabalho duro e pesado
Um chá de melissa preparado
E fazer poesia o tempo inteiro

Desde a hora em que acordo
E mesmo que seja abordo
Do navio que me transporta
Haja folego pra tudo
Sou muito ligado ao estudo
E no inverno o vento corta

O frio batendo na cara
O atual silencio que para
E bate um sono danado
Escrito em alto relevo
Este poema que escrevo
Num dia de frio congelado!

Escrito as 08:56 hrs., de 21/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 20 de junho de 2019

A FINA BELEZA DELA


Ontem eu fiz quatro
Depois que lambi o prato
Do jantar á luz de vela
O que era uma enorme
Ficou tudo conforme
A fina beleza dela

A companhia muito especial
Que conheci no carnaval
Numa noite de lua cheia
No barracão da Portela
Agora eu vivo com ela
Não é bonita e nem feia

Desde o carnaval de fevereiro
Vive sorrindo o tempo inteiro
É como se fosse uma flor
Muito obrigado Portela
Prometo cuidar bem dela
Pra poder chamar de meu amor!

Escrito as 18:01 hrs., de 20/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

PENSAMENTOS A VOAR


O computador tá mudo
Aí eu vou mexendo em tudo
Ele começa funcionar
Que beleza, que modernidade
No mundo da liberdade
Pensamentos a voar

Por esse horizonte sem fim
Colorido como um jardim
O mundo capenga um pouco
A gente vai desviando cada espinho
Seguindo de vagarinho
O povo que é meio louco

Mas não tem nada não
Ligamos a televisão
Pra ver o que tem lá fora
Toma-se um chá de melissa,
Um nescau, pão e linguiça
O que estou fazendo agora!

Escrito as 17:18 hrs., de 20/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 19 de junho de 2019

OS SOLUÇOS DA PAIXÃO


Upa upa meu amor
Tu me causa calor
Suba aqui no nosso carro
No amor eu recomeço
Uma coisa te confesso
É em você que me amarro

Desde o dia que te conheci
Depois então eu só vivi
Soluçando de paixão
Meu pedaço de bom caminho
Eu preciso do teu carinho
E te ofereço o meu coração

Como abrigo ao teu corpo
Desde que me dê conforto
Nas noites enluaradas
Nem cobrarei aluguel
Para a eterna lua de mel
Nas escuras e frias madrugadas!

Escrito as 17:24 hrs., de 119/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

OS SONHOS DA INSÔNIA


Sou de um tempo primitivo
Sem poesia eu não vivo
Gosto de brincar com as letras
São muitas por meses
Mas que em algumas vezes
Vão dormir nas gavetas

Saindo do mundo real
Pra ganhar o espaço mundial
Nos sonhos da insônia
E em meados de segundo
Estarei no fim do mundo
Nas entranhas da Amazônia

No meu droni tripulado
E num barco de casco furado
Endereço da data vênia
Quero chegar bem na hora
No castelo onde mora
Minha amável alma gêmea!

Escrito as 15:44 hrs., de 19/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

PASSARINHO NO ALTO


Passarinho no alto
E eu no chão de basalto
Reverenciando a morena
Que não se liga ne mim
Lá no fundo do jardim
Que atende por nome Helena

Já madura e encalhada
Não quer ser minha namorada
Talvez não goste de homem
Fica me olhando de escanteio
Dona de um belo seio
Aplica um sorriso e some

Talvez eu não sirva pra nada
Vou botar o pé na estrada
Depois de passar a cancela
Juro por Deus que sumo
Vou procurar outro rumo
E viver sonhando com ela!

Escrito as 14:17 hrs., de 19/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

COISA LINDA NA JANELA


Sem pretexto
Perdi meu texto
Que já estava pronto
Fiquei atordoado
Me senti lascado
Pra não dizer tonto

Um drible do programa
E eu fui a grama
Mas já restabelecido
Volto ao teclado
Quero um poema apaixonado
Que tenha bom sentido

A namorada na janela
Passando flanela
Coisa linda e rara
Dá gosto só de olhar
Mas estou no bar
E enchendo a cara!

Escrito as 13:32 hrs., de 19/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 18 de junho de 2019

A ÁGUA BENTA DO PRAZER


Estou chegando no pedaço
Pra conquistar meu espaço
Na terra fértil da paixão
Querendo me desfazer de tanta dor
Quero plantar e colher amor
Na lavoura do coração

As flores selvagens do mato
E água fria do regato
Me fazem respirar pra vida
Quero mergulhar no teu lago
Deixar pra traz o gosto amargo
Trocando por teu amor minha querida

Quero estar contigo esta noite
E fugir desesperadamente do açoite
Dormir num quartinho do teu coração
Beber da água benta do prazer
Então espere-me ao anoitecer
Minha doçura bela fonte de paixão!

