terça-feira, 31 de julho de 2018

ABANDONADO



Ai meu Deus que cansaço
Estou errando o paço
Daqui à pouco vou ao chão
Porque borracho estou
Nem sei pra onde vou
Estou à caminho do Japão

Ou do Rio de Janeiro
Quero estar no carnaval de fevereiro
Estou cansado de pagar imposto
E bater em porta em vão
Porque a maldita solidão
Tem me causado desgosto

Minha bela namorada
Abandonou-me na estrada
Me deixando a pão e água
Deu-me uma tremenda tunda
E um ponta pé na bunda
Que vivo afogado na mágoa!

Escrito as 16:15 hrs., de 31/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 30 de julho de 2018

TUDO A PARTIR DE UM BOMBOM




Quando te encontrei na esquina
Com teu corpo ainda de menina
Nossa paixão foi crescendo
Ficou do tamanho do mundo
E o amor se tornou profundo
E hoje continua acontecendo

Porque o fermento era bom
E aí dividimos um bombom
Entrelaçando nossos abraços
Nossas bocas querendo, e então
Era ao anoitecer de um verão
Gente passando aos passos

Lembro-me como se fosse agora
Sempre que a gente namora
Ouvindo o canto dos pardais
E que pra nós sempre é pouco
Somos dois meninos loucos
Que depois de tudo queremos mais!

Escrito as 16:52 hrs., de 30/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

MINHA AMADA SOLIDÃO


A coisa não é fácil não
Aminha amiga solidão
Diz que está sempre do meu lado
E isso é a pura verdade
Mas na verdadeira realidade
Sou por ela apaixonado

Acho que a solidão me ama
Dorme comigo na cama
Aturando minhas chatices
Ela com todo aquele jeitinho
Nunca me deixa sozinho
Com todas as suas meiguices

Já que ninguém mais me quer
Não preciso de outra mulher
Aproveito e fecho a cancela
Porque a vaga está ocupada
Solidão é o nome de minha amada
Toda cheirosa e tão bela!

Escrito as 10:52 hrs.., de 30/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 27 de julho de 2018

NO CÁLICE DO TEU AMOR


Cheguei com dor de cabeça
E antes que o corpo adormeça
Quero embalar-me em tua rede
Para dormir nos braços teus
Quero envolver-te nos beijos meus
É do teu amor que sinto sede

Sentir o roçar de tua boca
Onde minha alma muito louca
Faz ferver o sangue sem dor
Em noites de inverno ou verão
No gelo ou na brasa da paixão
E eu sorvo no cálice do teu amor

Pra colher o pendão que amadurece
E se por acaso o romance cresse
Não há alma venenosa que a destrua
E se você não for batizada
Durante o sono da madrugada
Eu te batizo com o nome de lua!

Escrito as 18:56 hrs., de 27/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 26 de julho de 2018

O PUNHAL DA TRAIÇÃO


É hora de rever a gata
Aquela que me maltrata
Achando que tem razão
Anda toda bonitona
És para mim a melhor persona
Que mora no meu coração

Mas que pula a janela do peito
Crava o punhal do seu jeito
Dançando nas noites da balada
E eu fico sonhando com ela
Esperando que entre pela janela
E assim se vai a madrugada

Com a solidão que corrói
Punhalada no peito dói
Chama-me de chato e grosso
Correndo a traz da ingrata
Feito um cão vira lata
Que apanha mas não larga o osso!

Escrito as 20:07 hrs., de 26/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A FOFOCA CONTAMINA


Ando bastante cansado
Pra não dizer todo quebrado
E comendo o pó do asfalto
Já não sirvo mais pra nada
Aquela morena encantada
A mesma do salto alto

Coisa linda jóia rara
Deu-me um tapa na cara
Mandou-me criar vergonha
Diz que não sabe se o filho é meu
Acha que foi Deus quem lhe deu
Está esperando a cegonha

Talvez filho de um chinês
Ou então do português
Da padaria da esquina
E eu fiquei chupando o dedo
Por favor isso é um segredo
A fofoca contamina!

