sexta-feira, 29 de novembro de 2019

SHEIK MIN GAU


Vou embora pra bem longe
Encarnar a alma do monge
E habitar lá bem no alto
Que eu não possa ver mais nada
Nem o passar de uma estrada
Quanto menos o asfalto

Amanhã vai ter sarau
Eu sou o Sheik Min Gau
Das florestas desta terra
Moro pertinho do céu
E sou casado com a Creu
A gente não tem guerra

Mas as vezes quebra o pau
É quando o Sheik Mingau
Cai de amor e de paixão
E quando não quebra a cama
A gente então as ama
Na utopia e na ilusão!

Escrito as 07:18 hrs., de 29/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

ANOS SESSENTA


É dos anos sessenta
Que a saudade aumenta
Do Erasmo e do Roberto
E também da Vanderléia
Faço parte da plateia
Estou sempre por perto

Do Gerry e de outros mais
Cantando à beira do cais
Onde eu pegava o trem
Pros carnavais de fevereiro
Lá no Rio de Janeiro
Na memória sempre vem

Hoje é o tempo da loucura
Poesia com rapadura
E assalto a mão armada
O povo já se mandou
O baile a muito acabou
E eu não arranjei namorada!

Escrito as 14:59 hrs., de 28/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

FLOR DE AMORA



O dia tá esquentando
São os prenúncios de verão
Mandando a primavera embora
Sinto cheiro de flor de amora
Que desce ao meu coração

Então o amor floresce
Porque ao que me parece
Novos ventos estão soprando
Que trazem pétalas de flor
E também a nuvem do amor
Estou aqui só esperando

Na linda manhã serena
Tudo isso dá um poema
E poema é meu destino
Parece que ouço o tropel
Da carruagem de Izabel
Estou me sentindo um menino!

Escrito as 10:21 hra., de 28/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

ACONTECEU


Acabo de chegar do centro
Entrando porta a dentro
Encontrei a gata deitada
Se queixando do tamanho
Ontem na hora do banho
Ela inteiramente pelada

Se refrescando do calor
Não é que a gente fez amor
Ali dentro da banheira
Ela não quis varrer a casa
E o pássaro bateu a asa
Era ontem terça feira

De volta para o amor
Nos beijamos ao sabor
De uma bala de hortelã
A casa toda fechada
Eu vou dar uma relaxada
Depois te conto, amanhã!

Escrito as 15:27 hrs., de 27/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

ENTÃO A GENTE SE AMA



Nós somos tão sem vergonha
Que dormindo a gente sonha
E acorda comendo pitangas
Mesmo sem sair da cama
E então a gente se ama
E bebe suco de mangas

Já a cima dos cinquenta
Coração quase arrebenta
Quando o amor não acontece
Só a saudade que vem
A gente escreve um poema
E manda um telefonema
Que em breve a gente tem

Tudo de volta outra vez
Agora no fim do mês
Com o calor do verão
Vamos cair na gandaia
Eu vou te levar na praia
E acender teu fogo de paixão!

Escrito as 10:09 hrs., de 27/11/2019 por
NELSON RICARDO ÁVILA

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O TEU CORPO TEM VENENO


Pelas ruas que andas
Nem olha e nem mandas
Um aceno e um sorriso
E eu parado ao portão
Endoidecido de paixão
É de você que eu preciso

Minha vizinha do quarto andar
No seu jeito de caminhar
E no mexer de seus quadris
Eu pergunto quem é que aguenta
Coração quase arrebenta
Não dá pra ser feliz

O teu corpo tem veneno
O meu quarto é pequeno
Mandei fazer pra nós dois
Uma boa de uma cama
No início a gente se ama
O resto se deixa pra depois!

Escrito as 16:23 hrs., de 26/11/2019 por

VINTE E QUATRO PRAS ONZE


São vinte e quatro pras onze
O meu anel de bronze
Pedra brilhante de rubi
Carrego sempre no dedo
Meu temperamento é azedo
Foi assim que eu nasci

Então fazer o quê
Sentado diante da tevê
Assistindo Nana Maria
Ou então Renata Fan
Ao frescor de uma manhã
Resolvi fazer poesia

Enquanto o tempo passa
Mas a preguiça me abraça
Desligo o motor de popa
Deixando o barco ancorado
E já de olho grudado
Sentindo o cheiro da sopa!

