CHUVA MOLHADA

Se o que era bom acabou-se
Eu sigo no meu arroz doce
Coberto com pó de canela
Já que a chuva não passa
A sobremesa vai na taça
Só que eu como é na panela

Mas chega de conversa fiada
Porque a chuva que cai é molhada
E a lua fica escondida
E eu não sei viver sem ela
Me refiro a essa morena tão bela
Que além de gostosa é sabida

Eu sou da viola e da seresta
Vou embora pra floresta
Pra cantar com a passarada
Sentir o cheiro da mata
E me banhar numa cascata
Em bela noite enluarada

Escrito as 14:13 hrs., de 30/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NA ILHA DOS PRAZERES

Todos os dias na janela
Eu vejo o sorriso dela
Um lindo semblante de menina
Embora já pelos quarenta e tantos
Ainda transmite seus encantos
Se esconde a traz da cortina

Uma verdadeira bela dona
Segundo que sei, solteirona
Quando passa na rua onde moro
Ela para e me atende
Seu belo corpo me prende
E tudo dela eu adoro

Eu não sei se ela me quer
Ando de olho nessa mulher
Vou largar meus afazeres
E colocá-la em meu corcel
Para curtir uma lua de mel
E morar na Ilha dos Prazeres!

Escrito as 12:41 hrs., de 30/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A PENA DE GANSO

É a pena de ganso que escreve
E antes que chegue a neve
Temos a chuva que cai
Parasse que de um jeito sem fim
E vai molhando todo o jardim
Depois muda de rumo e se vai

Eu estou no alto do morro
Se tem chuva não corro
Fico espiando na janela
Nesta vila pequena
De longe vejo uma morena
Ai como a natureza é bela

Está limpando a vidraça
A morena que quando passa
Deixa o mundo sem jeito
É a mais linda da cidade
Um rio de tanta felicidade
Onde tudo nela é perfeito!

Escrito as 09:50 hrs., de 30/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A CENTELHA DE FOGO

A centelha de fogo do céu
Que atinge a aba do meu chapéu
Branco do estilo panamá
Lá na América Central
Era um poeta fenomenal
Que saiu do lado de cá

Donde o céu é mais azul
Do sul da América do sul
Eu cantava na Martinica
Para uma morena retaca
Que não parava a matraca
Disseram ser muito rica

Hoje é porta bandeira
Desfila deitada na esteira
Na praia da boca louca
Eu passo bronze em seu corpo
Atraco meu barco em seu porto
E em troca ela me beija a boca!

Escrito as 16:39 hrs., de 27/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

TOTALMENTE DE MAIS

Você é totalmente de mais
Te vejo pelos vitrais
Do meu ranchinho beira chão
És uma bela de uma flor
Eu queria te chamar de amor
Mas tu moras na mansão

No décimo quinto andar
Vivo o tempo todo a te olhar
Quando tu estás na janela
As vezes quase sem roupa
Minha voz fica bem rouca
Me dá um tremor na canela

Me manda teu telefone
Que quero saber vosso nome
Pra quem eu posso ligar
É meu coração que quer
E um dia te quero mulher
Do decimo quinto andar!

Escrito as 13:49 hrs., de 27/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

BEIJINHO DE CORTESIA

Na temperatura de oito graus
Ao som da valsa de Strauss
A gente segue a vida
Por esses campos floridos
E mundos desconhecidos
Sempre procurando saída

E assim mantendo atitude
Implorando por saúde
E é tudo vida que segue
Eu sinto sede de beijos
Ando fervendo de desejos
Senhora, por favor não negue

Um beijinho de cortesia
Que te leio uma poesia
Faço de ti linda flor
Deixa ocupar teus espaços
Que te encho de amaços
E te chamo de meu amor!