Escrito as 16:20 hrs., de 26/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 25 de julho de 2018

POEMA DA INSÔNIA


Já que não tenho sono
Sozinho como um cão se dono
São vinte e três e quarenta e cinco
Então eu ligo o computador
Quem sabe pra falar de amor
De baixo do barraco de zinco

Ao lado do catre de solteiro
Parece que meu travesseiro
Está com raiva de mim
E a cama muito dura
Sem sono ninguém atura
Na quarta feira quase no fim

Que vai dar lugar pra quinta
Fale pra mim e não minta
Você aí já pegou no sono?
Ou está na base do vira vira
Diz pra eu que não é mentira
Que não está no abandono!

Escrito as 23:54 hrs., de 25/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A LUA DE SAIA RODADA


Com qualquer coisa eu poeto
Sou matuto analfabeto
O que é que eu posso fazer
Se ninguém me ensina
A pelo menos dobrar uma esquina
Que eu já não queira comer

Algo que não tem lá em casa
Porque malandro não se atrasa
Na hora do vamos ver
Quando a lua sai sorrindo
E eu fico bebendo e gospindo
Procurando entender

O maldito do açoite
Se lá na boca da noite
A lua de saia rodada
E de cabelos compridos
Com belos brincos de ouvidos
E sorrindo refestelada!

Escrito as 14:22 hrs., de 25/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 24 de julho de 2018

A VALSA ANTIGA


E eis que chego do alto
Levantando nuvens de asfalto
No meu motociclo veloz
A mais de trezentos por hora
Eu te respondo e agora
Energia do amor entre nós

Com a semente da amizade
Ao lembrar sinto saudade
Dos tempos em que eu era pequeno
Já bebi da mais forte amargura
Mas não entrego-me a desventura
E absorvo sempre o veneno

Porque é o amor que vale à pena
É a fonte de mais um poema
Pra marcar o tempo de uma era
E se o inverno ainda castiga
Eu lembro daquela valsa antiga
Que muito dancei na primavera!

Escrito as 10:07 hrs., de 24/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 17 de julho de 2018

A CORTINA DOS TEUS OLHOS


Olhando para os teus olhos menina
Como um abrir de cortinas
De uma mocinha tão sabida
Com apenas oito aninhos de idade
Que trouxe para mim felicidade
O combustível de minha vida

Mexe com os remos seu remador
Eu sou um navegador
Que viajo sentado à proa
Indo para a ilha da felicidade
Carregando uma mala de liberdade
E também uma semente muito boa

Para espalhar pelo mundo à fora
O momento para isso é agora
Um beijinho no rosto da menina
Estou de alma bem serena
E ao encerrar mais um poema
Aproveito para fechar a cortina!

Escrito as 13:16 hrs., de 17/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 16 de julho de 2018

PELAS NUVENS DE ALGODÃO


Nas asas daquele avião
Pelas nuvens de algodão
Vou eu surfando ao Léo
Divertindo-me bastante
Com a tromba do elefante
Que vem descendo do céu

Um pulinho e estou no chão
Para embalar-me ao verão
Do calor que se faz no norte
Se for ao sul vou ficar congelado
No meu peito bate martelado
Mas tenho um coração forte

Que surta pela Ritinha
Uma bela garotinha
Com apenas quarenta e cinco
Que impõe-me o tal castigo
De não querer morar comigo
No meu barraco de zinco!

Escrito as 19:28 hrs., de 16/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

AO VOLTAR DE PINTAÍBA


Pés de moleque e cocadas
Comprei à beira de estradas
Ao voltar de Pindaíba
Capital do Planeta Marte
Estava numa feira de arte
Que acontece lá pra riba

Os artistas marcianos
Também os uranianos
Que já mais entram em guerras
Tomei muita água de coco
Ficaram sabendo que eu era um louco
Representando outras terras

Meu coração palpitou
Pela marciana que piscou
Quando eu olhava pra ela
Despedi-me do conclave
Trouxe a ET em minha nave
Nunca vi coisa tão bela!

