sábado, 31 de março de 2018

OS ANJOS DA PÁSCOA


Que os anjos desçam na Terra
Apagando o fogo da guerra
Para esta páscoa abençoar
Que tragam um pote de bondade
E suspiros de felicidade
Que e para o mundo prosperar

E de joelhos pedir perdão
Para que retomem a razão
E possamos viver em paz
Com muito trabalho sim
Vamos cultivar nosso jardim
Eu sei que sou capaz

Minha namorada me disse
Pra eu deixar de tolice
E encarar a dura realidade
Se não o mundo não anda
E que ela quer dançar ciranda
Pra chamar a felicidade!

Escrito as 17:32 hrs., de 31/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

AS FLORES ESTÃO FALANDO



As flores estão falando
E eu aqui escutando
Na minha audição fina
A primavera foi-se à muito tempo
E hoje sopra um vento
Desses que vem da colina

Os livros falam do assunto
Porque a brisa manda junto
Folhas que caiem ao chão
Como os fios de cabelos
Enviadas sem selos
E batem no meu coração

Os da rapariga da esquina
Que já deixou de ser menina
Cativou de vez meu coração
Passamos uma noite juntos
E todos os nossos assuntos
Acabaram em amor e paixão!

Escrito as 15:53 hrs., de 31/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O REMEXER DOS QUADRIS


Uma imagem tão bonita
Que o coração palpita
Ao ver linda beldade
No troque troque do salto
Naquele piso de basalto
E seu cheiro de liberdade

Lábios lindos pintados
Sem falar nos rebolados
E o remexer dos quadris
Ela que um dia deixei chorando
Agora está me esnobando
Com ar liberto e feliz

A ela me ponho de joelhos
Está sempre se olhando aos espelhos
E diz que meu tempo passou
Que agora tem um melhor que eu
Aquilo então muito doeu
Só o castigo pra mim sobrou!

Escrito as 10:54 hrs., de 31/03/2018 por
Nelson Ricardo

AOS OLHOS CLAROS DA LUA


Uma nave branca eu via
Com a bandeira da alegria
Pedindo pela paz no mundo
Eu levantei minha bandeira
Ali na areia a boa esteira
Então mergulhei fundo

E em seguida voltei à tona
Para os braços da minha dona
Que esperava na areia
Com um sorriso encantador
Convidando para o amor
Entre o boto e a sereia

Isso ainda continua
Aos olhos claros da lua
E ao silencio da madrugada
Conheço a felicidade eu sei
Sinto-me o verdadeiro rei
Nos braços de minha amada!

Escrito as 08:13 hrs., de 31/03/2018 por
Nelson Ricardo

sexta-feira, 30 de março de 2018

EM NOITES DE OUTONO


De madrugada acordei chorando
Porque estava sonhando
Com os carinhos teus
Em noite de outono
No completo abandono
Pensando nos problemas meus

Não estamos juntos
Para tecer nossos assuntos
Desde os tempos da boemia
Quando eu e meu violão
Cantarolando uma canção
Na janela da alegria

Do quanto em que você nanava
E eu o quanto te amava
Mas a vida virou um dilema
Pois continuo te amando
E daqui estou te enviando
Mais um humilde poema!

Escrito as 01:23 hrs., de 31/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

DORMINDO NA SERENIDADE


São apenas vinte e três e quarenta
De uma noite que ostenta
Uma calma e vagarosidade
E aquele digamos, calor de lascar
A lua não vejo a iluminar
Já estava dormindo na serenidade

E sonhando com os anjos milenares
Que vagueiam aos pares
Na imensidão do universo
São invisíveis aos olhos da gente
Mas que às vezes o humano sente
De tão triste o mundo perverso

A judiação bate no coração
E a gente tomba ao chão
Gemendo e gritando de dor
Venha socorrer-me amada amante
Você que é um anjo inebriante
Em ti eu tenho o verdadeiro amor!