Escrito as 11:04 hrs., de 27/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NAS NOITES DE SOLIDÃO

Nas noites de solidão
Eu pego meu violão
E me sento na varanda
Do terceiro andar
Então me ponho a cantar
Enquanto o povo anda

Pelas ruas da amargura
O amor e a ternura
Vão se esconder na favela
Um casal muito esperto
E eu sempre estou por perto
Se longe ligo pra ela

Meu amor quero te ver
Antes do jardim florescer
Abra a porta e chegue mais
Aos sons dos passarinhos
Traga-me um cesto de beijinhos
Enquanto a lua penetra nos vitrais!

Escrito as 20:17 hrs., de 25/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

DEPOIS DO SONHO SONHADO

Dorme, dorme ao meu lado
Depois do sonho sonhado
Agora vou me levantar
Porque o tempo não para
E paixão é coisa rara
Agora eu vou te beijar

E pode ficar dormindo
Porque eu já estou indo
Fazer o café pra nós dois
Entrar nas redes sociais
Saber dos assuntos banais
Te conto tudo depois

Te levo café na cama
Porque quem ama
Faz tudo pela bem amada
Teu sorriso quero ver
Te amo a mais não poder
Minha eterna namorada!

Escrito as 13:03 hrs., de 25/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A ATENDENTE LORENA

A eu estou tão feliz
Que até o meu nariz
Anda todo empinado
Olhando por cima do ombro
Lá embaixo só vejo escombro
Um carro de farol apagado

E eu só olhando da sacada
Vendo que a mulherada
Só fazendo fofoca
O mel que ficou açucarado
E o tatu desconfiado
Que nem quer sair da toca

Quando acelero o meu fuca
Pra ir na padaria comprar cuca
E piscar o olho pra morena
Na fruteira pegar mamão
E dar uma olhadela de paixão
Na atendente por nome Lorena!

Escrito as 21:38 hrs., de 24/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

VAMOS DORMIR E SONHAR

Vamos dormir e sonhar
Para depois acordar
De coisas mirabolantes
Como aconteceu comigo
A vida pode ser um castigo
Ou pedras de diamantes

Não quero ouro nem prata
Mas eu sonhei com a mulata
Que faz um papel na novela
Ela foi nascida no interior
Essa nega transpira amor
E eu sou maluco por ela

Vou a São Paulo e no Rio
Chega de passar frio
Nas noites enluaradas
Colecionarei loiras e morenas
Para que nas noites serenas
Eu tenha um arem de namoradas!

Escrito as 10:19 hrs., de 24/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NO VALSEAR DE UM ROMANCE

Mas que loira mais linda
Desfilado na berlinda
Da passarela do meu coração
Que outrora eu te amava
Na época que tu dançava
Nos canais de televisão

Hoje desfila pra mim
Num rebolado sem fim
E inda me puxa pela mão
Fica cochichando ao meu ouvido
De me fazer perder o sentido
No valsear de uma canção

Tu busquei no fim do mundo
E em meados de segundo
Eu te amei pra eternidade
Que continua desfilando
E eu continuo te amando
Na valsa de felicidade!

Escrito as 13:59 hrs., de 23/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NOS BRAÇOS DA FELICIDADE

Depois de um gole d’água
Eu mergulho a própria mágoa
Nos oceanos sem fim
Vejo um mar agitado
Amor aí do outro lado
Faz um aceno pra mim

Dá-me a tua mão
Que eu atiro o violão
Por favor segura aí
Aqui o calçadão de asfalto
Eu quero dar um salto
E cair ao lado de ti

Em Portugal ou Espanha
Num bom papo tu me ganha
Eu te amo sem maldade
Depois vamos pra Itália
Te quero em minha malha
Nos braços da felicidade!

Escrito as 13:46 hrs., de 23/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A MORENA DO CARNAVAL

Vinte e sete de temperatura
Temperando a formosura
Das mulheres do planeta
Num banho meigo de mel
Por favor me alcança um papel
E a pena de ganso como caneta

A ser mergulhada no tinteiro
O último carnaval do Rio de Janeiro
Eu desfilei na Portela
Ao lado da Garota de Ipanema
Bateria na batida plena
Hoje ela mora em Canela

Na mansão da felicidade
No pleno ar da liberdade
Tudo à beira da piscina
É na minha saudosa maloca
Que hoje mora a carioca
A morena que tanto me fascina!