Escrito as 16:27 hrs., de 16/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 15 de julho de 2018

ESSE TEU OLHAR


Eu preciso te conquistar
Pra poder ultrapassar
A barreira da depressão
Esse teu olhar que me fascina
E os olhos de princesa menina
Quero prender-te ao meu coração

E jogar a chave fora
Eu pergunto e agora
Vai decidir a meu favor?
Ou dizer-me um não rotundo
Dar-me o tombo maior do mundo
Eu espero um sinal de amor

É o que fala mais alto
Menina desça desse asfalto
E venha morar na favela
No meu barraco de zinco
Que não tem fechadura e nem trinco
Mas eu improviso uma tramela!

Escrito as 16:47 hrs., de 15/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 14 de julho de 2018

A ROSA MULHER DO AMOR



A vida pra mim é uma flor
Que é a rosa vermelha do amor
Eu falo isso com orgulho profundo
Eu te amo e tu me amas
Quebraremos muitas camas
Você é a mais linda do mundo

Bela rosa meu bem querer
Chego até me derreter
Quando estou junto de ti
Passo a noite só pensando
O quanto estou te desejando
Por isso agora eu venho aqui

Implorar por teu amor
Na plenitude do calor
E da febre da paixão
Eu abro pra você o jogo
O meu sangue pega fogo
E palpita meu coração!

Escrito as 16:50 hrs., de 14/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

DONDE A MORENA LAVA ROUPA


Agora são onze e quarenta e um
Eu vivo num lugar comum
Chamado paraíso
Com muitas flores e alamedas
Que até parecem labaredas
Meditar é do que eu preciso

Que é pra alinhavar o futuro
Do outro lado daquele muro
Corre água com sabão
Donde a morena lava roupa
Minha voz já está rouca
De tanto falar de paixão

Fico espiando pelo buraco
Reconheço meu lado fraco
Mas essa morena me tenta
Sei lá se ela me quer
Eu sou doido por essa mulher
Coração quase arrebenta!

Escrito as 11:50 hrs., de 14/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 13 de julho de 2018

SE MINHA ALMA NÃO É PEQUENA


Com a inspiração dos universos
Vou escrevendo meus versos
Deixando algo escrito ao mundo
Enquanto minha idéia não se cansa
Eu sigo com a alma mansa
Num mergulho que me leva ao fundo

Só pra ver o que acontece
Mas ao que me parece
Vai dando tudo certo sim
Se minha alma não é pequena
Faço de qualquer coisa um poema
E isso é uma festa pra mim

Que já ando com idade lá em cima
Tenho sempre a mania da rima
Isso é o estilo meu
Seguirei sempre no mesmo tom
Agradeço por ter recebido esse dom
Acreditando que foi Deus quem me deu!

Escrito as 17:23 hrs., 13/07/20-18 por
Nelson Ricardo Ávila

PENSANDO NA BOEMIA


Agora vou me cascar na poesia
Pensando na boemia
Como sou considerado
Abraçado ao meu violão
Mais se toco uma canção
As vezes saio lascado

Dizem que toco muito mal
Me chamo fulano de tal
O meu negócio é fazer nada
Já tentei ser nadador
Fiz um curso de aviador
Derrubei o avião na estrada

Estava a três metros do chão
Foi a maior gozação
Também quis ser flanelinha
Deixei o carro todo riscado
A verdade é que vivo lascado
Sustentado pela minha rainha!

Escrito as 15:10 hrs., de 13/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 12 de julho de 2018

PROCURANDO O CLARÃO DA LUA


A gente vai levando
Nem que seja empurrando
Porque a vida segue
Música nunca é de mais
Se eu jogo pedra nos vitrais
Não tem ninguém que me pegue

Sou veloz a dar com um pau
Canela moída no mingau
E doce de coco na taça
Embriagado vou pra rua
Procurando o clarão da lua
Sento-me num banco da praça

E fico falando sozinho
As vezes chorando baixinho
Ébrio sempre apaixonado
Dormindo no leito da rua
Querendo namorar com a lua
Sou um pobre louco desvairado!

Escrito as 15:37 hrs., de 12/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A LUZ DE UM GRANDE AMOR


Agora eu quero você
E não tem de teretetê
Pois preciso de tua luz
Que ilumina o meu caminho
Com seu meigo jeitinho
Pois fui eu que compus

A sua forma de ser
E que ao meu ver
És a mulher mais perfeita
Que mora no meu peito
E eu amo de mais o seu jeito
E que se você me aceita

É nos dois na fita
És a mulher mais bonita
Verdadeiro ramo de flor
Que não se acha em qualquer venda
Feita pra mim sob encomenda
E o nome de tudo isso é amor!

Escrito as 11:36 hrs., de 12/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 11 de julho de 2018

NUM BARRACO DE ZINCO


Sei lá o que vou escrever
Só sei que quero mover
A montanha do Himalaia
Em busca do bom prazer
E o que pode acontecer
É eu sair pra gandaia

Porque hoje a noite promete
Mandei atrelar a charrete
Com dois corcéis pelo fino
É comigo que a cobra fuma
Eu irei sem culpa nenhuma
E com alma de um menino

De apenas vinte e cinco
Mora num barraco de zinco
Cheia de buracos pra lua
Muito pobre e mal vestida
Quero ela em minha vida
Estando com roupa ou nua!

Escrito as 18:21 hrs., de 11/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

AMOR CARIOCA


Ta tudo andando
E eu devorando
Um quilo de amor carioca
Do peito de uma morena
Um verdadeiro poema
Idéia que sai da toca

Da inspiração carnavalesca
Chá de amora e água fresca
Na quarta feira gelada
Lá pro mês de fevereiro
Estarei no Rio de Janeiro
Pra ver a morena arretada

Sambar na Sapucaí
E por isso estarei aí
Passeando em Copacabana
Como também em Ipanema
Ao lado dessa morena
Que sempre jura que me ama!

Escrito as 13:48 hrs., de 11/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 10 de julho de 2018

DESEJOS DE AMOR FUGAS


Entra em ação o poeta
Sempre na rima direta
Chutando pedrinhas na rua
E bolas de papel na lixeira
Batendo um samba de primeira
Procurando o clarão da lua

Mais a lua às vezes se esconde
Fica do outro lado e não responde
Então o negócio é o lampião de gás
Pinta a mulata no pedaço
Convida-me para seguir seu paço
Num desejo de amor fugaz

Porque a paixão queima no peito
E a platéia aplaude e não tem jeito
Ali mesmo no meio da rua
Se o samba e a seresta é cultura
Agarro a mulata pela cintura
Quer saber mais pergunte a lua!

Escrito as 20:10 hrs., de 10/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

OS VERSOS DE UM POETA LOUCO


Vai lá mundo perverso
Vê se lê o meu verso
Espalhado aos quatro cantos
Dessa laranja oval
Não existe nada igual
São coisas de mil encantos

Os versos que escrevo
Tudo bordado em relevo
Para encantar as platéias
Tão doce como um bombom
Que vai do silencio ao som
Saindo da fervura das idéias

Coisas de um poeta louco
Que vive no eterno sufoco
Como se a vida fosse flor
Sempre sonhando acordado
É um eterno apaixonado
Distribuindo a semente do amor!

Escrito as 15:01 hrs., de 10/07/2018 por
Nelson Ricardo

segunda-feira, 9 de julho de 2018

E O SALTO ALTO VEM CHEGANDO



E vamos tocando em frente
Em busca do sol nascente
E também da noite escura
Faça fogo na lareira
Pra que esquente a casa inteira
Que hoje vai rolar cultura

No meu caso é a poesia
Na verdade ou utopia
O que interessa é o bom viver
Um chazinho quente na hora
O bom da vida é agora
Quando fala alto o prazer

E o salto alto vem chegando
Só no sapatinho rebolando
Formando um mar de emoção
O sorriso aberto da Samara
Beleza no mundo é coisa rara
Aí eu grito, agüenta coração!