Escrito as 23:51 hrs., de 30/03/2018 por
Nelson Ricardo Àvila

quinta-feira, 29 de março de 2018

POR ENTRE CRAVOS E ROSAS


As poesias que hoje faço
Estão procurando espaço
Nas páginas de papel
Um livro capa em flores
Direcionado a grandes amores
Bem na calma e sem tropel

No convés de alguns iates
Bombons de chocolates
Menina vestida em sedas
Por entre cravos e rosas
Pelas brisas mais cheirosas
Passeando nas alamedas

De cidades de outras vidas
Com roupas todas coloridas
Estou viajando no passado
Se hoje os tempos são medonhos
Eu vivo mergulhado em sonhos
Eternamente apaixonado

Escrito as 20:16 hrs., de 29/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

MINISTÉRIO DA INSANIDADE


O que será que vai sair
A mente pura irá reagir
No ministério da insanidade
O transito que corre louco
Cada dia mais sufoco
Sem falar na desigualdade

Entre o mísero e o nobre
Entre o mafiosos e o pobre
Me carimbe mais não me sele
Não sou encomenda empacotada
Eu moro em favela abandonada
Com os nervos a flor da pele

A polícia corre a traz
E algema o rapaz
Que bateu um celular
O mínimo não chega à mil
Pátria amada mãe gentil
Aonde isso vai parar?

Escrito as 17:45 hrs., de 29/03/2018 por
Nelson Ricardo

HOJE É DIA DAS FLORES


Hoje é dia das flores
E dos tantos amores
Que acontecem por aí
Reverenciando a saudade
E no desfrute da liberdade
Por isso que estou aqui

Tramando as rimas de um poema
Com a alma serena
E a consciência em paz
Olhando retratos antigos
De velhos amigos
Que ficaram pra traz

De amores acontecidos
Dos dias tão sofridos
Mas em fim sobrevivi
E agora estendo a mão
Para tocar teu coração
É para isso que estou aqui!

Escrito as 08:23 hrs., de 29/03/2018 por
Nelson Ricardo

quarta-feira, 28 de março de 2018

NUM DOMINGO À TARDE


Deixando a preguiça de lado
Estando na minha frente o teclado
Do inseparável computador
Eu pensei porque sim porque não
Dei um jeito na inspiração
Agora eu quero falar de amor

Era num domingo à tarde
Num calor desses que arde
No calçadão da rua da praia
Aquela moça piscou um olho
E eu botei as barbas de molho
Gamei no corte da sua saia

E muito mais no seu penteado
Hoje eu estou casado
Com a então desconhecida
Morando no Menino Deus
Ela vive nos braços meus
Como o grande amor da minha vida!

Escrito as 21:29 hrs., de 28/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NAQUELE BANCO AO LADO



Quando bate uma depressão
Penso em ir na Redenção
Para ver-me no espelho d’água
Num banco ali ao lado
Que eu fiquei apaixonado
Perdendo meu pingo de mágoa

Isso à muitos anos a traz
Quanta lembrança me faz
Ao lembrar-me daquele dia
Ela sentou-se ao meu lado
E eu de olhar apaixonado
De tanta emoção tremia

Hoje só resta saudade
Porque a fatalidade
Sangrou meu coração
São os sentimentos meus
Ela foi morar com Deus
E eu fiquei na solidão!

Escrito as 19:31 hrs., de 28/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

LÁGRIMAS QUE VEM DO CÉU


Agora são dez e quarenta e nove
Pelo jeito eu acho que chove
Lágrimas que vem do céu
Porque Deus está chorando
O mundo aqui desmoronando
Foi com o vento o meu chapéu

Olha só os meus cabelos
Meus caprichos e zelos
Estão sendo muito pouco
Agora estou gripado
Parecendo um galo engasgado
Estou afônico e rouco

Pelo menos eu sigo andando
Nessa estrada capengando
Procurando não desabar
Milhões de passos eu andei
Se me perguntarem não sei
Onde tudo isso vai acabar!

Escrito as 10:59 hrs., de 28/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

LÁGRIMAS SENTIDAS


Sem se quer descansar
Porque tem que aumentar
O montante de textos
Tudo isso sob o crivo
Da intenção de um livro
E sem lugar pra pretextos

O livro levará um recado
Pra quem está do outro lado
Numa ilha dessas perdidas
Que foi pra logo voltar
Mas resolveu me abandonar
E agora são lágrimas sentidas

De um coração despedaçado
Que já está preparado
Para o punhal torturador
Tombando num lugar qualquer
Por causa dessa mulher
E se preciso morrer de amor!