Escrito as 20:30 hrs., de 18/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

TUDO COM JEITO


Tem que ser tudo com jeito
Fazer o serviço bem feito
Com perfeição e capricho
Nem nos rios e nem no mar
Não esqueça de colocar
O lixo na lata do lixo

Deixando o lixo pra lá
A minha inspiração está
Um pouco desajustada
Dê-me aí esse violão
Vou cantarolar uma canção
Na manhã ensolarada

Homenageando a namorada
Toda linda e perfumada
Que vem no ouvido e diz
Pra eu cantar algo pra ela
Não existe coisa mais bela
É tudo que me faz feliz!

Escrito as 10:21 hrs., de 18/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 17 de junho de 2019

A MEIGA PRINCESINHA


Preciso de inspiração
Para dar continuação
A minha história poética
Os dias vão passando
E meus cabelos branqueando
A vida é tão patética

Difícil de entender
Sinto tanto prazer
Ao comer uma bergamota
Aquela baixinha da esquina
Ainda muito menina
Usando uma enorme de uma bota

A conheci em outros tempos
Quando sopravam os ventos
Que vinha nem sei de onde
E a meiga princesinha
Que um dia será rainha
Eu a chamo, ela não responde!

Escrito as 15:28 hrs., de 17/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 16 de junho de 2019

O AMARELO DOS TRIGAIS


Pernilongos me mordendo
E eu aqui já tecendo
Nas teclas do computador
Mais um poema rimado
Sou um poeta conformado
Que acredita no amor

E nas coisas do coração
Quando a lua faz clarão
A viola canta na rua
E eu seguro o pescoço da viola
Se ninguém me dá bola
Eu namoro com a lua

Sou da terra dos quintais
Do amarelo dos trigais
E sou eu quem assa o pão
Eu sou o poeta da rua
Namorado da mãe lua
Que clareia esse meu chão!

Escrito as 23:43 hrs., de 16/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A MÃO DO ESCRITOR


A oficina não para
Porque poesia é coisa rara
Os poetas são contados
E alguns bebem bastante
Que o poema siga avante
De preferência concatenados

Vai lá caneta de ouro
Você que é um belo tesouro
Na mão do seu escritor
Um eterno apaixonado
Que mesmo embriagado
Aí é que pensa em amor

Pela amada amante esperando
Lá do quarto chamando
A cama ornamentada em flor
Depois da poesia rimada
Até a alta madrugada
Tudo o que vale é o amor!

Escrito as 19:55 hrs., de 16/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

ENQUANTO ROLA O FUTEBOL


A esta hora não tem sol
Enquanto rola o futebol
Estamos em noite escura
Com uma dose de inspiração
Que venha o poema da paixão
De preferência com candura

Porque o que vale é o amor
Num mundo de tanta dor
E de sofrimento a mil
Intercalado com alegria
Copa América da harmonia
Que acontece no Brasil

A amada já foi embora
Que a esta hora
Está vendo o Silvio Santos
E eu, Uruguai e Equador
Saudades de ti meu amor
Por quem caí de encantos!

Escrito as 19:02 hrs., de 16/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NO PARQUE DA REDENÇÃO


Cheguei do centro da cidade
Em busca da felicidade
Mas ela não estava lá
Voltei pra casa ligeiro
Vim lá do Rio de Janeiro
Da Ilha de Paquetá

Isso é tudo mentira
Subi num pé de guajuvira
No Parque da Redenção
Só pra ver os pedalinhos
Onde os namoradinhos
Se amavam de paixão

A inveja me bateu
E a boca apeteceu
Comer pastel na barraca
E um saquinho de pipoca
A moça ao lado me provoca
Cuidado que a carne é fraca!

Escrito a 15:36 hrs., de 16/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila


sábado, 15 de junho de 2019

SOZINHO


Sozinho no meio da multidão
Um grito de pega ladrão
E lá se foi mais um celular
E eu querendo ser roubado
Para ficar apaixonado
Pois preciso muito amar

Mas parece que ninguém me quer
Sento-me num canto qualquer
Só espiando a mulherada
Cada princesa linda
Num dia que não finda
E minha alma abandonada

Os caminhos desta vida
Tão boa e tão sofrida
O que que se há de fazer
Se até agora ninguém me quis
Como posso ser feliz
Sem ter direito ao prazer

Escrito as 16:47 hrs., de 15/06/2019 por

A ÍNDIA DE TRANÇAS LONGAS


Por essa estrada sem fim
Comendo capim
E frutinhas do mato
Em busca do bem querer
Na fonte do prazer
A água benta do regato

Que também serve de espelho
Vejo o batom vermelho
Da índia de tranças longas
Também o negro dos olhos dela
Que é de todas a mais bela
A dançarina de milongas

Na tonga do meu outrora
Que surgiu dentro da hora
E se acampou cá na varanda
Coberta da folha verde
E que se embala na minha rede
E um sorriso meigo me manda!

Escrito as 14:22 hrs., de 15/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 14 de junho de 2019

E ESSE CLARÃO DE LUA


A temperatura tá um forno
O futebol ficou meio morno
Mas o Brasil vai ganhando
E o que que isso me interessa
Futebol é bom à bessa
Mas eu não estou jogando

Onze horas já bateu
O silencio aconteceu
É a cama me chamando
E eu aqui cozendo um poema
A lua é de pele morena
E está me acenando

Mas o jogo continua
E esse clarão de lua
Endoidece de paixão
Vou arrastar pra balada
No clamor da madrugada
E os acordes do violão!

Escrito as 23:16 hrs., de 14/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

AO ROLAR DA BOLA


Enquanto a bola rola
Vou dedilhando a viola
Ao compasso do futebol
Copa américa começa
Ser campeão é o que interessa
Ao brilho da lua e do sol

Só que a bola não entra
Um joguinho que não esquenta
Que até chega dar sono
Pensando com meus botões
Num pulsar de corações
E a vitória não tem dono

Qualquer um pode ganhar
Vamos lá vamos jogar
É o apito do juiz que diz
Seu centro avante não inventa
A bola quica mas não entra
Assim não dá pra ser feliz!

Escrito as 22:08 hrs., de 14/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

EM CADA MORDIDA NO BOMBOM


E a quinta entra em pauta
Enquanto toco minha flauta
Eu escrevo mais uma
Hoje estou aplumado
Tremendamente apaixonado
E sem culpa nenhuma

De botar o verbo pra fora
E a razão não ignora
Que o negócio é ser feliz
Curtir tudo que é bom
Em cada mordida no bombom
O sabor da boca é quem diz

Num beijo nos lábios morenos
O macho em seus deveres plenos
Pra satisfazer sua fêmea
O amor tem seu papel
Com a morena dos lábios de mel
A eterna alma gêmea!

Escrito as 20:18 hrs., de 14/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

JEITO DE OLHAR


Estamos em greve geral
Uma espécie de carnaval
Não entendo de política
Eu fora da fulerira
Meu negócio é poesia
Não me importa a crítica

Isso tudo longe de mim
O perfume das flores do jardim
Da Babilônia ou coisa que o valha
Veste aquela roupa de dormir
E venha aqui se exibir
Com sua camisola de malha

Mais ou menos transparente
Que o amor a gente sente
Num simples jeito de olhar
Entre dois corpos que se ama
Acho que a noite nos chama
E hoje nós vamos namorar!

Escrito as 18:14 hrs., de 14/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

PELAS NUVENS DE ALGODÃO



Alguma coisa criar
Quem sabe voar
Pelas nuvens de algodão
Lá em cima no ocaso
Porque não tenho prazo
E é tudo mansidão

Quero andar pela atmosfera
A procura da primavera
E suas pétalas verdejantes
Contendo os beija flores
Como também os beijos de amores
De muitos amantes

Como eu sempre solitário
Escrito tudo no meu diário
Da imaginação que emana
Embora eu seja um primitivo
Quero mostrar que estou vivo
E que a solidão não me engana!

Escrito as 16:40 hrs., de 14/06/2019 por

A PENA AZUL


Eu estou aqui no sul
Tendo em mão a pena azul
Que arranquei do pobre ganso
Para escrever uma carta
Quase que a alma enfarta
Na hora do meu descanso

É muita saudade dela
Morena cor de canela
Dos seios apontando em riste
Sobre minha direção
O tamanho da minha paixão
Outra igual não existe

Ela mora um tanto longe
E é por isso que hoje
A resistência acabou
Vou pegar o avião
E ir em sua direção
A saudade me abalou!

Escrito as 14:28 hrs., de 14/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 13 de junho de 2019


Mas que tanta confusão
Inté perdi a inspiração
O mundo tá de pernas pro ar
E o tempo não para
É tanto tapa na cara
O destino quer nos levar

Sei lá para onde
E ninguém responde
Com alguma satisfação
Lá vai o drone da saudade
Em busca da felicidade
Polvilhando amor e paixão

Eu só quero ter o direito
De sentir no meu peito
A satisfação do bom viver
Que venha um novo futuro
Porque já não aturo
Ficar sem nada entender!

