domingo, 29 de setembro de 2019

O ABRAÇO DA SAUDADE


É, mas não vou ainda
Porque a noite está tão linda
Estou andando pela alameda
Da minha imaginação
O meu velho coração
Mostra a ponta da lavareda

Que vem não sei de onde
Meu eco não mais responde
Me acho falando sozinho
Porque a saudade me abraça
Sento num banco de praça
Já que não tenho o carinho

Da minha outra metade
Roubaram-me a mocidade
Em troca de uma bengala
Por tudo nesse mundo imploro
De cabeça baixa eu choro
De ficar quase sem fala!

Escrito as 00:55 hrs., de 30/09/2019 por

A CAIXA DO AMOR


Escrevo o que vem na telha
Minha inspiração se assemelha
A uma mente bem treinada
Sempre que posso escrevo
E passo por cima um relevo
Ato uma fita bem apertada

Pro pacote ficar bonito
Meu anjo da guarda bendito
Dá o tom da minha direção
Me leva pra onde quer
Sou solteiro sem mulher
Secou a fonte da paixão

O amor está bem guardado
Pra aquele momento esperado
Quando necessário for
Encontrar a bendita pessoa
Eu abro a caixa numa boa
E então despejo todo o meu amor!

Escrito as 23:54 hrs., de 29/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

SORRISO ENCANTADO


Pra não dizer que não escrevi nada
Eu solto uma coisa borrada
Que colhi dos lábios dela
Com aquele sorriso encantado
E o belo rosto rosado
E a idade ainda donzela

Fomos juntos ao cinema
Eu disse a ela um poema
Falando do seu meigo jeito
E ela assistiu ao filme grudada em mim
Na volta bebemos um gole de gim
Num drinque muito bem feito

Pelo garçom da padaria
Ela, era tudo o que eu queria
Não sei mais viver sem a bela
Meu lindo docinho de coco
Querer-la bem é muito pouco
Eu amo estar sempre com ela!

Escrito as 21:07 hrs., de 29/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 28 de setembro de 2019

A SOLIDÃO MORA COMIGO


A vida anda tão elétrica
Que desperta a veia poética
Pedindo pra sair do peito
Barulhinhos na telha
Pego da caneta vermelha
E no estilo do meu jeito

Vou riscando no papel
Ou no banco do meu corcel
Assim largado na garagem
Ainda do tempo antigo
A solidão mora comigo
Porque em mim fez estalagem

E a gente se ama tanto
Então eu visto o manto
Da serenidade e da paz
Nesse mundo poético de gala
Entre as paredes da minha sala
Já que o tempo não volta pra traz!

Escrito as 19:10 hrs., de 28/09/2019 por

PASSARINHO SEM ASAS


Mês de setembro se indo
E eu aqui sorrindo
Sem lenço e sem documentos
Muito menos cartão de credito
Eu sou sempre inédito
O que não falta é argumentos

Pra me livrar do trabalho
Com as cartas não me atrapalho
Me mandaram embora de casa
Não sei por que cargas d’água
No meu peito não tem mágoa
Sou passarinho sem asa

Só bicando no chão
Parceiro do violão
Pras noites de serenatas
A lua me ilumina
Eu quero uma menina
Lá da casa das mulatas!

Escrito as 18:14 hrs., de 28/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

OS NOSSOS DEZOITO ANOS


Abasteci a impressora
Com aulas da querida professora
De navegar na internet
Botei veneno pro rato
E fui lá no mato
Risquei com o canivete

O seu nome na madeira
Preparei a mamadeira
Para o nosso recém nascido
Então bebi o chá das cinco
No velho barraco de zinco
Porem fiquei sentido

Por tu ter demorado de mais
Botei velas nos castiçais
Porque a noite se aproximava
Lembra dos nossos planos
Com apenas dezoito anos
A gente já namorava!