Escrito as 09:44 hrs., de 28/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

UM PÉ DE CIPRESTE


Oito e cinquenta e três
Uma quarta feira se fês
E está de cara fechada
Pelo menos não tem vento
Não sei a idéia do tempo
Eu não quero chuvarada

Pode ser alguma umidade
Tenho medo de calamidade
Prefiro um sol aberto
Eu perdido num campestre
De baixo de um pé de cipreste
A beira de um rio esperto

Com bela dona ao lado
Como não sou casado
Tenho toda a liberdade
De ter um dia de rei
O que vai acontecer, não sei
Estou em busca da felicidade!

Escrito as 09:00 horas em ponto de 28/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 27 de março de 2018

A MOÇA VESTIDO DE CHITA


Mas então voltando à escrita
A moça vestido de chita
Que está sempre na janela
Tem um olhar encantador
E seu sorriso pede amor
Eu quero casar-me com ela

Porem se o pai não deixar
Uma hora é só encostar
O meu carango cor prata
Levo-a embora pelo mundo
Em questão de segundo
Estarei em Mar Del Plata

Ou em Nova Santa Rita
Levando a moça bonita
Dos olhos azuis profundo
Depois tudo se resolve
Aquele corpo que me envolve
É o mais sensual do mundo!

Escrito as 20:59 hrs., de 27/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A VIDA É UMA NOBRE CANÇÃO


Agora são dezenove e dez
Estou aqui no convés
Desse Navio Alem Mar
Debruçado na janela
De fronte a uma ilha tão bela
Eu só quero é paquerar

Conhecer o mundo inteiro
Desde o Rio de janeiro
É água a perder de vista
E em cada continente
A minha alma está presente
Cada lugar é uma conquista

Isso é tudo papo furado
Estou mexendo no teclado
Do meu amigo computador
Pra disfarçar a solidão
A vida é uma nobre canção
E todos nós somos frutos do amor!

Escrito as 19:22 hrs., de 27/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 26 de março de 2018

A SEMENTE DO AMOR


Se não tiver inspiração
Não soam as cordas do violão
Muito menos o retumbar do tambor
Se não tiver pensamento
Não haverá sentimento
Que são as sementes do amor

A semente tem que ser semeada
Quando a alma estiver lavada
E o peio limpo e ungido
Plantar um planeta de amor
Um lençol coberto de flor
Isso é que teria sentido

O resto seria viver sem rumo
Em uma nuvem de fumo
Com gosto de fim de festa
Eu deixaria meus poemas
Falando das belas falenas
Que dançam ao som de uma orquestra!

Escrito as 21:09 hrs., de 26/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

MALDITA ROBERTA


Ai meu deus quanto cansaço
Eu venho perdendo o espaço
Na preferência da Roberta
Que é uma vizinha aqui do lado
Que me deixa entusiasmado
Me pressiona e me aperta

Oferece-me seus carinhos
Até trocamos beijinhos
Mais depois me ignora
Da de caso no bar da esquina
O atendente da fala fina
Que chega nela e implora

Roberta paquera os dois
Semana seguinte depois
Volta abanando o rabo
Como se fosse uma cadela
Eu sou apaixonado por ela
Mas agora estou muito brabo!

Escrito as 17:19 hrs., de 26/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

TUA EXISTÊNCIA É UM POEMA


Parabéns minha nobre capital
De história fenomenal
Conferindo o calendário
Mais um ano você fez
Vinte e seis de março é o mês
Então feliz aniversário

Tua existência é um poema
Abandonada que dá pena
Toda suja e mal tratada
Com monumentos pichados
E os tristes crimes organizados
Porém sempre serás amada

Dos teus admiradores
Bravos e nobres moradores
Que te amam como condiz
Natos ou adotados
Todos juntos abraçados
Rogando que sejas feliz!