Escrito as 10:50 hrs., de 26/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

PISANDO SOBRE LAMENTOS


Eu vou caminhar miudinho
E chorando muito baixinho
Pra não chamar a atenção
Pergunta se tenho sentimentos
É, eu piso sobre lamentos
Por culpa de uma paixão

Chinelo velho rasgado
O rosto todo enrugado
E o cabelo cor de algodão
Querida inseparável bengala
Já carrego em minha fala
O gaguejar de uma paixão

Por ter sido jogado fora
Precinto que a hora
Tá dizendo pra onde vou
Expulso por minha amada
Sou este traste da estrada
Que só a saudade sobrou!

Escrito as 08:54 hrs., de 26/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

UM GALHO DE GUAJUVIRA


Um galho de guajuvira
De uma árvore de Itabira
Eu lembro Carlos Drummond
Sem esquecer Quintana
Na terra que produz banana
Então eu ligo meu som

Músicas aos meus ouvidos
Sentir os próprios sentidos
E ouvir o silencio do nada
Meu poema não tem cabeça
Por incrível que pareça
Arranjei namorada

Que outrora já foi minha
Sua majestade a rainha
Chegue para assumir seu troto
A saudade não nos abandona
Agora tu serás minha dona
E eu serei seu dono!

Escrito as 14:36 hrs., de 25/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O VENTO DO AMOR


As coisas se ajeitaram
Os pássaros voaram
E o vento do amor voltou
O ar coberto em flores
Tanta gente nos corredores
Num mergulho o sol se refrescou

Agora sem a triste dor
O peito cheio de amor
A noite dormi tranquilo
De janela escancarada
E eu de alma lavada
Só pensando naquilo

Ou seja a celebração
Viva o fogo da paixão
As faíscas do corpo quente
E que venha o ano novo
A explosão de amor do povo
E a felicidade chegando minha gente!

Escrito as 13:26 hrs., de 25/1/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

OITO E TRINTA E CINCO


Agora oito e trinta e cinco
Da aqui a pouco fecho o trinco
Da porta do meu barraco
Para me por em viagem
Tenho que arrumar a bagagem
Eu sou feio mas não sou fraco

E gosto muito de viajar
Vou para a beira do mar
Curtir as belezas da praia
O espetáculo das baleias
E o bronzeado das sereias
Se cair chuva que caia

Um mergulho na ilusão
E pisar firme neste chão
Que se chama paraíso
Abraçar meu continente
E voltar embora contente
É apenas isso que preciso!

Escrito as 08:43 hrs., de 22/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

DAS CORDAS DE MINHA VIOLA


Antes que a barba cresça
Por incrível que pareça
Eu não uso bigode
E nem cabelos compridos
Se alguém ouvir os tinidos
É da música que sacode

Das cordas de minha viola
Porque a ideia não se enrola
Canto a letra musical
Pra assistência da coreia
A mais distinta plateia
Lá de Arroio do Sal

Que fica no litoral norte
O meu santo é muito forte
Eu desafino um pouco
Não resisto sem cantar
Pra quem quiser me aturar
Eu canto e bebo um pouco!

Escrito as 09:59 hrs., de 21/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O QUE VALE MESMO É O AMOR


Vamos enfiar mais uma
Fazendo amor na guanxuma
Lá nos fundos do barraco
Quero tirar o atraso
Tomar banho em riacho raso
Se deu bola eu ataco

Com a princesa do interior
Num belo romance de amor
Como se fosse Adão e Eva
Porque o amor é pra ser feito
Que quando brota não tem jeito
É o instinto que nos leva

E quem mandou criar isso
Bela transa sem compromisso
Ao paraíso nos carregue
Porque a paixão não tem cor
O que vale mesmo é o amor
E depois é vida que segue!

Escrito as 10:51 hrs., de 20/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

CADA PEDAÇO DE POEMA


Que calor que se faz sentir
Fim de semana quero ir
Lá em Capão da Canoa
Mergulhar nas águas do mar
Depois na areia estatelar
Água de coco numa boa

Eu sou do Rio de Janeiro
No carnaval de fevereiro
Me apresento e solto a franga
Com as mulatas de Ipanema
Cada pedaço de poema
Metidas em roupas de tanga

Agora moro em Porto Alegre
Uma história que se segue
Sou solteiro, livre e leve
Possuidor do sexto sentido
Depois vou aos Estados Unidos
Construir bonecos de neve!

Escrito as 10:08 hrs., de 20/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 19 de novembro de 2019

TARDE DE VERÃO


Tarde de verão
Jógo a esteira no chão
E me deito a beira mar
É pra lá que eu vou
Porque a saudade chegou
Eu já conheço a direção

A caminho da felicidade
Coisa que rima com saudade
O poeta da imaginação
O por do sol a tardinha
Eu vou rever a prainha
Que mora no meu coração

Entrar na casa de cultura
O sabor da rapadura
E também o pé de moleque
Namorar que nem um louco
Bebendo água de coco
Com o pé que é um leque!

Escrito as 14:50 hrs., de 19/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NO TACHO QUENTE DA PAIXÃO


Praça quinze, no chalé
Sentei e pedi um café
Acompanhado de pastel
A morena me provocou
E sorridente me olhou
Então eu ouvi um tropel

Do meu amor que chegara
Levei um beijo na cara
Porta aberta do seu peito
E um coração batendo
E então fui entendendo
Que estava pego ali de jeito

Sem direito de escapar
Me convidou pra morar
Dentro do seu coração
Pulsando forte sem dor
Fui nocauteado de amor
E caí no tacho quente da paixão!

Escrito as 10:47 hrs., de 19/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 17 de novembro de 2019

DOTES DE PAIXÃO


Quase duas da matina
Não me sai da retina
A beleza desse corpo
Que me causa tortura
Amar também é cultura
Quero ancorar nesse porto

Minha canoa de tronco
Desculpe se as vezes eu ronco
Dormindo do seu lado
Não me deixe ao abandono
Tu és muito boa de sono
Eu sou um vira lata apaixonado

Que te encontrei numa esquina
Com o rebolar de menina
E tudo dentro dos conformes
Agora és dona do meu lar
Precisamos nos dois nos cuidar
Meus dotes de paixão são enormes!

Escrito as 02:03 hrs., de 18/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

ALEM DAS ONDAS DO MAR


Navego em águas do mar
Momento pra gracejar
Sobre a vida que é linda
Vou no remo maré à cima
Sentindo na pele o clima
Isso daqui à pouco termina

O chalé da ilha espera
O clima de plena primavera
Mas o verão avisa que vem
Muito longe já vai o inverno
O prazer de viver é eterno
E eu quero ir além

Muito além das ondas do mar
Fim do ano eu vou voltar
Instalar-me em teu coração
Champanhe, azeitonas e queijos
E acima de tudo quero teus beijos
Vou embriagar-me de paixão!

Escrito as 15:22 hrs., de 17/11/2019 por

AOS ACORDES DE UM TROMPETE


Então pensaram que eu não vinha
Pra curtir essa manhãzinha
Num domingo que promete
Eu ainda existo e vivo
Hoje encerra a feira do livro
Aos acordes de um trompete

Da orquestra da imaginação
A história desta nação
Que nasceu para brilhar
Com sua cultura e história
Um povo coberto de glória
Que bota a gente pra dançar

Como eu danço a valsa
E a morena da salsa
Que queima meu coração
E a doida paixão me furta
Moreninha da saia curta
Nos meus sonhos de ilusão!

Escrito as 08:44 hrs., de 17/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 16 de novembro de 2019

ESCOLA DE SAMBA


Quanta morena sambista
Que eu vi desfilar na pista
Lá no barracão da escola
Imperadores do Samba
Onde todo mundo é bamba
E tem o som da viola

Saí de lá no zero à zero
Porem eu me considero
O seresteiro da lua
Me chamam papo furado
Sou um sambista frustrado
Tropico e caio na rua

Levanto e afino a viola
Sei que ninguém me dá bola
Mas sempre estou no mercado
Ando de olho na Zélia
É que ninguém quer coisa velha
Então reconheço, estou lascado!

Escrito as 16:55 hrs., de 16/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

OBRA PRIMA DE DEUS


O teu sorriso envolvente
E esse corpo sedoso e quente
Me derretem no teu fogo
Se te dou um buque de flor
Eu me enredo no teu amor
E me perco no teu jogo

E sabe mais o que eu acho
Sou teu tapete um capacho
De amor me deixo levar
És obra prima de Deus
Te quero nos braços meus
O meu destino é te amar

Deixemos a vida nos levar
Vamos por aí a navegar
Nas águas quentes da paixão
Não pedimos pra nascer
Vamos deixar acontecer
Pois somos um só coração!

Escrito as 09:52 hrs., de 16/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

O VENENO DA PAIXÃO


O futebol entra em campo
Quando então eu destampo
Uma lata de veneno
Esse troço retira a saia
Depois me arrasta pra praia
Meio dia não cai sereno

E o veneno que falo é doce
Foi ela mesmo que me trouce
Estamos deitados na areia
Bebendo veneno de coco
Estou aqui quase louco
Passando a mão na sereia

O meu bom senso lateja
Esse veneno me beija
E é bendita a tentação
Entrego-me a o destino
Me sentindo ainda menino
Envenenado de paixão!

Escrito as 13:32 hrs., de 15/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

FERIADO NACIONAL


É a sexta republicana
Se muito me engana
Mil oitocentos e oitenta e nove
Hoje feriado nacional
Há um sol fenomenal
Tempo bom e não chove

Mas não quero conversa fiada
Eu vou é cair na estrada
Viajar ao fim do mundo
Não sei se é pra baixo ou pra cima
É uma luz que descortina
Pé na taboa eu vou fundo

Sai da frente que aqui sou eu
Quero atingir o apogeu
Quem sabe de um mundo novo
E trazer de volta a esperança
De um lugar cheio de confiança
Uma nova casa pro povo!

Escrito as 09:55 hrs., de 15/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

DE FIO DENTAL


Querido rabo de saia
Todo o dia na praia
E não vem me fazer comida
Usando um fio dental
Você, mulher fenomenal
Que desfila toda exibida

Sorridente e safada
Quase toda pelada
E eu aqui na solidão
Já fomos casal perfeito
Mas hoje me fere o peito
Alfinetando meu coração

Meu bem não sirvo pra corno
Vou tomar um banho morno
O teu veneno me corrói
Se não me quer por favor, saia
Eu vou é cair na gandaia
Bala trocada não dói!

Escrito as 09:51 hrs., de 13/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 12 de novembro de 2019

NOS SONHOS DA ILUSÃO


Vamos embora menina
Estamos fechando a cortina
E abrindo o horizonte
Para entender esse mundo
Num voar em um segundo
Almoçar de traz dos Monte

E ir na Ilha dos Açores
Verdadeiro jardim de flores
Como na terra italiana
Minha querida Verona
A história não me abandona
Quero andar de chalana

Nos sonhos da ilusão
Depois retornar de avião
Ou quem sabe de navio
Para as praias de Ipanema
Onde tem linda morena
Que meu coração já sentiu!

Escrito as 10:37 hrs., de 12/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

E PORQUE NÃO A POESIA


E porque não a poesia
Inspiração a reveria
Com saudade e solidão
Vamos visitar o passado
Abrir o baú fechado
E pegar o meu violão

Porque a canção me chama
A rotina não me engana
Quero festa e algazarra
A bebida da mais forte
E que ninguém de mim se importe
Se eu correr ninguém me agarra

Levanto voo em pensamentos
Na explosão de sentimentos
O que me faz chorar de dor
Mas agora com licença
Vou seguir a minha crença
Porque é lá que está o amor!

Escrito as 08:56 hrs., de 12/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

FEIRA DO LIVRO


Então eu faço a festa
Pouca coisa me resta
A não ser a de poetar
Aos quatro ventos do mundo
Em minutos ou segundos
Estarei a postar

Minhas bobagens e frescuras
Quero atingir as alturas
Da literatura poética
Tem feira do livro na praça
A cada ano que passa
Mostrando a utopia e a ética

Viva o santo livro
Sempre sob o crivo
Da razão e o bom saber
É a leitura que desperta
Sendo uma porta aberta
Para o nosso mundo crescer!

