terça-feira, 31 de março de 2020

HOJE IREI A CAPÃO


Hoje irei a Capão
Cidade linda no Japão
Comer torta de maçã
E se o avião não emperra
Decolarei da Inglaterra
Com destino a Amsterdã

Eu me encontro na Europa
Enforquilhado na copa
De um ipê de flores lilases
Nesse dia que amanheceu
Sob a história de Romeu
Que lembranças me trazes

De uma obra que não finda
Verona é sempre linda
Eu estou longe do chão
Aqui sonhando acordado
Maquinando no teclado
E voando nos ares da ilusão!

Escrito as 09:33 hrs., de 31/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 30 de março de 2020

A PENA E O TINTEIRO


Mais, empunhemos a pena
E vamos moldar um poema
Com a atinta azul do tinteiro
Cuidando pra não fazer borrão
Descrever o rumo da paixão
Que vai do papel ao travesseiro

Com aquilo cravado no peito
E vai corroendo de qualquer jeito
Por ser uma doença sem cura
A não ser que a magia entre em ação
O remédio da salvação
Agulha fina que fura

Seria a injeção de uma flor
Que traz o fluído do amor
Quando se está em cama
Um remédio universal
Na conjugação carnal
Um par de almas que se ama!

Escrito as 16:36 hrs., de 30/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

PARA DE ME OLHAR E SORRIR


Vou escalar a torre de Paris
Porque serei feliz
Levantando voo lá de cima
Em direção ao pico do Everest
De asas meu corpo se veste
Dançar um tango na Argentina

E montar um touro na Espanha
A mulher bonita me ganha
Com cafuné na madrugada
Eu vivo sempre no sufoco
Não sei se estou ficando louco
Gosto de queijo com marmelada

E bifes na chapa de um vulcão
Agora deixa eu ir a estação
Que o trem já vai partir
Com destino a Caixa Prego
Eu bebo pinga e não nego
Para de me olhar e sorrir!

Escrito as 11:14 hrs., de 30/03/2020 por
Nelson Ricardo ávila


domingo, 29 de março de 2020

UM AMOR DE OUTROS TEMPOS


Ela tá me esperando
Com o lenço na mão abanando
Na estação da cidade
E o trem de longe apita
Tem uma moça bonita
Da qual sinto saudade

Mais de cinquenta anos se passaram
Os pássaros todos voaram
E hoje moram na floresta
As portas do trem se abrindo
E eu a descer sorrindo
Um abraço e o que me resta

Rever a amada do passado
Se meu termo está surrado
Terá o café no fogão,
Se não tiver onde morar
Nós iremos acampar
Dentro do meu coração!

Escrito as 17:15 hrs., de 29/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O TREM JÁ VAI PARTIR


O trem já vai partir
E nele eu quero ir
No vagão da saudade
Com destino ao meu passado
No velho terno surrado
E o chinelo da humildade

Lá vou eu subindo a escada
Ao encontro da amada
Que deve de estar esperando
À cinquenta anos ou mais
Ouvindo o canto dos cardeais
E seu enxoval bordando

Morando no mesmo lugar
Espero poder encontrar
A esperança não finda
Meu coração se partindo
E ela na porta sorrindo
Cada vez mais linda!

Escrito as 16:05 hrs., de 29/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 27 de março de 2020

BOTEQUIM DA SAUDADE





Vai mais uma sem tirar
E se a caneta falhar
Abro a máquina de escrever
Minha pena é de ganso
Eu sou feio mas sou manso
E o que me dá prazer

É os vagalumes no ar
Pirilampos a brilhar
Por entre as résteas de lua
Para uma mulher tão bela
Toco viola na janela
Que fica do lado da rua

Do Botequim da Saudade
Quase toda a humanidade
Toma conta dessa rua
E inda tiram sarro de mim
Mas que por fim
Eu durmo nos braços da lua!