Escrito as 10:21 hrs., de 26/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NOS BARES DA OSVALDO ARANHA


Quando ando pela cidade
Levo o vento da liberdade
Que vem do parque Marinha
Ou dos lados da Redenção
O Bom Fim é uma emoção
Esta cidade é minha

O tempo vai passando
E eu então pedalando
De bermuda e de chinelo
Eu jogo fora minhas mágoas
E olho no espelho das águas
Vendo um passarinho amarelo

A felicidade é tamanha
Que nos bares da Osvaldo Aranha
Paro pra beber água mineral
Essa terra parece um jardim
Meu velho e querido Bom Fim
Porto Alegre fenomenal!

Escrito as 08:51 hrs., de 26/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 25 de março de 2018

ROMANCE NA REDENÇÃO


Moro na Cristovão Colombo
Hoje quase que caí um tombo
Na rua Barros Cassal
Estava indo para a Osvaldo Aranha
Com minhas passadas tamanha
Porem a queda não foi fatal

E eis que andando na Redenção
Cantarolando uma canção
Fui andar de pedalinho
Ao lado de bela morena
Que me proporciona este poema
Ela me olhou com carinho

Trocamos os telefones
Como também nossos nomes
Beijamos as flores do jardim
E cada um para o seu lado
Queira Deus ela do meu lado
Pra que tome conta de mim!

Escrito as 20:33 hrs., de 25/03/2018 por
Nelson Ricardo

NAS ASAS DA LIBERDADE


No aeroporto decolei
À cima das nuvens voei
E ainda continuo voando
Nas asas da liberdade
Ai meu deus que felicidade
Quando aqui estou tomando

Meu chazinho de outono
No santo reino do abandono
Mas não tem nada não
Um belo encontro eu proponho
Já que acabou o sonho
Vou passar manteiga no pão

E por na boquinha dela
Pois não é que a mais bela
Acaba de chegar
Solidão vai pras cucunhas
Chega de roer as unhas
Agora eu vou paquerar!

Escrito as 18:38 hrs., de 25/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 24 de março de 2018

A VERTENTE DA INSPIRAÇÃO


Outra poesia se estende
Talento não se compra e não se vende
Esta é a vertente da inspiração
Sábado de chuva e sem sol
O manto divino é meu lençol
E eu moro no bairro da imaginação

Na cidade da Pintaíba
Fica um pouco mais pra riba
Do arco Iris multicor
É onde mora a felicidade
Eu venho da rua da saudade
Ver se encontro o meu amor

Que mal fala comigo
Ta impondo-me o castigo
Me acusando de traidor
Foi só uma vez doce paixão
Abro a porta do coração
Te pedindo perdão meu amor!

Escrito as 18:17 hrs., de 24/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A LETRA


Mais uma tarde das letras
Muito alem das muretas
Isso é uma meta horizontal
Que vai de baixo pra cima
Rompe o topo da colina
Também o paralelo e o vertical

As letras são magistrais
Digamos fenomenais
Com elas se constrói tudo
Principalmente a humanidade
A desgraça e a felicidade
Sem as letras o mundo é mudo

E o tudo vira nada
A letra informa a estrada
É o conteúdo musical
Sem a letra o mundo se complica
É com a letra que se explica
A letra é o leme universal!

Escrito as 16:34 hrs., de 24/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 23 de março de 2018

TÃO DISTANTE DE MIM


Desse jeito que a vida anda
Meu amor tu não me manda
Nem um recado por favor
Anda tão distante de mim
Até as flores do jardim
Sentem a falta do teu amor

Depois que tu foi embora
Até mesmo a aurora
Não mostra as barras coloridas
Também o sol entristeceu
Uma tristeza em mim desceu
Estou percorrendo as avenidas

Te procurando em cada canto
Pedi socorro pro santo
Me mandou catar coquinhos
Eu choro eu grito eu berro
E como eu não sou de ferro
Vou procurar outros carinhos!