Escrito as 19:26 hrs., de 09/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A LUA É FEMININA


Agora estou indo
Criar um poema lindo
De acordar platéias
Rico em conteúdos
De acordo com os estudos
Tirados de minhas idéias

Em praça pública declamar
E o mundo inteiro delirar
Com a inspiração de um poeta
Que larga tudo e sai pra rua
Pra ver se encontra com a lua
Sua amada predileta

Esse poeta sou eu
Com o dom que Deus me deu
Perdido num beco qualquer
Essa eu sei que é feminina
É ela que me ilumina
Sei que a lua é uma mulher!

Escrito as 14:50 hrs., de 09/07/2018 por
NELSON RICARDO

BELO CANTAR DE ROUXINÓIS


Voltei de pressa meu amor
Mesmo sentindo a dor
Da punhalada que você me deu
Mas chega de te re te te
Eu não sei viver sem você
Pois o meu coração é sempre seu

Apesar dos chifres em minha testa
E sabendo que tu não presta
Eu entendo e te considero
Pode pintar e bordar
Estarei sempre a te perdoar
De qualquer jeito te quero

Morena linda de Ilinóis
Belo cantar de rouxinóis
Se o punhal em meu peito arde
Farei de contas que nada existe
Porque o meu amor persiste
Não resisto a tentação de tua carne!

Escrito as 09:28 hrs., de 09/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 7 de julho de 2018

E POR FALAR EM CASCATA


E por falar em cascata
Eu lembro daquela mulata
Que levei no meu gordini
Ela até hoje comunga
Eu enfiei uma sunga
E ela se pôs num biquíni

De baixo dos fios d’águas
Afogamos nossas mágoas
Depois armamos a rede
Como se fosse uma cama
Pra tirar uma pestana
Não sem antes matar a sede

Nos beijos da mulata
Que meu coração maltrata
Depois de mim se esqueceu
Entrou numa banda de roque
E hoje mora em Nova Iorque
O céu pra mim escureceu!

Escrito as 20:58 hrs., de 07/07/2018 por

SERESTEIRO DAS MADRUGADAS


Eu sou um galo poetador
Mas também um cantador
Nas noites de serenatas
Abraçado ao meu violão
Tiro os acordes do coração
Como hinos que vem das matas

Nas madrugadas de luar
Procurando alguém pra casar
Porque a solidão me tortura
Vou pra casa comer um sonho
Com dentes bons eu me proponho
A também comer rapadura

Deito na cama e fico quieto
Sou feio e analfabeto
Só sei ler as cordas do pinho
Sigo andando pela beira
Procurando alguém que me queira
Já cansei de andar sozinho!

Escrito as 14:34 hrs., de 07/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 6 de julho de 2018

A GATA MAHI


Tem uma gata que me rela
Até já dei ração pra ela
Ela olha e me piscas
Não gosta de ração alguma
Dessas que existem, nenhuma
Só aceita se for wiskas

Essa gata é tão bela
Já preparei um chicote pra ela
Pra ver se aprumo a safada
Eu sou o seu chefe lorde
Mas ela me aranha e me morde
Então eu abraço a danada

E corro ao armário ver ração
Coloco num pratinho ali no chão
E também água pra beber
Aí então eu me consolo
Ela vem é sobe no meu colo
A gata Mahi dá-me prazer!

Escrito as 19:03 hrs., de 06/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

FIM DO SONHO




O Brasil vai entroncando
E o sonho então acabando
Vamos voltar para a roça
Plantar mais milho e feijão
Melhorar o sabor da refeição
Do jeito que ta não há quem possa

Ta tudo muito salgado
Chega de ser derrotado
Vamos cuidar da casa
E também da economia
Saúde, paz e harmonia
Porque o tempo não se atrasa

Vem aí nova eleição
Política sem corrupção
Mais dinheiro pra saúde
Educação de qualidade
Segurança no campo e na cidade
E que Deus Nosso Senhor nos ajude!