Escrito as 16:54 hrs., de 28/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NA SUAVIDADE DA PRIMAVERA


Acabei de chegar da rua
Morrendo de saudades sua
Que prontamente me espera
Sorridente e muito louca
Toda de batom na boca
Na suavidade da primavera

Passei lá no mercado
E comprei um anel de noivado
De um vendedor ambulante
É uma joia de pobre
Mas a intenção é nobre
Quero ser seu amante

Nas noites frias de inverno
E que tudo mais vá pro inferno
Quero viver sempre contigo
E te fazer muito feliz
O que é que você me diz
Aceita casar comigo?

Escrito as 11:12 hrs., de 28/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

A ESTRADA DA IMAGINAÇÃO


O tempo é veloz
Como o albatroz
Sobrevoando o mar
Nas asas dos pensamentos
É onde voam sentimentos
Horizontes a cruzar

Pra dar de cara no nada
E volta pela mesma estrada
Da doce imaginação
Leva sempre uma vela acesa
Para clarear a beleza
Antes de bater na escuridão

Que é onde termina tudo
Fica sego, surdo e mudo
E ninguém mais socorre
Deixa de ter desejos
E esquece dos últimos beijos
Dorme o sono eterno (morre)!

Escrito as 17:47 hrs., de 27/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

UMA REVOADA DE AMOR


Não dá tempo pra nada
A não ser uma revoada
Pelos arredores do paraíso
É muita saudade dela
A mulata que falo é aquela
De que ao meu lado preciso

Dezoito horas passando
E está se aproximando
O capítulo da novela
Que fala por entre flores
Por onde se escondem amores
E a tarde fica tão bela

O sol que vai entrando
E eu aqui fotografando
Da janela do mercado
Bem no centro da cidade
Ai que tanta felicidade
Feliz e apaixonado!

Escrito as 18:05 hrs., de 26/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

VIRADO PRA LUA


Escrevo porque adoro
Na tua ausência eu choro
E agarro-me a caneta
E um pedaço de papel de pão
Eu sofro do mal da paixão
Acho que é coisa do capeta

Nem sei porque existo
Vou ali no bar pedir um misto
E uma coca pequena
Estou entregue ás baratas
Nasci capacho das mulatas
E tenho a lua como um poema

Vou estender este papelão
E me deitar aqui no chão
No leito gelado da rua
Olhando aquela coisa cor de prata
Eu vou sonhar com a mulata
Porque nasci virado pra lua!

Escrito as 20:14 de 25/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A TAÇA DO MAU CAMINHO


Vou indo assim tão sozinho
Ai meu Deus quanto espinho
Por essa estrada que não termina
E tão longe está seu fim
Ninguém presta atenção em mim
Vou chegar lá na cantina

E mandar encher a taça
Tem um barril com cachaça
Pago em troca de trabalho
Faço tudo e mais um pouco
Nesse velho mundo louco
Vivo jogando baralho

Já perdi até as calça
Me chamam mala sem alça
Amo a lua cor de prata
É ela que me dá carinho
Por isso não ando sozinho
Amo de mais essa mulata!

Escrito as 17:40 hrs., de 25/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 24 de setembro de 2019

UM POEMA PRA DORMIR


Um poema pra dormir
Se sonhar ou se sorrir
A madrugada encanta
Mesmo com lua nova
A solidão aprova
E o relógio não mais adianta

Vamos embora pra cama
A alma silenciosa nos ama
Vou dormir abraçado nela
E acordar com a solidão
Pelos acordes da canção
Como a vida é sempre bela

Tendo as flores da primavera
Em verdade ou quimera
Toca a vida pra frente
Que amanhã é mais um dia
Quando acordar por favor, sorria
Que o sorriso faz bem pra gente!