Escrito as 20:50 hrs., de 23/03/2018 por
Nelson Ricardo

UMA MUCHACHA LINDA


Então vamos lá
Nas águas do Panamá
Belo chão caribenho
Querida América Central
Pensar nisso não faz mal
Eu mostro meu desempenho

Nas praças daquele lado
Pois já estou acostumbrado
Com o idioma castelhano
Dentro do meu uno Mille
Paraguai, Argentina e Chile
Entendo o ablar Hermano

Digamos sim ao portunhol
Eu mando meus poemas prol
E meu amor a classe feminina
E lês garanto que mando ainda
Rosas para una muchacha linda
Que mora nos confins da Argentina!

Escrito as 18:39 hrs.,de 23/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O PENDÃO DO AMOR


Pois vamos nos atracar
Enquanto o sol não baixar
E a temperatura não cair
Estamos num suador só
Que chega até dar dó
Pior que não dá pra dormir

O ventilador ligado
E eu aqui grudado
No meu computador
Só fazendo poesias
Dando vez as utopias
E até falando de amor

Dos livros e da televisão
Do romance e da sedução
E de tudo mais que vier
Então viva o mundo em flor
Salve, salve a paixão e o amor
E salve o pendão da mulher!

Escrito as 16:51 hrs., de 23/03/2018 por
Nelson Ricardo

MEU PEDAÇO DE BOM CAMINHO


A metade do dia já se foi
Você menina que me olhas, oi
Eu carrego esse anel no dedo
É o adorno de adivinhação
Diz que você está de paixão
E creio não seja nenhum segredo

Eu sou um homem preparado
Cara de pau e safado
Todo medito a conquistador
Cruzou meu caminho eu traço
As mulheres me chamam de meu pedaço
É e eu fui feito mesmo para o amor

Elas gostam do meu jeito bacana
Mas tem uma que me ama
É a rainha de um bordel
Meu pedaço de bom caminho
Ela gosta de me dar seu carinho
E também de cavalgar no meu corcel!

Escrito as 14:19 hrs., de 23/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

CÉU AZUL DA COR DO MAR


Agora são oito e quarenta e nove
Pelo jeito hoje não chove
Céu azul da cor do mar
Quero andar pela cidade
Respirando o ar de liberdade
Quero eu mesmo me encontrar

E saber de onde que eu vim
Parar nesse imenso jardim
Chamado Planeta Terra
Aqui só tem coisas boas
Quero navegar em canoas
Porque o relógio não emperra

E as horas passam correndo
E vou acabar me perdendo
Nas curvas de uma morena
E me queimar no seu calor
Sentindo o cheiro de amor
E disso escrevendo um poema!

Escrito as 08:57 hrs., de 23/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 22 de março de 2018

AS BATATAS DA TERRA



Eu sei lá o que vou dizer
O tempo todo sem saber
O que é que eu ponho no papel
Um belo papo furado
Sou um poeta mal tratado
Voando a mil no meu corcel

Por labirintos complicados
Até os guardas muito armados
Não quiseram me levar
Nem se quer uma tunda
Mas levei um pé na bunda
E me mandaram plantar

As batatas da terra
Que num pronuncio de guerra
A mulher me abandonou
E hoje eu durmo na praça
Tudo pra mim perdeu a graça
Só a solidão que me sobrou!

Escrito as 19:4 hrs., de 22/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A SEREIA QUE VIRA MULHER


Começa aqui mais uma jornada
Da poesia rimada
E dos versos que encantam
Até os passarinhos ficam felizes
Inclusive as perdizes
Que alçam vôo e se levantam

Eu sou um poetador sem mágoas
Mergulhador das águas
Onde habitam as sereias
Lindas como de cair o queixo
Não mexa com elas que eu não deixo
Eu sou fiscal das areias

Desse mundo que se expande
Tem uma sereia de rabo grande
Essa eu adotei de reserva
E não é uma história qualquer
É sereia que vira mulher
E eu e ela a gente rola na relva!

Escrito as 14:49 hrs., de 22/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

HISTÓRIAS DE PASSARINHOS



Às vezes eu penso que sim
Sirvo uma dose de gim
E bebo sem gelo sem nada
Que é pra ver se pego no tranco
Se eu não tombar num barranco
Sigo ziguezagueando pela estrada

Isso é informação falsa
Danço roque e danço valsa
Bebida de álcool eu não bebo
Deixei de beber e virei santo
Gosto de livros e leio tanto
Sou viciado em chegar num sebo

Uma boa história de passarinhos
Que ficam construindo seus ninhos
Nas árvores de uma floresta
Gosto de uma roda de poemas
Ou do requebrado das morenas
E até de ouvir o som de uma orquestra!