Escrito as 12:48 hrs., de 23/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

AMOR ETERNO

AM

Mil novecentos e oitenta
Numa marcha lenta
A humanidade anda
Aquela que foi embora
Numa determinada hora
Em sonho inda me manda

Carinhos e recordações
Quantos invernos e verões
Primaveras e outonos
Hoje eu aqui na velhice
Lembrando de tua meiguice
Triste nesse abandono

Um dia saiu desse castigo
E irei encontrar contigo
Pra vivermos na felicidade
Eu continuo te desejando
Quero continuar te amando
Nosso amor é pra eternidade!

Escrito as 19:52 hrs., de 22/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A DONA DO PEDAÇO

Bater na porta dela
Mas acontece que ela
Espia e me reconhece
Vem na janela e diz
Assim não dá pra ser feliz
Vê se desaparece

Cão vadio vira-lata
E então aquela ingrata
Não quer mais saber de mim
Volto eu e o violão quebrado
É meu, estou lascado
Mas não será o meu fim

Tem a dona do pedaço
Que já me deu um abraço
E um pedaço de queijo
Vou cantar na sua janela
Pode ser que ela
Me receba e me dê um beijo!

Escrito as 15:13 hrs., de 22/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

SEREIA DE SAIA

Agora são três e vinte e sete
Com esse meu canivete
Escrevo teu nome num pau
Que tenha a raiz do passado
E hoje vivo apaixonado
Nesse mudo muito mau

São tantas as sereias encantadas
Que resolvi cravar moradas
Em cada rio e em cada mar
Sou apaixonado por mais de uma
Que piranha alguma
Não atrapalhe meu andar

Eu moro lá no quinto
Juro por tudo e não minto
Mas também vivo na praia
Quero uma sereia no apartamento
Para dividir meu sentimento
Com a sereia de calcinha, blusa e saia!

Escrito as 15:35 hrs., de 21/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

OS ACORDES DA PAIXÃO

Cada poema criado
Que eu deixo guardo
Nas gavetas de minha história
Para que o dia em que me for
Deixarei o legado do amor
Que brote um ramo de glória

A poesia não morre
Nem que o poeta tome um porre
E se embriague de sentimentos
Que com isso quero dizer
Se um dia eu desaparecer
Levo os encantamentos

Dos acordes da paixão
Plantado em cada coração
De alguma pessoa querida
A esperança dos vivos
Deixo minha inspiração em livros
A alma eterna da minha vida!

Escrito as 14:55 hrs., de 21/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

MEU BELO RABO DE SAIA

Amanhã eu vou embora
Saindo ao romper da aurora
Com destino não sei onde
Vou a traz daquela ingrata
Belo exemplar de mulata
Que eu chamo e não responde

Seja lá o que Deus quiser
Eu amo essa mulher
Sem ela não sei viver
Meu belo rabo de saia
Talvez esteja na praia
O que terá a me dizer

Sem remorso nenhuma
Eu ouvi um zum zum
Que ela está em Maiame
Essa mulher é tão bela
Eu quero dividir com ela
O meu bom pão com salame!

Escrito as 10:15 hrs., de 21/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

BIQUINI DE SETIM

Ascendendo as lamparinas
Cuidado com as cortinas
Porque vai que pega fogo
Os teus olhos não me enganam
Já que as outras não me mandam
O amor pra mim é um jogo

Do que acontece na cama
Ou até mesmo na grama
Do quintal iluminado
Com os raios da linda lua
E se você estiver nua
Eu estarei enluarado

Na solidão do jardim
O teu biquíni de cetim
Vai ser jogado fora
Já que está muito calor
É hoje que te faço amor
Então só se for agora!