Escrito as 21:41 hrs., de 27/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NA CALADA DA NOITE


Aqui na calada da noite
E nos laçaços do açoite
Do corona vírus do inferno
Que coloca o mundo de joelhos
E vem essa dos lábios vermelhos
Pra me aquecer no inverno

Maravilhoso, como não,
Então, haja coração
Me sinto campeão do mundo
Na hora do vamos ver
Se o golaço é que dá prazer
Me atiro e vou fundo

Morena dos lábios de mel
Aqui eu te dou quartel
Bela e querida mulher
Faça de mim teu capacho
Teu escravo, teu macho
Tudo que o desejo requer!

Escrito as 21:07 hrs., de 27/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NO SÍTIO DO ESQUECIMENTO


Estou seguindo no agora
Assim fora de hora
A vida em marcha lenta
Palavras sendo formadas
E letras alinhavadas
Com a fortidão da pimenta

Que entra no doce mais suave
Ao pilotar aquela nave
Da imensidão do luar
Na janela do apartamento
Algumas pás de cimento
No nosso futuro manjar

Lá no sitio do esquecimento
Onde mora meu sentimento
E um dia vou morar também
Ao lado da catedral da vida
Onde a eternidade é florida
E os anjos dizem, amem!

Escrito as 15:58 hrs., de 27/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O BAILADO DE UMA CANÇÃO


Mas então é hora de voltar
Temos muito que trabalhar
Na construção das letras
Cavando as trincheiras da saudade
Nos campos e na cidade
Ao destrancar das gavetas

Com textos engavetados
De poemas ultrajados
E musicais de violão
Se vão pandorgas pro ar
Os anjos querem cantar
O bailado de uma canção

Coisas que vem da alma
Solfejo pétrio da calma
Da mão de seu inventor
Vamos ao mergulho fundo
E semear por esse mundo
A semente fértil do amor!

Escrito as 14:58 hrs., de 27/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 26 de março de 2020

CALENDÁRIO PAI GENTIL


Escreva e me complete
Vinte e seis pra vinte sete,
É março chegando ao fim
Vem aí mais um abril
Calendário pai gentil
Que não para o tempo pra mim

Também não para pra ninguém
Ano vai e ano vem
E a gente ficando pra traz
O ano tem quatro estações
Já venci muitos verões
Me eternizar não sou capaz

Tudo tem começo e fim
Meu tempo finda, sim
Sou do mundo um qualquer
Com mais de setenta verões
Perdido nas multidões
Seja lá o que Deus quiser!

Escrito as 00:15 hrs., de 27/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A POESIA VENCE O TEMPO


A poesia inunda os ventos
Se espalhando aos tempos
Estando sempre presente
A poesia não tem idade
Ela voa na liberdade
Mas está sempre com a gente

A poesia e os idiomas
A mim sempre me tomas
No almoço e no jantar
E também quando a chuva cai
A enxurrada poética se vai
Pelas ondas do mar

Como se fosse o mar de poesia
É o assunto de todo o dia
Nos livros de cabeceiras
Ou escrito num caderno
Sou poema de um tempo moderno
Sou a vertente das ribanceiras!

Escrito as 00:04 hrs., de 27/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

ALEM DOS ARCO IRIS COLORIDOS


Eu fiquei chocado
E um pouco desconcertado
Mas segui adiante
Pela estrada sem fim
A liberdade que sorrio pra mim
Dirigindo o meu possante

Para chegar ao destino
Onde me senti menino
Ao frescor das lindas flores
E cascatas verdejantes
Onde muito amantes
Deixam florescer seus amores

Além dos arco íris coloridos
Ficam sempre imprimidos
No coração de quem passa
Seja preto ou seja branco
De chinelo ou de tamanco
Todo mundo se abraça!

Escrito as 21:26 hrs., de 26/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O LIVRO DO DESTINO


Hora de andar pelo jardim
Neste momento estou a fim
De encontrar meu ser supremo
Logo em seguida tem um rio
Se meu barco não sumiu
Pretendo pilotar o remo

Do meu passado poético
Estou velho e esquelético
Lendo o livro do destino
Quero uma mesa no jardim
Uma boa taça de gim
Tenho gosto de faro fino

Apesar dos setenta e quatro
Eu escrevo neste relado
Que já ando surdo e manco
Trago um só sentimento
Quero alguém pra casamento
Ainda pego no tranco!