Escrito as 23:24 hrs., de 24/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

PÉTALAS AO VENTO


Tudo é da vida e do amor
Desabrocha como uma flor
Com suas pétalas ao vento
É a primavera presente
Que chega assim sorridente
Desperta em mim sentimento

De chorar debruçado
Como um ébrio acabrunhado
Que não larga o velho violão
Se diz o rei do universo
E fica escrevendo verso
Em cima de um papel de pão

Sentado à mesa de um bar
Aí pega o violão pra tocar
Perto do caule de uma flor
Pra relembrar sua amada
Que agora em outra morada
Só restam lágrimas de amor!

Escrito as 16:03 hrs., de 24/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

INTERROGAÇÃO


Vou digitando com certeza
Com humildade e nobreza
Registrando a saudade que sinto
Quando o passado vem à mente
O coração anuncia que sente
É a manifestação do instinto

É a magia da existência
Nada tem permanência
É a roda do mundo girando
O que era ontem já mudou
É a humanidade que andou
E eu fico aqui meditando

Quem sou eu de onde eu vim
Aonde que fica o fim
Quando foi que tudo começou
Caí aqui por acaso?
A validade disso tem prazo
Só o silencio que me sobrou!

Escrito as 13:57 hrs., de 24/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

PRIMAVERA SORRINDO


Mais um ano se indo
A primavera sorrindo
Desabrochando jardins
E nós brigando por nada
Dentro de uma canoa furada
Meios não justificam fins

Boa viagem inverno
Não amasse teu terno
Te esperamos pro ano
Prima, seja bem vinda
Estás cada vez mais linda
Te adoro e te amo

Tua presença floresce
E meu desejo cresce
Cada vez que te vejo
Entre e fique á vontade
A nossa felicidade
É o que sempre te almejo!

Escrito as 16:14 hrs., de 23/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

MERGULHO


Um mergulho na utopia
Como se fosse na água fria
Melhor do que num caldeirão
Quero buscar novas ideias
Em resposta as queridas plateias
Eu preciso de inspiração

Porque poetar é um embate
E quando se acha o engate
Que a coisa flui e dá certo
A gente fica que nem passarinho
Se eu agora estou sozinho
Procuro estar sempre perto

Da camada do dom artístico
Não cultivo feitiço místico
Nem mentira deslavada
Mas sim, um teatro de faz de conta
Porque se a inspiração desponta
A poesia está formada!

Escrito as 15:20 hrs., de 23/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 22 de setembro de 2019

O FRUTO DOCE DA VIDA


Agora o meu nome é poesia
No varal da cortesia
Para o mundão cultural
Digo o que posso dizer
Estou tentando enobrecer
O modo de vida mundial

Pode ser que a paixão vença
O amor é como uma crença
Que nasce entranhado na alma
Há que se regar a vida inteira
É um broto que nasce da sementeira
E que temos que cuidar com calma

Fazendo-o amadurecer
Os belos frutos do prazer
Tanto no homem como na mulher
O amor é o que move a humanidade
Sendo o fruto doce da felicidade
É quando um quer e o outro também quer!

Escrito as 15:11 hrs., de 22/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A MOCIDADE NA MOCHILA


Te senta e fica tranquilo
Não fica pensando naquilo
Puxa o teclado e digita
Bebe o chá de hortelã
E curte o silencio da manhã
Como ela amanheceu bonita

Muito obrigado meu amigo
Agora deixa comigo
Que sigo aqui meu destino
Já são três paras as oito
Tomo meu chá com biscoito
Ainda me sinto um menino

Apesar da idade
Carrego sempre a mocidade
Dentro da minha mochila
Porque a vida continua
Depois vou sair pra rua
Ver o que acontece na vila!

Escrito as 08:04 hrs., de 22/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

AS LETRAS DE UM POEMA



Agora são dez pra cinco
No meu barraco de zinco
Tem tudo de bom pra você
Tem uma mesa de canto
E o coração de um santo
O computador e uma tevê

Mas não é pra ver novelas
Porque as dadivas mais belas
Estão em você linda morena
Que envolve meu coração
Como se fosse uma canção
Ou as letras de um poema

Tem tapete vermelho
E um enorme de um espelho
Pra você se maquiar
Quero apenas teus beijos
E saciar meus desejos
Na hora de nos amar!