Escrito as 15:21 hrs., de 20/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

SEM AMOR NINGUÉM VIVE

Sem amor não se vive
Isso desde que estive
No céu e no inferno
Sim já por lá passei
Por esse universo andei
Enfrentando verão e inverno

Hemisfério sul é meu lar
Minha sala de estar
É um buteco ao lado
Eu vou lá para esquecer
Que tive que desfazer
O meu lado apaixonado

Agora vivo sem paixão
Comendo arroz e feijão
As vezes caindo na gandaia
Lá pela beira do mar
E hoje à tarde quero estar
Bebendo água de coco na praia!

Escrito as 11:32 hrs., de 20/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

DO OUTRO LADO DO OCEANO

Seguindo por atalhos
Para voltar aos trabalhos
Do outro lado do oceano
Em minha canoa furada
Nessa água revolta e esverdeada
Tomara que dê certo meu plano

É no porto de Lisboa
Que atracarei minha canoa
Se ela não afundar
Quero trazer a portuguesa
Porque tenho certeza
De que ela vai gostar

Do Brasil dos brasileiros
Dos carnavais dos fevereiros
E provar do meu café
Que a portuguesa europeia
Agrade toda a plateia
Mandando o samba no pé!

Escrito as 22:07 hrs., de 19/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

PAIXÕES ENLUARADAS

Os seus lábios de batom
Combinam com o som
Dos passarinhos cantando
A cantiga deles vem da floresta
E outra coisa não me resta
Que não seja estar digitando

As combinações da beleza
Com o reino eterno da natureza
E sentindo teu cheiro de mulher
Sempre aqui ao meu lado
Sendo eu um cara apaixonado
Que sabe muito bem o que quer

Venha meu amor venha
Vamos ao mato colher lenha
Para a lareira de nossas noitadas
No inverno que Deus nos deu
E o seu corpo inteiro que é meu
Para nossas paixões enluaradas!

Escrito as 19:47 hrs., de 19/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A DIARISTA DO TRINTA E CINCO

Começo pensar que agora
Está meio que na hora
De uma boa de uma soneca
Porém não quero dormir
Na verdade eu queria ir
Lá na praia jogar peteca

Com os lobos marinhos do mar
Vendo as gaivotas serenamente a voar
Meus olhos já estão se fechando
Então nem olho pra cama
É que a realidade me chama
Mas eu estou é teclando

O poema dos lábios de beijos
De quem sacia os meus desejos
A diarista do apartamento cinco
Que ela mora lá no meu lar
Está sempre e me namorar
No nosso barraco de zinco!

Escrito as 14:37 hrs., de 19/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A FERVURA DA PAIXÃO

Sacode a saia rendada
Dá mais uma rebolada
E senta no meu colo
Beija-me a boca
Nessa fúria louca
Que te amarei no solo

Totalmente nua
Sob o clarão da lua
E as estrelas testemunharão
Qual o maior amor do mundo
E eu te mostro em um segundo
O tamanho da minha paixão

Mulher amada e querida
A expressão da minha vida
Reino da felicidade
A quero em meu coração
Sempre fervendo de paixão
Te amarei por toda a eternidade!

Escrito as 20:18 hrs., de 18/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A FLOR DA JANELA

Agora são quinze e cinquenta e quatro
Aqui no Rincão do Mulato
Tá o tempo se preparando
Chuvas virão nas próximas horas
Já devorei uma bacia de amoras
E agora estou digitando

Coisas da inspiração
Escrever me é duma tentação
Sob a mulata da janela
E eu sou seu jardineiro
Foi no carnaval de fevereiro
Que fiquei babando por ela

Lá na Marquês do Pombal
Então depois do carnaval
Ela me deu o emprego
Já passei por tantos amores
E hoje eu rego as flores
Mas a flor morena me tira o sossego!