Escrito as 16:32 hrs., de 26/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

INSTRUÇÕES DE TRABALHO


Aqui mais um poema
Venha cá morena
Receber do seu chefe
As instruções de trabalho
Juro que não me atrapalho
E nada que falo é blefe

Mas a retina me furta
Vendo sua saia tão curta
A blusinha tão decotada
Tu me deixa sem jeito
Coração bate no peito
E a alma fica agitada

Exatamente não sei porque
Eu quero que você
Sente-se no me colo
Encha-me com seu calor
E eu quero te fazer amor
Aqui mesmo no solo!

Escrito as 15:36 hrs., de 26/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

PORTO ALEGRE


Vamos partir pra mais uma
Corona vírus, suma
E não volte nunca mais
Te monto e te dou um laço
Vá e leve o meu abraço
Não sabes do que sou capais

E lá vamos nós na jornada
Levantando o pó da estrada
Quero o povo que me segue
Tudo isso não me cansa
Agora me veio na lembrança
O aniversário de Porto Alegre

Imponente capital
Estamos a nos banhar
Nas águas do Rio Guaíba
O calor quebra o termômetro
Aqui na Usina do Gasômetro
Nas águas que vem de riba!

Escrito as 14:52 hrs., de 26/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NA BRISA DA COLINA


Eu nasci para poetar
E também pra beliscar
Seu queixinho de menina
Olhe pra mim, por favor
Eu te peço em amor
Vem, vamos pra colina

Sentir a leve brisa
Eu tiro minha camisa
E tu tiras o que quiser
Dormiremos por sobre a grama
O solo será nossa cama
Só eu e você mulher

De minha imaginação
Pele fina de algodão
E beijos vindos de Deus
Irei morar no teu corpo
Serás meu bom conforto
Venha para os braços meus!

Escrito as 14:05 hrs., de 26/03/20202 por

quarta-feira, 25 de março de 2020

NAS ASAS DA SERIEMA


Lá vai o sexto poema
Nas asas da seriema
Em direção ao infinito
Os botões eu cutuco
Não me chame de maluco
Pois nasci pra ser um mito

Um ser de asas grande
E peço a Deus que me mande
Ás estrelas percorrer
De alvorada ao infinito
E eu sei que este mito
Um dia vai renascer

Como a aura da seriema
Em cada toque um poema
Provinda do coração
Adeus mundo sem cancela
De Alvorada a Ilha bela
No voo da imaginação!

Escrito as 16:27 hrs., de 25/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila


TEMPERO SEDUTOR


Mas então vamos pra quinta
Já que o corona vírus pinta
Uma sena de desespero
Tá todo mundo fugindo
E o nosso dinheiro sumindo
Mas deixa eu provar o tempero

Dessa pimenta brejeira
Que adoça a tua boca
Com sabor de chocolate
Doce de leite nos queijos
Eu quero comer seus beijos
Porque uma sede me bate

De nadar em suas águas
E de afogar as minhas mágoas
No teu lago sedutor
E antes que chegue meu fim
Eu quero você pra mim
Pra gente brincar de amor!

Escrito as 14:22 hrs., de 25/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NO AROMA DA PRIMAVERA


Eu não quero nem saber
Se o oceano vai ferver
Ou o leite pode azedar
Quero catar coquinhos
Ser tratado com carinhos
Estou pra desabrochar

No mundo do paraíso
Boto a prova o meu juízo
E quero voar mesmo sem asas
Beber da água da bica
Não tô nem aí pra quem critica
Voarei por sobre as casas

Por cima da Babilônia
E no carnaval da Amazônia
Quero incendiar a galera
Desculpe a insanidade
Mas a minha felicidade
Virá no aroma da primavera!