Escrito as 10:34 hrs., de 11/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O VENTO QUE SACODE A ROSEIRA


Ai, mas que manhã sonolenta
Veja o que São Pedro inventa
O vento que sacode a roseira
É o que o velho piter outorga
Bom pra soltar pandorga
É isso aí torcida brasileira

Abre se as cortinas
Vamos as trilhas nas colinas
Comer frutas selvagens
E ficar pertinho do céu
Que não voe o meu chapéu
Desejo-me buena viagem

Eu quero é soltar a franga
Fazer um suco de manga
Pra beber de canudinho
Venha cá minha beldade
Para os braços da felicidade
E que não nos falte um carinho!

Escrito as 09:44 hrs., de 11/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 10 de novembro de 2019

UM MERGULHO NA ILUSÃO


A, o perfume da flor
Como o cheiro do amor
Uma folhinha de coentro
É tempero na panela
Como não sentir a canela
Tudo entra nariz à dentro

Como é bom simplesmente flutuar
E ver uma pluma no ar
Pensamentos além fronteiras
Abrir as portas do coração
Um mergulho na ilusão
Deixem florescer as roseiras

Que eu quero as pétalas na cama
Para enfeitar quem me ama
A banheira bordada em flores
Plantemos as sementes da vida
Para uma primavera mais colorida
Incitando muitos amores!

Escrito as 21 hrs., em ponto do dia 10/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 9 de novembro de 2019

A DAMA LINDA DA JANELA


Duas, numa só sentada
Falando em poesia rimada
Porque a rima é meu forte
Me chamam poeta seresteiro
Sou nascido em fevereiro
Virado com o dom da sorte

Lá de traz daquele morro
Tem um barraco e um cachorro
E uma gata mui branquela
Que ainda não tem dono
Que por ela perco o sono
Dama linda da janela

Vive sempre tristonha
Já sonhando com a cegonha
Sorria e não chores não
Bela flor do meu jardim
Por favor espere por mim
Teu futuro lar é meu coração!

Escrito as 09:31 hrs., de 09/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

A GENTE VAI LEVANDO


Vai tudo bem, obrigado
Comendo guisado
E as vezes poeira
Vou fazer um esboço
Se eu for muito grosso
Talvez não passe na peneira

Um pouco de bobagens dita
Vejo tanta coisa esquisita
Mas passo batido sem olhar
Miro só com o canto do olho
Boto minha barba de molho
E ponho cautela ao pisar

Quem não é visto não é lembrado
Sigo em frente sem olhar pro lado
E com isso o dia passa
Se tem perigo, dou no pé
Se não tem chupo um picolé
Sentado num banco de praça!

Escrito as 01:31 hrs., de 07/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

UM RECADO DE AMOR


Preciso fazer um poeminha
Num pedaço de folhinha
Meia folha de pergaminho
Escrever com um carvão
A mesa pode ser o próprio chão
Talvez eu compre um caderninho

Nesse poema um recado
De um pobre apaixonado
A explodir de solidão
Se não, quero sumir no mundo
Me jogar num poço fundo
No arrebentar de um coração

A corda da viola rebentou
Minha paciência esgotou
Já não consigo mais cantar
Preciso ser adotado
E devidamente amado
Só assim prometo me calar!

Escrito as 20:25 hrs., de 06/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O NAVIO DA ILUSÃO


Agora volto pra mais uma
O grande barco faz espuma
Ao cruzar o temeroso mar
Quero acabar antes das cinco
Chove no barraco de zinco
Pego o bote para alcançar

O belo navio da esperança
Desde meu sonho de criança
Na arvore eu ia até a copa
Ainda quero muito navegar
Um dia ainda vou chegar
Lá nas terras da Europa

Nem que seja de a nado
Que depois de ter cruzado
O oceano da ilusão
Eu volto sonhar tranquilo
Só pensando naquilo
Nas noites de amor e paixão

Escrito as 15:28 hrs., de 04/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

TENTANDO FALAR DE AMOR





Tá chovendo sem parar
Com certeza vai molhar
O coração do meu amor
Tô de espoleta molhada
O cano da arma encharcada
Nele botei uma flor

Uma flor de rosa no cano
Quero ver se até o fim do ano
Encontro Papai Noel
Lá pros lados de Gramado
Pode até já ter chegado
Esta noite ouvi um tropel

Quero esta chuva embora
Porque chove forte agora
Fiz esse poema sem graça
Tentando falar de amor
Queria plantar uma flor
Lá bem no centro da praça!

Escrito as 14:15 hrs., de 04/11/2019 por
Nelson Ricardo Ávila