Escrito as 09:49 hrs., de 22/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 21 de março de 2018

A MINHA NAMORADA É A LUA


São agora vinte e uma e quarenta
A cada dia o tamanho aumenta
Estou falando do satélite da Terra
A lua está iluminando pouco
Este planeta tão louco
Um verdadeiro inferno em guerra

Mas não há de ser nada
Em breve uma lua mais encorpada
Venha a crescente depois a cheia
Hoje ela parece um queijo
Daqui de longe eu mando um beijo
Noite sem lua é coisa feia

A minha namorada é a lua
Quando sua imagem flutua
Nas águas do meu coração
É um namoro que vale à pena
Romance registrado num poema
Ou também na letra de uma canção!

Escrito as 21:50 hrs., de 21/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O POR DO SOL DO GUAÍBA


Retorno e escrevo de novo
Mais poesia para o meu povo
Feliz, alegre e contente
Minha capital varonil
Porto Alegre de andanças mil
Que tem um lindo sol nascente

Mais o por do sol do Guaíba
Te digo que a te Deus duvida
Que exista coisa mais linda
Eu vim aqui falar foi de flores
E de alguns antigos amores
E de coisas que existem ainda

Com esse outono que desce
Aí é que o sorriso cresce
Acelerado e sem dor
Estou aqui de prontidão
Pronto para uma nova paixão
E viver mais um grande amor!

Escrito as 18:37 hrs., de 21/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

PALITO QUE RISCA FOGO



Escapei desse transito louco
Cheguei agora a pouco
Sofrendo quase cansado
O tempo passa e eu não me manco
Já nem pego mais no tranco
Caminho tropeçando e arcado

Com o peso dos setenta e dois
Mas ainda me garanto pois
Sou de raça que não envelhece
Visto a calça e aperto a cinta
Se um rabo de saia pinta
Meus olhos gordos crescem

Sou palito que risca fogo
E se entro no jogo
É claro que é pra ganhar
Não sirvo pra santo
E no meu taco eu garanto
E hoje a jiripoca vai piar!

Escrito as 16:03 hrs., de 21/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

BELAS MULHERES DESLUMBRADAS


Se não estamos fazendo nada
Nesta manhã orvalhada
Que tal passearmos no quintal
Sentindo o cheiro das flores
E recordando de alguns amores
Do passado fenomenal

Que com certeza foi o meu
Tudo de bom que o tempo esqueceu
E hoje só existe em recordações
De tantas praias visitadas
Belas mulheres deslumbradas
Pela memória de tantos verões

Hoje só resta a saudade
Do país da felicidade
Neste mundo que valeu à pena
De saborosos sucos de mandas
E de alguns licores de pitangas
E com isso eu fecho mais um poema!

Escrito as 10:50 hrs.., de 21/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

SENTINDO O CHEIRO DA FLOR


Quantas horas já são
Por onde anda o verão
Que esta noite sumiu
Madrugada sem sono
Só pensando no outono
Que traz prenúncio de frio

Agora não esquenta mais
Um chazinho de salsafrais
Com biscoitos amanteigados
São nuvens que cobrem o céu
Vou pegar o meu chapéu
Pra visitar versos rimados

Na biblioteca da cidade
Não quero luxo e vaidade
Apenas o direito da bengala
Sentir o cheiro da flor
Sair um pouco do computador
Sempre ligado na sala!

Escrito as 09:15 hrs., CE 21/03/2018 por

terça-feira, 20 de março de 2018

JÁ FUI


Agora são meia noite e vinte e cinco
Eu aqui neste barraco de zinco
Na solidão que me toma conta
Na virada de terça pra quarta-feira
Já dormi e já acordei nesta esteira
Fim da linha é o que a realidade aponta

Este barraco é a cabine de um barco
E este momento é a passagem de um marco
Da história de uma grande vida
De um pescador que veio de outro mundo
Ou de um lobo que saiu de um lugar profundo
Que veio aqui em busca de comida

Não é por nada que me chamam de lobo
No circo já fiz papel de bobo
Já fui o palhaço de outros tempos
E já fui o rei no reino de outra nação
Hoje sou folhas secas espalhadas pelo chão
Trazidas de tantas eras passadas pelos ventos!