Escrito as 16:57 hrs., de 19/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

OS FRUTOS DA LIBERDADE


Vivendo na modernidade
E comendo os frutos da liberdade.
Quê estrada tão longa e linda
Com paisagens bem coloridas
Com alamedas e avenidas
Numa distância que não finda

Pra onde será
Que isso nos levará
E quando iremos chegar
Antes de meio dia
Na luz da alegria
Ou quando o sol descambar

Eu não tenho pressa
Estou enviando uma remessa
De doces e queijos
Dessas terras desconhecidas
Chorei lagrimas nas despedidas
Envio de volta abraços e beijos!

Escrito as 16:16 hrs., de 19/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

O JOGO DA VIDA


Como é triste a tristeza
Quando se enfrenta a dureza
No tal de jogo da vida
É dois passos pra frente
E no não mais que de repente
Agente não acha a saída

E fica triste e cabisbaixo
Nesse esquema não me encaixo
Eu sou liso e saiu pela beira
Não se pode se entregar
É sacudir a poeira e levantar
Vai comer pastel na feira

O jogo não tá rendendo
E meu time tá perdendo
Como é triste a tristeza
Mendigando um sorriso
É de esperança que eu preciso
Que é pra manter a nobreza!

Escrit as 22:26 hrs., de 18/09/019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 17 de setembro de 2019

A PRIMA VEM CHEGANDO


Daqui a pouco meio dia
Depois da chuva o tempo esfria
E aí esquenta de novo
Haja saúde que aguente
Um dia frio outro quente
Assim judia do povo

Eu vim aqui pra conversar
E a todos informar
Que a prima está chegando
A Vera nunca falha
Toda vestida de malha
E o perfume se espalhando

Prima Vera é muito rica
Aqui ela não fica
São três meses de estadia
Espalha cestos de flores
É a prima de mil amores
Resplandecendo alegria!

Escrito as 10:33 hrs., de 17/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

MADRUGADA SILENCIOSA


A chuva cai não cai
Deita, rola e se vai
Madrugada silenciosa
Desde que não dê trovoada
Só o silencio da madrugada
A insônia é teimosa

Mas a vida continua
Mesmo sem o clarão da lua
O vento faz a curva
E depois vai embora
No momento que agora
Ouço o barulho da chuva

O mundo ocidental dorme
Ama, descansa conforme
Deixo aqui mais um recado
Para a distinta plateia
Mais um poema de minha ideia
Devidamente rimado!

Escrito as 03:47 hrs., de 17/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

NO DESABROCHAR DAS AMORAS


Agora são quinze horas
No desabrochar das amoras
E o florescer da primavera
A gente segue andando
E a roda do mundo girando
No transcorrer de uma era

Chora mundo perdido
Por tudo que não tem sentido
Nuvens grossas cobrem a Terra
Como se tudo fosse um jogo
A Amazônia pegando fogo
E eu sinto cheiro de guerra

No tal de Oriente Médio
Não inventaram um remédio
Para a cura da humanidade
Venha logo querida primavera
Nesse mundo que quimera
Carente de felicidade!

Escrito as 15:20 hrs., de 16/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

SEREIA RAIO DE SOL


Um poema romântico
Escrito à beira do Atlântico
Numa manhã de primavera
Regado a água de coco
Pra descansar do sufoco
Da mentira e da quimera

Das notícias de mês de agosto
Do algoz danado do imposto
Que coisa bela essa areia
E a água azul da cor do mar
Pensamentos a voar
Eu vejo linda sereia

Pescarei com meu anzol
Verdadeiro raio de sol
Iluminada e colorida
O tempo não se atrasa
É ela que eu quero lá em casa
Para o resto da minha vida!