Escrito as 13:17 hrs., de 25/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A CANOA VIROU


Agora dez e quarenta e três
Chegando ao fim do mês
Tem boletos pra pagar
E dinheiro da onde
Ninguém me responde
Estou a me ferrar

Corona vírus pegando
E eu aqui poetando
Não quero saber de nada
A bagunça desse mundo
Parece um mar sem fundo
Com a praia abandonada

Meu dinheiro se acabando
E o banco me avisando
De que a festa acabou
Não tem mais aposentadoria
Tá virado uma anarquia
A canoa do mundo virou!

Escrito as 10:50 hrs., de 25/3/20202 por
Nelson Ricardo Ávila

UM BOMBOM


O papo tá bom
Mas vou comer um bombom
Apesar da tia bete
Quero esculpir o teu nome
Apelido e sobrenome
Com o meu canivete

Na árvore da saudade
Das matas da liberdade
Profundezas do meu coração
Sinto o perfume da flor
Que tem o nome do meu amor
Meu peito sangrando de paixão

Você foi e eu fiquei
Muitos anos amarguei
O veneno da saudade
Chega desse castigo
Logo quero estar contigo
No reino da felicidade!

Escrito as 09:55 hrs., de 25/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NA JANELA DO QUINTO ANDAR


Genialidade é coisa rara
A cultura não para
Estou cultuando sei lá o quê
Na minha invencionice
Um dia alguém me disse
Pra desligar a tevê

E abrir a janela
Ficar espiando a Manoela
Que mora do outro lado
Apartamento quinto andar
Ao espelho a se pintar
Com o pincel sempre molhado

Das tintas que vêm de fora
A Manoela é uma senhora
Na casa dos quarenta e poucos
A mulher mais linda do mundo
Com aquele olhar profundo
Deixa os homens todos loucos!

Escrito as 09:14 hrs., de 25/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 24 de março de 2020

GORDINI BATUTA


Eu preciso saber
O que pode acontecer
Ainda hoje ou amanhã
Já quase vinte e uma hora
O que vou fazer agora
Comer um sorvete de avelã

Beber uma taça de Martini
Depois pegar o meu Gordini
Pra dar uma pega de arrepiar
Na rodovia principal
Eu me chamo fulano de tal
E gosto de botá pra quebrar

Não fui feito de barro
Quando menos esbarro
Na Eva que Deus me deu
Um relacionamento aberto
Estou com tudo e sou esperto
Com o lance que o mundo me deu!

Escrito as 21:06 hrs., de 24/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

COMO SE BAILÁSSEMOS NA NEVE


Eu juro que não me expus
Daqui do Bairro Bom Jesus
Estou tão preso nos braços
Da cheirosa solidão ingrata
Belo exemplar de mulata
Que ocupa os meus espaços

Sem dar trégua nenhuma
Ela toma banho e se arruma
Numa saia de pano leve
É sem dúvidas minha amada
Naquela brisa perfumada
Como se bailássemos na neve

Em nossa cama redonda
Surfando na grande onda
E nas coisas do coração
Onde me afogo nos beijos
Matando nossos desejos
Nas profundezas da paixão!

Escrito sd 14:44 hrs., de 24/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NA ESTRADA DO SOL À PINO


Mas se o calor não passa
Eu vou lá na praça
Levando minha mangueira
Pra comer manga sentado
Picolé depois de chupado
Ficamos só com a madeira

Paremos de bobagens
Por essas estalagens
Na estrada do sol à pino
Fica perto do olho d’água
Onde vou deixar a minha mágoa
Que tenho desde menino

Chuá, chuá, chuá
Eu moro do lado de lá
Desse rio encantador
Onde armo o meu bodoque
E canto um roque
Para atrair o meu amor!

Escrito as 13:50 hrs., de 24/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A VIDA HUMANA


A vida humana existe
E o homem persiste
A todas as tempestades
Com músicas de operetas
E ele vai tecendo as letras
E vencendo vaidades

Eu nasci homem
As coisas boas somem
E a maldade atravanca
Apesar disso segue o barco
Que eu quero passar o arco
No troque troque da tamanca

O arco íris do pensamento
Pra chegar no departamento
Onde não existe saudade
Fica além da imaginação
Pertinho da ilusão
No auge da felicidade!

Escrito as 10:21 hrs., de 24/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 23 de março de 2020

LINDA SEREIA



Tô feliz não sei porque
Com saudade de você
Distante não posso ver
Meia noite e eu sem sono
Neste maldito abandono
Mas não quero nem saber

A poesia está na veia
Se você linda sereia
Faz de conta que não me vê
Não sai do fundo do mar
E eu aqui a te esperar
Te procurando na tevê

Numa ilha qualquer
Vê se te liga mulher
A nossa cama te espera
Sai fora desse inferno
Te quero para o inverno
Ainda antes da primavera!

Escrito as 00:08 hrs., de 24/03/2020 por
NELSON RICARDO ÁVILA

NA VIRADA DA MEIA NOITE


Na virada da meia noite
Medo do estalo do açoite
Desse tal vírus maldito
Não estou nem aí com ele
Não tenho medo dele
Estou fora de qualquer agito

No meu canto sossegado
Dentro de um baú guardado
Está o meu grande segredo
Participar de conclaves
Meu peito fechado a chaves
E o script de um enredo

Com a história de minha vida
E no dia da minha partida
Enterro ele bem fundo
A história de um tempo antigo
E levo uma cópia comigo
Quando eu for pra outro mundo!

Escrito as 23:29 hrs., de 23/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 22 de março de 2020

A MORENA DO ROÇADO


Andando pelo roçado
Calmamente e despreocupado
Embarquei na canoa
Na barranca do rio
Quando numa boa subiu
Era a filha da patroa

Com aquela vozinha rouca
Tendo uma trouxa de roupa
Botei meus olhos nela
Foi o encontro de dois olhares
Os passarinhos pelos ares
E aquela morena tão bela

Isso a muitos anos passado
O meu plano foi frustrado
Quando nada aconteceu
Mas permaneceu a vontade
Ela era a nossa felicidade
O sonho que infelizmente morreu!

Escrito as 20:44 hrs., de 22/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

E QUANDO A LUA APARECER


Eu gosto de brincar com a hora
E de comer amora
A fruta marca delícias
Não sei o dia de amanhã
Como vai ser em Amsterdã
Ainda não tenho notícias

Porque o amanhã não chegou
Se hoje a lua não raiou
Ao amanhecer o sol nascerá
Brilhante como o desejo
E caliente como um beijo
Nas praias de Paquetá

Daqui a pouco eu vou dormir
E alegremente a sorrir
Na cama do futuro incerto
E quando a lua aparecer
Para encher-me de prazer
Eu quero estar por perto!

Escrito as 20:03 hrs., de 22/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O TALO DO PRAZER


Eis me aqui de novamente
Trazendo um saco de semente
Que foi batizada por Deus
E germinada na verdade
O santo grão da felicidade
Que a trago nos braços meus

Pra terra fértil que nasce flor
Esta é a semente do amor
E em outra coisa não se fala
Pode se plantar na horta
A perfeita letra que importa
Coloque uma muda na sala

Desse talo do prazer
Com o tempo tu vais ver
O recado dos ancestrais
Vai se agarrar no talo
Na hora do cantar do galo
E ainda pode pedir mais!

Escrito as 15:32 hrs., de 22/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

SONHANDO COM A CURUVICA


Vai mais uma sem tirar
Pergunto se estás a gostar
Dos poemas que escrevo
Meus dedos ao teclado
Sou o rei do verso rimado
E tudo em alto relevo

Com destino a consagração
Nas cordas do meu violão
Canto que nem passarinho
Tomando banho no lago
Esse é um dom que trago
No momento aqui sozinho

Contratando companhia
Eu moro na cercania
Do morro da liberdade
Bebendo água da bica
E sonhando com a Curuvica
Meu grande sonho de felicidade!