Escrito as 15:01 hrs., de 18/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

UMA CHEIROSA FLOR

Eu preciso bater o ponto
Embora esteja tonto
Do sono do meio dia
Depois de um almoço requintado
O melhor, requentado
Dá uma lombardia

Vontade de deitar na rede
Eu preciso matar a sede
Nos beijos da linda Conceição
Que quer estar acomodada
Na nossa rede perfumada
O berço do amor e da paixão

A Conceição é quem me veste
A conheci em Punta de leste
Uma morena pele clara
Cabelos e olhos escuros
Os seus predicados são puros
Quando está comigo não para

Sorrindo só quer namorar
O tempo inteiro a me beijar
Uma encantadora e cheirosa flor
Sendo assim quem é que aguenta
E além do mais é ciumenta
Me deixa babando de amor!

Escrito as 14:11 hrs., de 18/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A POMBA DA PENA BRANCA

Sem tempo pra mais nada
Se a canoa tá furada
Vamos ter que nadar
Sem pecado e sem mágoa
Vou botar o peito n’agua
Porque lá quero chagar

Na festa do outro lado
Embora todo molhado
Quero comer e dançar à vontade
Que fica ali na ilha
Donde o sol brilha
No reino da felicidade

É ali que ela mora
E acontece que agora
Vejo ela na barranca
Tenho saudade do seu beijo
É ela que eu almejo
A pomba da pena branca!

Escrito as 15:49 hrs., de 17/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A CANOA DA MINHA SAUDADE

A tela branca se abriu
Eu vi a imagem de um rio
E nele alguém navegava
Na canoa da minha saudade
Mas quê felicidade
De longe você me acenava

Eu botei o peito n’água
Me desfiz da minha mágoa
Depois que nós brigamos
E tu se mandou embora
Porem em sonho agora
Nós nos avistamos

Na canoa assumi o remo
E naveguemos ao estremo
De um lado à outro do rio
Aí você me abraçou
E sorrindo também chorou
Quando nosso amor ressurgiu!

Escrito as 14:18 hrs., de 17/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

ESTRELA BRILHANTE

Teus olhos são lindos sois
Os verdadeiros faróis
Que iluminam o meu ser
Tu és uma estrela brilhante
Uma pedra de diamante
Es tu a razão do meu viver

Trouxe esse buquê de flores
Representando as cores
Que trazes em teu vestido
Tu és o meu clarear de dia
Tens um olhar de maestria
A vida não teria sentido

Sem você ao meu lado
Sou um eterno apaixonado
Pela mulher mais linda do mundo
Quando tu me abraça
E quanto passeamos na praça
Tenho de ti um orgulho profundo!

Escrito as 10:58 hrs., de 17/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O VENENO DA SOLIDÃO

Por mais que se incomode
Essa saudade que sacode
Dentro do peito da gente
Vivo sozinho neste mundo
O rombo da solidão é profundo
Que o coração pulsa e sente

Parece querer sair pra fora
E ele não escolhe hora
Pode ser de noite ou de dia
E a gente bebe e se emborracha
Pega a mochila e vai pra faixa
Fingindo sorrir de alegria

A verdade nua e crua
Aí eu canto pra lua
Com meu violão velho e quebrado
Durmo e acordo no sereno
Bebo um gole de veneno
E sigo sorrindo de peito empinado!

Escrito as 20:45 hrs., de 16/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

VIRA MUNDO

Ando só e desacompanhado
Eu um poeta desvairado
A loucura me consome
Eu mergulho na canção
Nas cordas do meu violão
Ninguém sabe o meu nome

Me chamam de Vira Mundo
Mas trago o orgulho profundo
De ter nascido poeta
E também de violeiro
Eu canto no mundo inteiro
Sempre sigo a rima direta

A mulher não me aguentou
Então pra fora me botou
Te manda daqui cachaceiro
Que ainda diz que me ama
Mas só me quer pra cama
E pensa que está no puteiro!