Escrito as 10:24 hrs., de 16/09/2019 por

domingo, 15 de setembro de 2019

VER A ESPADA LAMPEJAR


Partindo embora pra longe
Porque no dia de hoje
Caiu a ficha sim senhor
Que meu negócio é viajar
Provavelmente navegar
Seja de que jeito for

Eu quero mesmo é ir embora
Tá mais do que na hora
De dar adeus a este lugar
Bem longe em outra terra
Vou alistar-me na guerra
Ver a espada relampejar

Homens tombando ao chão
Tirombaços de canhão
E o mundo pedindo bis
Brincando na verdade que quero paz
Pegar em arma não serei capaz
Eu quero é a humanidade feliz!

Escrito as 12:06 hrs., de 15/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

AMOR SEM FIM


Nos jardins do teu semblante
É que eu sonho a todo instante
Estar andando de mãos dadas
Um beijo em cada giro
Do coração vem um suspiro
Como te amo minha amada

Desde o dia em que nasci
Te jurei amor e cresci
Nosso juramento selado
Para o reino da eternidade
Nas águas da felicidade
Sou teu rei apaixonado

Minha rainha meu amor
És a mais linda flor
Que perfuma este jardim
Somos um só coração
Grudados pelo umbigo da paixão
Num amor que não tem fim!

Escrito as 10:50 hrs., de 13/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

UM COPO DE COCA COLA


Chega de sofrer
Alguma coisa escrever
Um copo de coca cola
E meus dedos no teclado
Nas cordas um bom dobrado
Vou afinar minha viola

Enquanto o tempo passa
Aquela maldita traça
Está a roer meu paletó
Apesar dos meus apelos
Estou perdendo os cabelos
Levo a vida que dá dó

Não dispenso um carnaval
E não tem outro igual
Pra sambar o tempo inteiro
A minha viola canta
E o povo todo levanta
No carnaval de fevereiro!

Escrito as 15:51 hrs., de 12/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

UM ROMANCE DE PAIXÃO


Nesse mundão atrevido
Me sinto inserido
Desde o dia em que nasci
Caindo e levantando
Porque a gente segue sandando
E agora me encontro aqui

Tomando um cafezinho
Absolutamente sozinho
fisgado pela solidão
Antes só do que mal acompanhado
Um cantante desafinado
Que nunca tocou violão

Eu sou sim um poetador
Que faço de uma flor
Um romance de paixão
E com este meu poema
Reverenciando a morena
Que pode me tirar da solidão!

Escrito as 13:16 hrs., de 12/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

AINDA ME RESTA O VIOLÃO


Agora são dezesseis e vinte e um
Dinheiro no bolso, nenhum
Isso não traz felicidade
Pego meus poemas de gaveta
Eu vou é cair na sarjeta
Em busca da minha mocidade

Que ficou em algum lugar
Nesse tempo todo a passar
Por tantas estradas da vida
Nas costas um cobertor rasgado
E nos pés um chinelo velho furado
Olhando a paisagem colorida

Com meu velho cajado na mão
Ainda me resta o violão
Para as serenatas ao luar
Pelos lugares aonde passo
Carente de mais por um abraço
E um ombro amigo pra chorar!

Escrito as 16:32 hrs., de 11/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

OS PODERES DE UM SONHO


São três horas e onze minutos
Os poderes são absolutos
De uma nave espacial no ar
Que decola de um ancoradouro
Minha vida é um belo estouro
Dormindo acordado e a sonhar

É a nave que ultrapassa os muros
E que navega pelos espaços escuros
Visto culote e um par de coturnos
Quero ver o que vai acontecer
Já quase ao amanhecer
Eu cruzo os anéis de saturnos

E vou na direção do nada
Por entre faíscas iluminadas
Chego a ficar sem fala
O vento escancara a janela
Acordo numa manhã tão bela
Dormia no sofá da sala!

Escrito as 15:23 hrs., de 11/09/2019 por
Nelson Ricardo Ávila