Escrito as 16:09 hrs., de 06/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 5 de julho de 2018

E O BARCO SEGUE ANDANDO


Então o frio impera
Antecedendo a primavera
O inverno que faz tremer
E nos bota de cama
Esquenta qual chama
Que propõe o prazer

Que nos devolve a saúde
A gente vive e se ilude
De que a vida não termina
Envolve-nos aos carinhos
Embora os espinhos
Mas o amor contamina

E o barco segue andando
A alma continua flutuando
Ate o dia em que Deus quiser
A vida é coisa mui rara
E o tempo não para
E nos leva a um beco qualquer!

Escrito as 18:06 hrs., de 05/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

É O BICO DO PASSARINHO


É o bico do passarinho
Que vai carregando o raminho
Pra fazer sua casinha
Deixando de lado seu carro
E construir um barraco de barro
Pra morar com sua rainha

Lá bem no alto da colina
E o avião passa por cima
Fiscal de bordo na berlinda
Com uniforme engomado
E eu viajando ali sentado
Mirando pra ela tão ainda

Bebendo Martini sem gelo
Meu Deus fiz um apelo
E eis que nada aconteceu
Sonhando naquele corpo
Ao mergulhar no aeroporto
O mundo de mim esqueceu!

Escrito as 14:00 hrs., em ponto de 05/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 3 de julho de 2018

SOMOS UM SÓ CORAÇÃO


Estou ficando cansado
Você saiu do meu lado
E foi postar-se à janela
Do apartamento quinto andar
Não quis mais navegar
Pelos mares da aquarela

Deixou-me pensando a esmo
Devorei um quilo de torresmo
Com café passado em saco
O sabor preto me convence
E o teu coração me pertence
Porque o meu ta ficando fraco

Vou precisar de um transplante
Sou a saúde sou teu amante
Sou tua estrada a ser seguida
És minha eterna alma gêmea
Um casal de macho e fêmea
No caminho eterno da vida!

Escrito as 18:25 hrs., de 03/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 2 de julho de 2018

O GRANDE LANCE


A hora do grande lance
É quando explode um romance
Desses de arrebentar um coração
Contra o amor ninguém pode
É um vendaval que sacode
Lamas de fogo de um vulcão

Foi o que explodiu em meu peito
Que mexe tudo e não tem jeito
E a gente perde o sono
Sonha, soluça e chora
E na hora do momento implora
Pra não ficar ao abandono

Felizmente deu tudo certo
Porque banquei o esperto
Com um perfume atrativo
Então eu entrei na dela
Que escancarou-me a janela
E hoje é por ela que eu vivo!

Escrito as 15:02 hrs., de 02/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

LÁ VAI A BOLA


Lá vai a bola rolando
E o mundo inteiro vibrando
Torcendo por sua seleção
E o Brasil também está junto
E não tem outro assunto
Brasil tem que ser campeão

Contra os chapéus coloridos
Mandamos nossos fluídos
Com inteligência e astúcia
Lá pro leste da Europa
Precisamos ganhar essa copa
E pra isso estamos na Rússia

Ao som alegre da viola
O mundo corre a traz da bola
Salve salve nossos corações
Vibrando em todas as praças
O Brasil é o dono das taças
Seremos eternos campeões!

Escrito as 09:10 hrs., de 02/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 1 de julho de 2018

É AQUI QUE MORA O AMOR


Vamos chegando pro jogo
Que o frio do inverno é fogo
Quero aquecer-me em teus braços
Que tua guarida é quente
Onde o corpo todo sente
Adormeço em teus passos

Para amanhecer sorrindo
Agora espere que estou indo
Ao encontro consonantal
Dos beijos quentes de tua boca
Minha alma é muito louca
Que outra não tem igual

A não ser a tua
Que tem o formato da lua
Quando ainda está nova
Ou mesmo no quarto minguante
Serei sempre seu eterno amante
Porque o que é bom se renova!

Escrito as 20:55 hrs., de 01/07/2018 por
Nelson Ricardo Ávila