Escrito as 14:16 hrs., de 22/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

COMO SE FOSSE UM ERMITÃO


É hora de voltar
Tenho que escalar
Uma queda brusca
Estou rodando numa rua
Aqui do mundo da lua
No meu velho fusca

Dormi e acordei aqui
Coisas que nunca vi
Como isso aconteceu
Lá da cama do meu quarto
Mas daqui a pouco eu parto
O dia já amanheceu

Mudei de ideia
Se aqui não tem plateia
Tem o doce da solidão
Ficar pensando a esmo
Falando comigo mesmo
Como se fosse um ermitão!

Escrito as 13:40 hrs., de 22/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O LIVRO DA INSPIRAÇÃO


Bom dia gente fina
Eu vejo em minha retina
Um sol brilhante lá fora
É domingo de sol quente
Eu pergunto, e a gente
O que fazemos agora

Jogar carta, não presta
Então só me resta
Abrir o livro da inspiração
E o baú da saudade
Quem sabe se a felicidade
Não está nesse caixão

Vidas que vêm e que vão
O amor e a paixão
É tudo que os consola
Elaborando o meu esquema
Quero encerrar esse poema
E depois tocar minha viola!

Escrito as 10:01 hrs., de 22/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 21 de março de 2020

RABISCOS DE POESIA


Agora são dez pras dez
No momento que ao invés
De ir deitar na cama
Começo a digitação
Ou escrever num papel borrão
No meio desta chama

Rabiscando as letras
Esvaziando as gavetas
Em busca da inspiração
O elemento essencial
Que é sempre fundamental
Para uma bela construção

Linha por linha no caderno
Tenho meu estilo moderno
De viajar na imensidão
Das almas do pensamento
E entregar-me ao encantamento
Sem nunca perder a razão!

Escrito as 22:09 hrs., de 21/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

SONHOS DESVAIRADOS



Eu começo começando
Vou as letras arrumando
Como manda o figurino
Pois na canoa tu remas
No papel escrevo poemas
Pego a viola e canto o hino

Da pátria amada Brasil
Na cintura o meu cantil
Nos braços a metralhadora
Com dois pentes de balas
O inimigo os olhos arregalas
Minha presença é sedutora

Dos tempos do Vietnã
Prepara um chá de maçã
E biscoitos amanteigados
Guerra coisa nenhuma
E tu vê se se apruma
E sai desses sonhos desvairados!

Escrito as 15:37 hrs., de 21/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O ABRAÇO DO GATO


E vai começar a farra
A saudade me agarra
E não quer me largar
E o que é que eu faço
Pra ganhar um abraço
Pois eu quero abraçar

Acontece que não pode
Já raspei o meu bigode
E a barba de toda a cara
Mensagem no celular
Queria tanto beijar
Mas o corona não para

O verão já foi embora
Eu pergunto e agora
Se o corona não for
Ai que vírus ingrato
Vou abraçar o meu gado
Porque ele é o meu amor!

Escrito as 14:34 hrs., de 21/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 20 de março de 2020

A MORENA CARIBENHA


Frita o peixe na frigideira
Para de dizer besteira
E afina o meu violão
Quero cerveja espumante
Depois sair no meu possante
Assoviando uma canção

Costeando o mar caribe
Quero saborear um kibe
Num restaurante de Aruba
Logo depois da Venezuela
Meus livros estão na gamela
Vou entrar com eles em Cuba

E ascender o meu havana
A morena latino americana
Traz pra mim o que preciso
É apenas o seu rebolado
Seus lábios de batom pintado
E por favor o esse sorriso!

Escrito as 16:13 hrs., de 220/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A LUA ME BASTA


Não sei cantar sem violão
Pandeiro ou bandonhão
Eu não sei cantar nada
Madrugadas acordado
O violão desafinado
Mas tem a noite enluarada

Ela afina minha viola
Olha pra mim e me dá bola
Sorriso aberto escancarado
Eu sou noivo da lua
E saio pra cantar na rua
Paletó todo rasgado

Tenho a lua em minha vida
Nesta rua toda colorida
A velha idade já tão gasta
Meu ninho de amor é a rua
E se estou com a lua
Apenas a lua me basta!