Escrito as 00:39 hr., de 21/03/2018 por
Nelson Ricardo

MUDANÇA DE ESTAÇÃO


E lá se vai o verão
Mudança de estação
Quem está chegando é o outono
Vindo de uma ilha grega
Amanhã ele chega
Esfregando os olhos de sono

Prenuncio de inverno
Do gelo que vem do inferno
Tomara que não seja tanto
Onde quer que tu estejas
Querido Deus me protejas
Agasalha-me em teu manto

Não quero morrer de frio
Ou afogado num rio
Quero trocar de planeta
Deixo esse poema como adeus
E os demais versos meus
No fundo de uma gaveta!

Escrito as 17:34 hrs., de 20/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 19 de março de 2018

A HORA QUE O NAVIO ATRACAR


Agora são vinte e duas
Quanto as minhas como as tuas
São as mais difíceis de tirar
São as roupas de cortes perfeito
Só você que deixa à mostra esse peito
Porque ao mundo quer mostrar

Alias, um só não, são dois
Mostre-me o resto depois
Na tranqüilidade do nosso quarto
Aqui não é para mostrar, não
Chego ouvir o bater de seu coração
Por nada eu tenho um infarto

E tu não queres ver-me morto
Antes de desembarcar no porto
A hora que o navio atracar
No hotel a gente conversa
Sua danada e perversa
Hoje eu vou te desfrutar!

Escrito as 22:40 hrs., de 19/03/2018 por
Nelson Ricardo

O LOBO DA LUA NOVA


Já cansado de tanto laçado
Venho demonstrando cansaço
E fraqueza em minhas pernas
Sou o lobo que não agüenta mais
Venho do Rincão dos Cascais
Das profundezas das cavernas

Em busca da lua nova
Num terreiro de trova
E o repinicar do violão
Meus dedos finos na viola
Uma garrafa de coca cola
E um prato de arroz e feijão

Com uma perna de cabrito
Ou até mesmo um ovo frito
E um banco pra me sentar
Com meia dúzia de carinho
Eu canto como um passarinho
Até o dia clarear!

Escrito as 17:20 hrs., de 19/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

VIOLETA VIVA


A coisa não é fácil não
Estou parado na estação
Pra pegar o trem das onze
Pois preciso viajar
Depois de conquistar
Uma medalha de bronze

No jogo da sedução
Meu queixo caiu ao chão
Com ela ali na minha frente
Querendo ser desfolhada
Na plena manhã nublada
Usando roupa indecente

Não tive outra alternativa
Pois era uma violeta viva
Transformada em mulher
Joguei fora o meu fraque
E parti para o ataque
Seja lá o que Deus quiser!

Escrito as 09:26 hrs., de 19/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 18 de março de 2018

BINGOOO


Tem cabimento isso
Acordei pensando nisso
Para olhar teu travesseiro
Vazio sem tu do meu lado
Sonhava um sonho sonhado
Onde vi teu corpo inteiro

Um magnífico esplendor
Coisa talhada ao amor
Então pergunto por onde andavas
Te vi na feira de artesanatos
Enquanto eu lavava os pratos
Vendia os panos que bordavas

Enquanto eu pintava o sete
No corpo da Bernadete
Na bela tarde de domingo
Depois no clube ali ao lado
Nos achávamos pifados
E a Beth e eu gritamos, bingooo!

Escrito as 22:18 hrs., de 18/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

AS LABAREDAS DA PAIXÃO


Se em silencio estou
É porque você se calou
Diante da televisão
Não dá mais bola pra mim
Nosso amor chega ao fim
Não quero separação

Vamos resolver isso à dois
Eu prometo que depois
A gente vai se acertar
E assim que acabar o Faustão
O estopim da paixão
Volta se ascender e queimar

E não haverá defuntos
Que nós vamos explodir juntos
Nas vivas brasas do calor
É assim que a platéia quer
Eu sou louco por você mulher
E tudo termina em amor!