Escrito as 16:01 hra., de 16/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O CÃOZINHO DA MULATA

Tudo pronto?
Acordei meio tonto
Depois da sesteada
Já são três e quarenta e cinco
Deixei o barraco de zinco
E botei pé na estrada

Isso foi no trem das onze
Tenho um anel de bronze
E um relógio de prata
Que ganhei num sorteio
Quando vi estava no meio
Dos olhares de uma mulata

Que me aplicou uma rasteira
Condenado a vida inteira
Para viver ao seu lado
E obedecer direitinho
Que é pra ter o seu carinho
Eu sou o seu cão vira lata!

Escrito as 15:50 hrs., de 15/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A HORA DO CHÁ DA TARDE

A hora do chá da tarde
Nesse frio imenso que arde
É tudo em volta congelado
Quero pão, manteiga e queijo
Mas antes dá cá um beijo
E um amasso bem apertado

Porque a sesta foi boa
Vou navegar minha canoa
Pelas ondas do mar à fora
Até as nuvens da ilusão
Morena tu és minha paixão
E pra te amar não tem hora

Mulher da pele morena
Tu és meu eterno poema
Vou te amar até morrer
Daqui uns duzentos anos
Ainda tenho muitos planos
Para contigo ter prazer!

Escrito as 16:30 hrs., de 14/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

FLOR DE MARACUJÁ

Pode ser que sim
Se você vier pra mim
Com aquele jeitinho só seu
Podemos acabar na cama
Se é que a gente se ama
E o destino nos concedeu

És tu a flor de maracujá
Que eu colhi em Paquetá
De noite à beira do mar
Na Ilha da Sedução
Foi um mergulho de paixão
Pra nunca mais se acabar

Venha logo meu Deus do céu
Eu sou feliz pra dedéu
E vamos ver no que vai dar
Eu troco tudo por você
Saia de dentro dessa tevê
E vamos juntos contracenar!

Escrito as 14:40 hrs., de 14/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

EMBRIAGADO DE AMOR

A poesia vem da alma
É uma coisa serena e calma
O poeta sonha com a lua
Embriagado de amor
Numa noite de frio ou calor
Ele descreve a mulher nua

A lua sempre eterna amada
Ela é a minha namorada
Eu tenho ciúmes da lua
Uma bela cinturinha fina
Com ares e sorrisos de menina
Estou sempre na rua

Com a viola bem afinada
Em serenata canto toada
Em volto aos raios brilhantes
A lua se esconde a traz da mente
E com isso confunde a gente
Como se fossemos pedras de diamantes!

Escrito as 21:37 hrs., de 13/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O PÁSSARO DA PÁS

Eu sou um pássaro voador
Espalhando a semente do amor
Por todos os cantos da Terra
Eu quero pás e quero saúde
Que Deus nos ajude
Nós não precisamos de guerra

Tenho o amor da passarinha
Minha eterna rainha
Que cuida do nosso ninho
É a coisa mais linda do mundo
Carrego o orgulho profundo
E a trato sempre com carinho

Esse pássaro que aqui fala
Está sentado na sala
Na cadeira ao computador
Puxando pela imaginação
Em busca da inspiração
Para mais um poema de amor!

Escrito as 19:47 hrs., de 13/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A BELA DONA DA PIROGA

Hoje pequei, não fiz nada
Com uma culpa danada
Devo cair de bico no chão
Um dos motores pifou
Então tudo se danou
Lá se foi o meu avião

Ainda bem que caiu no mar
Há uma piroga a me olhar
Com bela dona na popa
Que me recolheu à bordo
Me salvou e eu concordo
Me secou com um saco de estopa

Agora salvo no continente
Me despedi alegre contente
Peguei o boné e dei o fora
Ela disse, espere meu homem
Por favor doce anjo não some
E eu disse, só se for agora!

Escrito as 17:56 hrs., de 13/6/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

ANDANTE TRISTE

Eu sou um andante triste
A minha amada insiste
Em me manter longe de casa
Mochila nas costa e bengala
Mui fraco quase sem fala
Um pássaro que quebrou a asa

Levo o violão desafinado
Um pedaço de pão mal sovado
Da padaria do diabo
Que juntei e comi do lixo
Ando sujo igual um bicho
De cansaço quase me acabo

Agora vou ligar pra ela
Pedir um chá de canela
E suplicar para voltar
De joelhos implorar perdão
Pra não morrer na solidão
Nem que tenha que rastejar!

Escrito as 13:59 hrs., de 12/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

VAMOS ADMIRAR A LUA

Eu sou muito verdadeiro
Com o tempo virei poeteiro
E a poesia é meu edredom
Um caliente cobertor
Sou o poeta do amor
Agora desliga esse som

E preste atenção no que digo
Se eu hoje estou contigo
É por conta da grande paixão
E o amor aqui fala mais alto
Agora desça do salto
E se feche em meu coração

Venha, vamos admirar a lua
Logo mais te quero nua
Do jeito em que tu nasceu
É meu coração que te quer
Eu amo você mulher
Porque o amor nos escolheu!

Escrito as 19:32 hrs., de 12/067/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

UMA SESTA CHEIA DE BEIJOS

Mas voltando a vaca fria
Me dá uma agonia
Você deitada na cama
Chorando de saudade
Se a tua felicidade
É este alguém que te ama

Aqui na tua presença
Levanta e cai na crença
És o amor da minha vida
Que bom que tu acredita
Minha querida mulher bonita
Tu não tem outra saída

A não ser me dá um abraço
A quanto tempo te caço
E me afogo de desejos
Cheio de saudade e de dor
Agora quero o teu amor
E uma sesta cheia de beijos!

Escrito as 15:54 hrs., de 11/06/2020 por
Nelson Ricardo ávila

LUA QUERIDA

Depois de ter comido tanto
Eu me atirei num canto
E não é que peguei no sono
Estou velho e acabado
Numa sarjeta jogado
Como um cachorro sem dono

Apenas com minha viola
Tem alguém me dá bola
E sempre me pede pra cantar
Minha roupa toda rasgada
E sujo do pó da estrada
Mas a noite ao clarear

Eu olho pro céu e vejo
Alguém me mandando beijo
É o amor da minha vida
Em qualquer lugar que esteja
Meu coração lateja
Ao ver a bela lua querida!

Escrito as 15:17 hrs., de 11/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

PUNHAL CRAVADO NO PEITO

Na poltrona de rei
Onde eu me ajeitei
E puxei o teclado
Do meu computador
Escrever palavras de amor
De um homem apaixonado

Desses que desmaia de saudade
Sinto a dor da maldade
Do punhal cravado no peito
E ter que suportar a dor
Por um traiçoeiro amor
Que tem que ser desfeito

Foi o que aconteceu comigo
Hoje amargando o castigo
Aqui suportando o pranto
Ao embalo da minha rede
Olhando pra parede
E remoendo meu desencanto!

Escrito as 11:19 hrs., de 11/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

AMOR SEM FRONTEIRAS

Enquanto a saudade não sai
O meu pensamento se vai
Tão longe muito longe daqui
Além das nuvens de algodão
Além muito além da imaginação
Desde o dia em que te vi

Na esquina da ilusão
Mexeu com meu coração
E muito tempo se passou
A distância nos fez barreiras
Mas como o mundo não tem fronteiras
Meu amor aqui estou

Estamos vivos os dois
Tanto hoje como depois
Te levarei café na cama
Pois quero matar a saudade
Aqui é o jardim da felicidade
E meu coração te chama!

Escrito as 19:59 hrs., de 10/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O VENTO DA SAUDADE

Noite escura sem luar
Meu coração a festejar
Tudo de bom acontecendo
Liberdade liberdade
No reino da felicidade
Tudo está me parecendo


Que tu vieste pra ficar
Ouvir o pássaro cantar
E o barulho da coruja voando
Veio pelo vento da saudade
Meu amor quê felicidade
Parece que estou sonhando

És o sonho que Deus me deu
O beija flor apareceu
De fronte a minha janela
Preparei o buquê de flor
A casa é sua meu grande amor
E hoje ela ficou mais bela!

Escrito as 19:49 hrs., de 09/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

TRAIÇOEIRA E VULGAR

Eu quero salada de repolho
Meu amor estou de olho
Em todos os teus passos
Ando desconfiado contigo
Até vou escrever um artigo
E nele descrever seus traços

Querida, traiçoeira e vulgar
Deixa, eu vou me vingar
Pois bala trocada não dói
Eu te dou umas de menta
E bombons de mel com pimenta
Que comprei no bar do Elói

Vamos fazer as pazes
Nós dois passarmos de fazes
Só cinco minutos de prazo
Eu estou em ponto de bala
Pode ser aqui mesmo na sala
Que eu quero tirar meu atraso!

Escrito as 20:10 hrs., de06/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

AQUELA ROSA BRANCA

Aquela rosa branca
Que não se manca
Que eu a quero despetalar
Cada pétala é um sorriso
Pois é dela que eu preciso
Com carinho desfolhar

Essa rosa que tem nome
Que o passarinho come
Toda noite e todo o dia
Rosa que desse do ramo e anda
Que quando passa me manda
Um sorriso de alegria

Te quero plantada no meu jardim
Perfumando pra mim
Toma banho nas cisternas
E se espalha na minha cama
A gente que muito se ama
Eu amo aquele par de pernas!

Escrito as 16:220 hrs., de 06/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

MADEMOISELLE

A coisa não tá fácil não
Depois que levei um não
Da bela mademoiselle
Que só me olha da janela
Olhar inda de donzela
Que me faz sentir na pele

Agita meu coração
Cantarolando uma canção
Fica rindo da minha cara
Pede carona no Gordini
Hoje na praia de biquíni
Verdadeira joia rara

Me dá beijinho no queixo
Se esfrega em mim e eu deixo
Convido pra ir no meu quarto
Só fala que está cansada
Vou viajar cair na estrada
Amanhã cedinho eu parto!

Escrito as 15:05 hrs., de 06/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

UM ÉBRIO DESPREZADO

Meu corpo está gelado
Sem ninguém ao meu lado
Porque que você foi embora
Até o gato abandonou a casa
E o papagaio abriu a asa
E levantou voo agora

O que é que eu faço sem você
Até desliguei a tevê
Eu vou é cair na rua
Para viver na amargura
Ninguém mais me segura
Eu quero é cantar pra lua

Com meu jeito desafinado
Este violão velho e quebrado
Não tenho outra coisa a fazer
Vou ser um ébrio apaixonado
Sem ter tu do meu lado
Sem seu amor, não há prazer!

Escrito as 19:37 hrs., de 05/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A POESIA PEDE PASSAGEM

A poesia pede passagem
E em sonho segue viajem
Além do céu além do mar
Pelas nuvens de algodão
Nas asas de um avião
Nem que seja no imaginar

As estrelas vão passando
Alguns cometas despencando
Me alcança o prato de feijão
Enquanto eu falo bobagens
Agora quero salada de vagens
E trezentos gramas de paixão

Por favor sem guerra
Vamos pousar na Terra
Num campo minado em flores
No parque vejo os namorados
E todos muito apaixonados
Num ar impregnado de amores!

Escrito as 13:14 hrs., de 05/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

EU E ELA

Um almoço e tanto
Uma mesa num canto
E um casal de namorados
Era eu e era ela
Muito nova inda donzela
Sempre os dois lado a lados

Como duas almas gêmeas
Formado de macho e fêmea
Foram dali para o hotel
Onde o amor aconteceu
Um novo mundo nasceu
Da inesquecível lua de mel

Hoje aos noventa anos
Realizados os planos
Uma união que valeu à pena
Tudo poderia ser assim
Essa história chega ao fim
Rendendo um belo poema!

Escrito as 09:56 hrs., de 05/06/2020 por
Nelson Ricardo Ávila