Escrito as 15:09 hrs., de 20/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 19 de março de 2020

MAIS UM NACO DE SAUDADE


Mais um naco de saudade
E borbulhas de felicidade
No apartamento quinto andar
No relógio três e meia
A mão no escuro tateia
Procurando o celular

Eu quero ligar pra ela
Que não me desse na goela
O fora que ela me deu
Vou mergulhar numa cachaça
A dor de corno não passa
Minha esperança morreu

Vidas desertas
Inscrições abertas
Mulher de todas as idades
Façam fila por favor
Pra eu conhecer o novo amor
Nos voos das liberdades!

Escrito as 15:34 hrs., de 19/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A VIDA SEGUE


A vida segue
Nos bairros de Porto Alegre
E a de resto no mundo
Na base do amor e paixão
No parque da Redenção
E eu mergulho fundo

No Rio das Sereias
Da praia que não tem areias
Mas tem a água benta
Que me leva ao fundo
O outro lado do mundo
Onde a onda arrebenta

Ali na Ilha da Pintada
Onde tem a onça malhada
Que lava roupa no tanque
Que me chama na praia
Para cair na gandaia
E comigo dançar um funk!

Escrito as 13:41 hrs., de 19/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

AQUELA MÚSICA NO AR


Aquela música no ar
E eu ali a digitar
Meu poema de ideia
Vai sorriso e vem flor
Vai ódio e vem amor
Se espalhando na plateia

No mundo onde moro
E à Deus eu imploro
Mais uma vida se puder
Fazer coisas que não fiz
Eu quero um mundo feliz
Morar num canto qualquer

Com ar de liberdade
E fascínio de felicidade
Um par de asas pra voar
Nem que perca o meu chapéu
Quero ir e vir do céu
E também me eternizar!

Escrito as 10:30 hrs., de 19/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 18 de março de 2020

MAIS UMA NOITE SEM VOCÊ


Andei dando uns girus
Porém o corona vírus
Me mandou ficar em casa
Dando o braço a torcer
É, tenho que obedecer
Porque o mal não se atrasa

Mais uma noite sem você
O tempo todo vendo tevê
E tu não aparece na tela
Quero ver-te desfilar
E a galera aplaudindo delirar
Larga de ser singela

Tens o corpo inteiro de mis
Que nasceu pra ser feliz
Com uma aura colorida
Vai lá e desfila pra o mundo
Tenho de ti orgulho profundo
Bela mulher da minha vida!

Escrito as 20:59 hrs., de 18/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

MEU AMIGO LEÃO


Chegue mais chuvinha mansa
Que o meu pensamento alcança
A cima do céu estrelado
Em minha nave cor de prata
Feita com um pedaço de lata
De acordo com meu sonho sonhado

Eu nasci pra ser maluco
Sou primo irmão do Nabuco
Estudamos na mesma aula
E também no mesmo colégio
Eu tive o privilégio
De invadir uma jaula

E dar um abraço num leão
Foi na entrada do sertão
E estou aqui são e salvo
Me chamam de formosura
Amo de mais a cultura
E a poesia é meu alvo!

Escrito as 10:57 hrs., de 18/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

AFINANDO MINHA VIOLA


Afinando minha viola
Já que ninguém me dá bola
Vou cantar pra mim mesmo
Em tudo tenho fé
Estou tomando café
Com pão manteiga e torresmo

Mentira, estou apenas brincando
No dia de amanhã, pensando
No que vai ser da minha vida
Hoje dela não tenho queixas
A liberdade me deixas
Escolher qualquer saída

Um abraço sem corona
A música não me abandona
Os tempos estão medonhos
A mais de uma semana
Só na música italiana
E alimentando meus sonhos!

Escrito as 09:55 hrs., de 18/03/2020 por
Nelson Ricardo Ávila