Escrito as 18:52 hrs., de 18/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 17 de março de 2018

NO CORAÇÃO DA VERDE MATA



Eu não te vi na reunião
O que depois virou confusão
Na festa oferecida
Tinha comida bem cara
E a única coisa rara
Foi tua falta sentida

Já sei estavas cansada
Agora estás deitada
Sentindo o cheiro da fronha
E ouvindo o cantar das matas
O som de belas serenatas
São coisas que a gente sonha

Mas que podem ser verdade
Tem o ar da felicidade
Que mora à beira da mata
Vamos embora pra natureza
É lá que mora a mãe nobreza
No coração da verde mata!

Escrito as 19:43 hrs., de 17/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A MORENA DO CARNAVAL


A poesia é meu chão
Minha alma doce emoção
A nascente do meu ser
Cem poemas por mês
Poesia, meu vinho francês
Você é a razão do meu viver

Esta noite fiz um poema
Inspirado na morena
Minha caça do carnaval
A dama de fevereiro
Que ensaiou o ano inteiro
Não parou nem no natal

Fiquei aplaudindo da platéia
Minha linda flor de tetéia
Nunca mais me disse um oi
Jogou a fantasia fora
E antes do romper da aurora
Piscou-me um olho e se foi!

Escrito as 16:06 hrsl., de 17/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 16 de março de 2018

AS CANOAS DO ARAGUAIA


Meio dia vem chegando
E eu já me preparando
Pra hora espetacular
Como é bom a gente sentir fome
Eu assino o meu nome
No livro de presença do bar

Que existe na cidade
Desde a minha mocidade
Que sinto o gosto do prazer
Do churrasquinho na grelha
Pingando na brasa vermelha
E então a gente poder

Deliciar-se das coisas boas
Que pode ser nas canoas
Do velho rio Araguaia
E aquela chuvinha refrescante
O almoço e um refrigerante
E se a chuva promete, que caia!

Escrito as 11:15 hrs., de 16/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A DE SAPATINHO VERMELHO


São nove e cinquenta e dois
Não posso deixar pra depois
O que tem que ser feito agora
A de sapatinho vermelho
Que não sai da frente do espelho
Ai meu Deus como demora

Pois eu quero ter com ela
Bateu-me na biela
Que esse negócio é meu
É só chegar com jeitinho
Começar fazendo carinho
Porque ela já entendeu

Darei todos os carinhos do mundo
Sentimentos vêm do fundo
Seja lá o que Deus quiser
Se eu não sair lascado
Será bom negócio fechado
Eu sou louco por essa mulher!

Escrito as 10:01 hrs., de 16/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 15 de março de 2018

OS OLHOS VERDES DA PRINCESA


Tem certas coisas que não entendo
Que não existem, mas estou vendo
Os olhos verdes da princesa
Refletindo nas águas do mar
Ela não sabe mas quer namorar
Com alguém da redondeza

E eu moro ali por perto
Tenho bancado o esperto
Já pensei em uma serenata
Com uma banda da outra esquina
Mas existe outra menina
Que atende pelo nome de Renata

Estou pensando em ficar com as duas
Dependendo muito das luas
Quero ver se a coisa se apruma
É bom ter duas namoradas
Pro amasso nas madrugada
Melhor duas do que nenhuma!

Escrito as 19:23 hrs., de 15/03/2018 por
Nelson Ricardo

terça-feira, 13 de março de 2018

O SORRISO DA GARÇONETE



Vamos fazer uma nova
Essa poesia que tem trova
Um poema de seis linhas
Eu sou o poeta da rima
Por baixo ou por cima
As vezes faço gracinhas

Para agradar a platéia
Ponho no papel minha idéia
Numa praça de alimentação
Entre uma pizza calabresa
Fica tudo beleza
Se alguém pegar o violão

Para dar uma canja
Peço um suco de laranja
E o sorrido da garçonete
Dando sempre uma olhadela
Babando no decote dela
Que atende pelo nome Valdete!

Escrito as 16:51 hrs., de 13/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila