quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

SÃO TANTAS COISAS


São tantas coisas que não sei
Não lembro onde é que botei
A bela carta do meu amor
Palavras com todo o carinho
Pra quem anda assim sozinho
É sim um triste torpor

Ela viajou para a Europa
E eu durmo subido na copa
De um grande pé de alecrim
Espiando o avião que não vem
Mas então ela chegou de trem
Correndo em busca de mim

Ao encontro de nós dois
Foi tanta felicidade pois
Porque a amada chegou
Num avião que batia a asa
O amor mora lá em casa
E o choro que eu tinha estancou!

Escrito as 19:40 hrs., de 28/02/2018 por
Nelson Ricardo

TESOURO DE DIAMANTE


De porta aberta e luz acesa
Posso falar com certeza
Que algo de bom vai sair
Quem sabe um poema rimado
Ao céu lá em cima nublado
Pode ser que chuva vai vir

Para molhar o meu semblante
Tenho um tesouro de diamante
Chama-se Vera Regina
Gostosa como só ela
Nem mesmo a lua é tão bela
Que ontem tomou novalgina

Piorando sua situação
Estava com depressão
No meu ombro chorou tanto
Depois dos carinhos que dei
Entendo que a consolei
E com beijos sequei seu pranto!

Escrito as 17:40 hrs., de 28/02/2018 por
Nelson Ricardo

O TEMPLO VAI TROVEJAR



O tempo vai trovejar
E também relampejar
Não posso molhar meu terno
Minha gravata colorida
Terei que dar uma saída
Eu sou um cara moderno

Metido a conquistador
Joguei fora o meu amor
Em busca da liberdade
A inspiração me faz poema
Embora eu goste da morena
Mas a real felicidade

É flertar por aí a fora
Vou tomar meu chá de amora
Antes de cair na gandaia
No meu velho gordini
Ver as mulheres de biquíni
Se bronzeando na praia!

Escrito as 08:44 hrs., de 28/02/2018 por
Nelson Ricardo

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

CASCA GROSSA SERESTEIRO


Um casca grossa, sou, porque não
Mais o meu coração
É por Deus muito molinho
Está sempre aberto para o bem
Amizade aqui, sempre tem
Assim como muito carinho

A quem me der atenção
Farinha de trigo para o pão
E a semente para o bem, semeada
A solidão me é sempre companheira
Guisado de mondongo com macaxeira
A muito que não tenho namorada

A última que tive foi se embora
Tratou de dar o fora
Por eu ser um seresteiro
Um coração sem dono
Que varo horas sem sono
Flertando com o mundo inteiro!

Escrito as 20:20 hrs., de 27/02/2018 por
Nelson Ricardo

NA ÂNSIA MÚTUA DO AMOR


Pois eu por aqui cheguei
Abri a porta e entrei
Você comendo vatapá
Me alcançando o prato
Este poema é um relato
Sentamos juntos no sofá

Para ver o vale à pena ver de novo
Essa coisa que envolve o povo
Na frente da televisão
Então a gente se abraçou
E se beijou
Num momento de ardente paixão

Viramos o vaso de flor
Na ância mútua do amor
Que ferve no sangue de nos dois
Porque a gente se ama tanto
Eu vejo em nela todo o encanto
O resto eu te conto de pois!

Escrito as 16:33 hrs., de 27/02/2018 por
Nelson Ricardo

ANTES DO NASCER DA LUA


É o calor que se faz sentir
Que Põe a gente a dormir
Mesmo que não tenha sono
Aqui neste quarto confinado
Uma cela de condenado
Completamente ao abandono

Mas um dia eu saio daqui
Pego meu barco e vou aí
Pra trazer-te nos braços meus
Nessa Ilha que é só tua
E antes mesmo do nascer da lua
Eu beijarei os lábios teus

E não adianta dizer que não
Porque este pobre coração
Não para de saltitar
Desde a hora que você se foi
Ta me ouvindo mulata, (oi)
Eu quero contigo voltar!

Escrito as 12:24 hrs., de 27/02/2018 por
Nelson Ricardo

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

EMBORA OS QUARENTA GRAUS


O sol à meia tarde pois
E o chá no jardim à dois
Ao ar fresco da liberdade
Embora os quarenta graus
Ao som da valsa de Strauss
Isso é que é felicidade

Escrevendo num papel de pão
Um poema cheio de paixão
Com frases de fazer chorar
O momento que me alucina
Pelo sorriso da menina
Que me faz sonhar

Que tudo na vida tem jeito
O recado saiu bem feito
Coloco e vai junto uma flor
E depois de tudo em suma
Eu digo que é hoje que a cobra fuma
Eu preciso muito desse amor!

Escrito as 16:13 hrs., de 22/02/2018 por
Nelson Ricardo

ESSE SOL QUE QUEIMA NO MEU ROSTO


Esse sol que queima na cabeça
Por incrível que pareça
É o astro que dá o colorido
No mundo dos quatro cantos
Se os anjos usam mantos
E têm o sexto sentido

Eu também sou um deles
E sempre estarei com eles
Em nossa vida material
Estou cansado de desavença
Mas sem nunca perder a crença
No grande reino espiritual

Agora eu não falo de amor
Mas penso num ramo de flor
E planto dentro de um vaso
Sentimento no peito tem
Se um dia eu arranjar alguém
Juro por Deus que me caso!

Escrito as 14:45 hrs., de 22/02/2018 por
Nelson Ricardo

PORQUE ME TOMAS MEU AMOR


Aquela viajem que fiz
Fui enfiar o meu nariz
Em terras de outros lados
Falando outros idiomas
Meu amor porque me tomas
Os seus cabelos ondulados

Meu combustível da vida
Sua aura mais colorida
E esse corpo modulado
Como a música do bem querer
Hoje eu quero te dizer
Que estou apaixonado

Pelo teu sorriso aberto
E esse pensamento esperto
Que apesar do meu sofrer
Tu faz-me um passarinho
E com todo esse teu carinho
Ei de amar-te até morrer!

Escrito as 09:40 hrs., de 22/02/2018 por
Nelson Ricardo

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

A VIAJEM LONGA


A viagem longa que faço
Quase me mata no cansaço
Cujo final eu não sei
Pra onde isso vai dar
Mas juro que não quero parar
Estrada que não sei de onde vem

É um caminho muito comprido
Que às vezes perco o sentido
Sem entender o fundamento
Tenho uma gata que mia pouco
Esse bicho me deixa louco
Faz-me brotar um sentimento

E entendo que vale à pena
É o motivo deste poema
Por um romance tão belo
Ela faz-me andar miudinho
Depois paga-me com carinho
E beijos com sabor marmelo!

Escrito as 17:52 hrs., de 21/02/2018 por
Nelson Ricardo

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

COMENDO PELAS BEIRADAS


Eu preciso encontrar meu retrato
Seria uma foto três por quatro
Que tirei num lambe lambe da praça
Eu ainda era um menino
Sem saber do meu destino
Só queria fazer pirraça

Mas pirracearam comigo
A profe me deu castigo
Com a palmatória na mão
Reprovou-me em geografia
E também em caligrafia
Ficou preta a situação

Hoje sou analfabeto
E de um jeito muito discreto
Vou comendo pelas beiradas
Durmo num canto qualquer
Nunca me falta mulher
E tenho várias namoradas!

Escrito as 19:49 hrs., de 20/02/2018 por
Nelson Ricardo

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

FELICIDADE


Hoje terei quer viajar
Daqui à pouco irei embarcar
Com destino a se Deus quiser
Porque é o dever que chama
E uma platéia que clama
Principalmente uma mulher

Que se chama felicidade
A rainha da liberdade
Foi ela quem me libertou
E hoje aqui então
Já estou sem coração
Porque ela me roubou

Eu vou indo morar com ela
Cuidar direito daquela
Que me chamou para brincar
Eu não tive outra saída
Consultei a minha vida
E esta me mandou casar!

Escrito as 09:46 hrs., de 19/02/2018 por
Nelson Ricardo

sábado, 17 de fevereiro de 2018

TUDO DE NOVO ACONTECEU


Tudo de novo acontece
Porque o meu coração mereceu
Receber sua visita
Eu quase que tive um surto
Você com aquele vestidinho curto
Estava tão bonita

Passando pano no chão
E eu peguei na sua mão
E arrastei-te pro quarto
Tu com essa vozinha rouca
Foi tirando a minha roupa
Por nada tive um infarto

E ai que tudo aconteceu
O meu corpo estremeceu
E tu gemia sem sentir dor
Nos finalmentes deu sono
Tu me chamou de teu dono
Pedindo-me, mais amor!

Escrito as 22:56 hrs., de 17/02/2018 por
Nelson Ricardo

RELEVO DE AMOR


Se escrevi é porque escrevo
Porque meu amor tem relevo
Uma coisa interessante de amor
Por uma morena carnavalesca
Eu prefiro seus beijos de água fresca
E estar à sombra de um pé de flor

Num sábado ao anoitecer
Porque quero sorver
A sabedoria feminina
De quem pulou o carnaval
E naquela noite triunfal
Usei meu flash de retina

Para um filme de romance
Pode ser que eu alcance
Um objetivo interessante
As pernas de morena mulher
Nos bares de uma rua qualquer
Eu quero ser seu amante!