Escrito as 10:27 hrs., de 13/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 12 de junho de 2019

A VALSA DE STRAUSS


Uma canção que me fascina
Trazendo o som da colina
Para os meus ouvidos finos
A valsa de Viena pra dançar
Menina, quer me namorar
Estou ouvindo os sinos

Das igrejas de outrora
Sentindo o sabor da amora
Que me proporcionou o licor
A abelha me trouce o mel
Que despenque a torre de babel
E que caia nos meus braços o meu amor

Para dançarmos a valsa de Strauss
Que depois desta noite, babaus
Serei levado pelos ventos medonhos
Até as nuvens do paraíso em flor
Que eu quero viver esse amor
Enquanto não acordo dos meus sonhos!

Escrito as 20:24 hrs., de 10/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 10 de junho de 2019

PESSOAS ABANDONADAS


Sem dar bolas pra critica
Abandonando a política
Eu volto para a boemia
Cada laçado que arde
E se foi mais uma tarde
Ouço um grito de agonia

De alguém desesperado
Implorando por um trocado
Pra poder comprar um pão
É a fome derrubando gente
E a criança faminta sente
A falta de arroz e feijão

Peregrino dorme na praça
Com a voz que canta de graça
A marchinha do bem querer
Mas o senhor da alta sociedade
Desfila de gravata e vaidade
Nem faz ideia do que é sofrer!

Escrito as 17:19 hrs., de 10/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 9 de junho de 2019

O PERFUME DA PRIMAVERA




Vamos deixar a relva
E entrar na selva
A cascata nos espera
Para o banho de cada dia
Logo mais ao meio dia
Ao perfume da primavera

O nosso almoço na mesa
Hoje é domingo e com certeza
Vai ser ao bel prazer
Meu amor não se encolha
Saia de dentro dessa bolha
Que precisamos comer

E a sobre mesa nos espera
Na sombra fresca da primavera
Em cada pétala de flor
E engula esse chovo
Que vou te pedir em namoro
Você é o meu grande amor!

Escrito as 09:53 hrs., de 09/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 8 de junho de 2019

E AGORA?


Eu olho para todos os lados
Mas estão todos calados
E ninguém nota que eu existo
Vou entrar naquele bar
E o cardápio consultar
Acho que vou pedir um misto

Acompanhado de meia taça
Esta noite dormi na praça
Em cima de um banco quebrado
Ao lado do meu corcel
Tinha um catador de papel
Que esta embriagado

Meu Deus eu queria fugir
Mas não tenho pra onde ir
Minha mulher me mandou embora
Me meteu um pé na bunda
Hoje levo uma vida imunda
Eu me pergunto, e agora?

Escrito as 17:38 hrs., de 08/05/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

SÓ NO BALANÇO DA REDE


Ai que sono que tá me dando
A rede tá me chamando
Que hora balança pra lá
E não para de balançar
Mas agora vou me deitar
Estou pra lá de Bagdá

Quero sonhar com você
Desliguei a tevê
Só o silencio vai falar por mim
Deixa que o sonho role
A rapadura é mole
O problema é o amendoim

No buraco do meu dente
A água vem da vertente
Pra matar a minha cede
Meu amor tá me esperando
Ela está me chamando
Pra deitar com ela na rede!

Escrito as 15:47 hrs., de 08/06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NA TRILHA DA SOLIDÃO


Canta passarinho canta
Que minha vontade é tanta
De ouvir a tua orquestra
Tu que representa a virgem mata
Enquanto me banho na cascata
Porque a solidão é o que me resta

Na vida que Deus me deu
E o coração entendeu
Que é tudo isso que mereço
O amor fugiu de mim
E antes que chegue meu fim
No espelho d’água apareço

Ouvindo o canto de Iracema
O romance que trouce o tema
Para a minha inspiração
Obrigado José de Alencar
Eu aqui vou continuar
Na trilha de minha solidão!

Escrito as 10:44 hrs., de 08:06/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 7 de junho de 2019

NO MUNDO DOS SONHOS MEUS


Esquecido no mundo
Em apenas um segundo
No mundo dos sonhos meus
Eu quis ir ao outro lado
E fui transladado
Pelo destino de Deus

Porém não pensem que morri
Eu sempre existi
E vou estar sempre por perto
Seja na terra ou no ar
Eu volto pra respirar
Pois sou um espirito esperto

Desses que não se entrega
E se o destino me nega
Piso no acelerador
E volto a incomodar
Só para te buzinar
Te convidando ao amor!

Escrito as 02:49 hrs., de 08/05/2019 por
Nelson Ricardo Ávila