Você morena encantada
A cor da noite enluarada
Irei propor-te casamento
Bela pedra de grande valor
Eu respondo pelo nome de amor
E te revelo o meu grande encantamento!

Escrito as 20:01 hrs., de 17/02/2018 por
Nelson Ricardo

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

ELA NÃO MORDE A MAÇÃ


Pois é, o sol já vai entrando
E eu aqui cogitando
De entabular uma viajem
Pelo mundo à toa
Fim de semana numa boa
Em alguma estalagem

Por esse mundo de meu Deus
Com os pensamentos meus
Na barra da saia da morena
Que a quero roubar na festa
Outra coisa não me resta
Se não escrever este poema

Quando a noite vem chegando
E eu aqui estou tomando
Meu chazinho de avelã
Quero beirar os lábios dela
À tempos que sonho com ela
Que não quer morder a maçã!

Escrito as 19:43 hrs., de 16/02/2018 por
Nelson Ricardo

DEPOIS DO BANHO



Depois do banho tomado
Eu fico entusiasmado
Com a coisa linda que vejo
Aquela pele branca como a neve
Está pedindo que a leve
Aos delírios de um beijo

Exatamente o que acontece
A final a gente merece
Somos macho e fêmea
Ela já tinha tomado banho
E nesse momento me assanho
Eu e ela somos alma gêmea

E vem o delírio profundo
Em que os anjos do mundo
Devem nos abençoar
E no sacolejar da cama
Que a gente tanto se ama
Sem ter tempo pra parar!

Escrito as 10:11 hrs., de 16/02/2018 por
Nelson Ricardo

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

ONDAS BRAVIAS NO MAR


A coisa um tanto enrolada
Cacos de vidro na estrada
E ondas bravias no mar
O barco muito que balança
Esperando a Honda mansa
Para melhor navegar

Parece ter rombos no casco
No bolso do paletó, o frasco
Daquela amarga bebida
Não estou falando de amor
Muito menos daquela flor
Que perfumou minha vida

Mas depois como pipas ao vento
Escondeu-se a traz do tempo
E a triste solidão me abraçou
Só restam-me fotografias
Amarelas e sem harmonias
Só a maldita saudade sobrou!

Escrito as 19:21 hrs., de 15/02/2018 por
Nelson Ricardo

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

ACERTEI UMA PEDRADA


Eu enxergo muito pouco
E alem disso sou meio louco
De jogar pedra em avião
Tenho um míssel bodoque
Que ganhei do primo Roque
A mais moderna invenção

Acertei uma pedrada
Na janela da namorada
Que quebrei o vidro dela
A madame embraveceu
E naquele momento rompeu
Me mandou lamber tigela

Porem depois voltou a traz
Somente ela me faz
Amolecer o coração
Eu a chamo de rainha
Ela diz que sou um galinha
E eu a amo de paixão!

Escrito as 15:49 hrs., de 14/02/2018 por
Nelson Ricardo

FECHADO A MALA



Tentando as coisas resolver
Antes de tu aparecer
Na janela do meu quarto
Já estou fechando a mala
Daqui a pouco fecho a sala
E as dez e quinze eu parto

Pra te pegar na saída
Te garanto que em seguida
Estaremos no aeroporto
Com destino a felicidade
Eu encontro a liberdade
Nas delícias do teu corpo

Somos um só coração
Cheio de inspiração
Por você bela morena
Que não sai do meu costado
E aqui está encerrado
Mais um lindo poema!

Escrito as 09:09 hrs., de 14/02/2018 por
Nelson Ricardo

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

MAMÃE POR ONDE ANDAS


Mamãe por onde andas


Queria ter a senhora
Aqui comigo, agora
Mas a senhora não está
Mamãe por onde andas
Que nem se quer me mandas
Noticias do lado de lá

Mamãe nem lhe conheci
Que quando me senti
Que no mundo eu existia
Senhora não estava comigo
A vida me foi um castigo
Um mundo triste de agonia

Foi tudo um desencanto
Sua falta senti tanto
Criei-me ao beleléu
Foi tão dura a realidade
No reino da eternidade
Estarei com a senhora no céu!

Escrito as 17:37 hrs., de 13/2/2018 por
Nelson Ricardo

OS TEUS CABELOS DOURADOS


Os teus olhos me encantam
Quando os ventos levantam
Os teus cabelos dourados
Que me deixam afoito
Tu na casa dos dezoito
E os meus pelos arrepiados

Com seu charme e beleza
Eu agradeço a natureza
Como és perfeita e bela
Com o bum bum redondinho
E esse danado sorrisinho
De quando estás na janela

Da condução que vai pra escola
Eu pego a minha viola
E toco logo um dobrado
Me tire desse castigo
Um dia inda caso contigo
Ou morro de apaixonado!

Escrito as 12:50 hrs., de 13/02/2018 por
Nelson Ricardo

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O VERÃO DOS CARNAVAIS


O calor que se faz sentir
Não é pra qualquer faquir
Que corre dentro do mato
Esse bicho até nem conheço
Nem sei o seu endereço
Se é da família do porco ou do gato

Estou derretendo em suor
E sua estação eu sei de cor
É o verão dos carnavais
Dos clubes e das passarelas
Que quando estou junto delas
Sou o mais feroz dos animais

Só faço o que elas gostam
Que rebolam e se encostam
E eu pego fogo também
Pra ter tudo isso eu pago
E a morena mais bela eu trago
Pra desfilar no meu arem!

Escrito as 14:25 hrs., de 09/02/2018 por
Nelson Ricardo

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

MULHERES DE MARTE



Embarquei naquela nave
Pero que quando liguei La clave
Ela decolou desvairadamente
E eu fui pilotando com calma
Empulcionado pela própria alma
E no não mais que de repente

Fui puxado de sopetão
Desci e pisei num chão
Que vi que não era o da Terra
Alguns seres estranhos apareceram
E me receberam
Sem angustia e sem guerra

E tinham mulheres esverdeadas
Sorridentes e despetaladas
E me deram tudo o que eu queria
Chá com aromas de flor
E garrafadas de amor
E então de volta eu partia!

Escrito as 17:04 hrs., de 08/02/2018 por
Nelson Ricardo

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

GEMIDOS DE AMOR



Se não consigo os canais
Jogo pedra nos vitrais
E acerto o nariz do padre
Desculpa aí meu vizinho
Por favor fale baixinho
Bico calado comadre

Sou menino que gosta de arte
Eu quero pousar em Marte
Com minha nave imaginária
Eu sou o moleque da paz
Quando minha memória me traz
Quando embarquei na rodoviária

Com destino pra nunca mais
Que ascendam-se os castiçais
Antes que a missa comesse
Venda-me um pastel de galinha
E uma grappette de garrafinha
Fome e sede ninguém merece!

Escrito as 18:46 hrs., de 06/02/2018 por
Nelson Ricardo

OLHANDO-ME NO ESPELHO DA ÁGUA


Mas que voz mais linda que ouço
Lembro que desde eu moço
Tinha o ouvido muito exigente
De ouvir coisas cantadas
Andando a pé pelas estradas
Apreciando o sol nascente

Às vezes morrendo de frio
Olhando-me no espelho do rio
Com pensamento bem longe
Queria estudar e ser doutor
E conquistar um grande amor
E aquele futuro era o hoje

Mas a vida me fez feliz
Coração sorridente que diz
Mandando-me tocar em frente
Que o futuro já veio e já foi
Eu daqui te mando um oi
E apaixono-me por ti de repente!

Escrito as 08:38 hrs., de 07/02/2017 por

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

MOLEQUE DA PAZ



Se não consigo os canais
Jogo pedra nos vitrais
E acerto o nariz do padre
Desculpa aí meu vizinho
Por favor fale baixinho
Bico calado comadre

Sou menino que gosta de arte
Eu quero pousar em Marte
Com minha nave imaginária
Eu sou o moleque da paz
Quando minha memória me traz
Quando embarquei na rodoviária

Com destino pra nunca mais
Que ascendam-se os castiçais
Antes que a missa comesse
Venda-me um pastel de galinha
E uma grappette de garrafinha
Fome e sede ninguém merece!

Escrito as 18:46 hrs., de 06/02/2018 por
Nelson Ricardo

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

CHEGANDO PRA VERSEJAR


Chegado pra versejar
Só pra ver no que vai dar
No que vai dar, eu não sei
Só sei que tenho que meter a cara
Porque o tempo não para
Andei viajando e voltei

Mas muito que feliz da vida
Com cheiro bom de comida
E água mineral sem gás
Porque pinga mata aos poucos
O inferno está cheio de loucos
Quem perdeu o juízo lá atrás

Depois o sujeito não se apruma
Quando eu encerro mais uma
Seja lá o que Deus quiser
Porque a vida continua
Hoje eu vou namorar com a lua
Porque dizem que a lua é mulher!

Escrito as 21:00 hrs., de ponto de 05/02/2018 por
Nelson Ricardo