sábado, 30 de maio de 2020

NAVIO DO AMOR


Deixando a estalagem
Seguimos viagem
No grande navio do amor
Por mares a fora
Pra se amar não tem hora
Seja do jeito que for

Na popa ou na proa
Até hoje o sussurro ecoa
Além dos céus além dos mares
Longe das terras tupiniquins
Seguimos procurando os fins
Amar em outros patamares

Na verdade estava sonhando
De um jeito quase delirando
Era tudo sonhos e nada mais
É a solidão que me aprofunda
O rosto de lágrimas inunda
E meu anseio pra longe se vai!

Escrito as 15:59 hrs., de 30/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A ESTALAGEM DO AMOR


Simplesmente linda de mais
Estavas na beira do cais
Embarcamos naquele navio
Eram ondas com altitudes
Eu notei as virtudes
Quando o barco partiu

Com destino a felicidade
Sentindo o ar da liberdade
E o frescor da água do mar
Cinco dias de viajem
Atracamos numa estalagem
Pra simplesmente namorar

Eu e você, você e eu
O amor aconteceu
Em nossa lua de mel
Alugamos um cavalo
E até o cantar do galo
Tu cavalgavas no meu corcel!

Escrito as 14:49 hrs., de 30/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 29 de maio de 2020

BOLINANDO NO TECLADO


Parece que a preguiça passou
A inspiração se manifestou
Então agora a coisa vai
O meu violão afinado
Na praça num banco sentado
Por certo alguma moda sai

A plateia na expectativa
A minha memória muito viva
Algum poema eu vou cantar
Cada vez mais chegando gente
Puxo uns versos de minha mente
Pessoas no passo a dançar

Eu estou é sonhando acordado
Bolinando no teclado
Do meu computador
Seguindo a rima direta
A mania predileta
De ser um poetador!

Escrito as 16:08 hrs., de 29/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

DESCONFIADO


Sexta feira não chove
Hoje é dia vinte e nove
Almoço rico em sabor
Na solidão do meu ser
De sobremesa o prazer
De pensar no meu amor

Que está não sei onde
Eu chamo não responde
Hoje é frango à molho pardo
Ela deve estar de ladainha
Na casa da vizinha
Ou então com o Ricardo

Lá no outro quarteirão
Que se diz meu amigão
Os dois sempre grudados
Nos convidou para um jantar
Que eu que tenho de pagar
E lhe emprestar uns trocados!

Escrito as 10:53 hrs., de 29/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 28 de maio de 2020

ÉBRIO DA PAIXÃO


Ao embalo da minha rede
Ouvindo o passarinho verde
No alto da imaginação
Aquele cantar que desce
E a inspiração cresce
Dando luzes na ilusão

Sou o escritor mais feliz
Um poeta que sempre diz
As palavras do coração
O parlator que nunca se cala
A rede está posta na sala
Sob as luzes de um lampião

Lampião de gás luzes do firmamento
Ilumina o sentimento
De um solitário coração
Abandonado pela lua
Que chega em prantos da rua
Sempre um ébrio de paixão!

Escrito as 20:15 hrs., de 28/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O REINO DA FELICIDADE


Passarinho canta no galho
Enquanto range o assoalho
Com o meu dançar de valsa
Na solidão de minha paz
E em dois passos pra traz
Quase cai a minha calça

Me ajeito e danço de novo
Acenando para o meu povo
Venham para o bailado
Pode dançar que não dói
Sob a música do pink floi
E estamos conversado

Corona vírus vá se embora
Porque a gente te ignora
Queremos serenidade
Não tem lugar pra utopia
Aqui é lugar de alegria
O reino da felicidade!

Escrito as 10:09 hrs., de 28/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 27 de maio de 2020

NA CASCA DO MAMÃO PAPAIA


Estando em Montevidéu
Arriei o meu chapéu
A beira do Mar Del Plata
Conheci a bela uruguaia
Na casca de mamão papaia
Era linda aquela ingrata

Que não quis nadar comigo
E ainda me botou de castigo
A traz da porta da pensão
Diz que dei mole com ela
Me mandou lamber tigela
E me lavar com sabão

Então tive que tomar banho
Depois bati estanho
Contra a guarda uruguaia
Me despedi da Gabriela
Na última noite com ela
Na casca do mamão papaia!

Escrito as 15:39 hrs., de 27/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 25 de maio de 2020

NO SILENCIO DA NOITE


O poema triste coisa nenhuma
A gente se arruma
Pega a jardineira e se vai
Fora do palácio um pouco
Esse mundo tá muito louco
E coisa melhor não sai

A princesa não me dá bola
Vou pegar minha viola
E chegar na sua janela
Pera aí, eu estou é sonhando
Agora tô aqui digitando
Nessa madrugada tão bela

Levantei e fui ao banheiro
Dormi o meu sono inteiro
Como um anjo enviado de Deus
Cumprindo minha quarentena
Estou acabando mais um poema
Que no silencio da noite ele nasceu!

Escrito as 01:40 hrs., de 26/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O AR DA BRISA


Tá tudo muito bom
A beleza desse som
Mas agora é poesia
Dessas que não vão nas gavetas
Então vamos alinhar as letras
Como do outro dia

Talvez citando as flores
Temos semente de amores
Falando a voz da cultura
Que é que esse mundo precisa
Semearemos o ar de brisa
Pra que brote oceanos de ternura

Assim eu morrerei feliz
Como meu coração condiz
Anda sempre acelerado
Por isso que apesar da idade
Estou vendendo felicidade
Que colhi no meu cercado!

Escrito as 15:39 hrs., de 25/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

NA HORA EM QUE VOCÊ PARTIU


Através da espuma da cerveja
Que meu semblante lateja
Eu vejo você como se fosse
Tantas coisas boas de nós dois
Mas acontece que depois
Tudo que era bom acabou-se

Na hora em que você partiu
Foi quando nosso lar ruiu
Um romance que se desfez
Volta logo, me perdoa
Eu comprei uma canoa
Pra pagar no fim do mês

Venha, vamos navegar
Por favor tenta me perdoar
Te garanto, não vai doer
Precisa secar meu pranto
Sem tu não tem encanto
E é uma vida sem prazer!

Escrito as 14:16 hrs., de 26/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

ARCO IRIS DE VERÃO


Não mexer em nada
Deixa a mala arrumada
Vamos para a estação
Uma viajem longa de trem
Pois vamos desembarcar além
Do arco íris de verão

Fica perto do polo norte
Num chalé de bom porte
Faremos nossa parada
Eu e você companheira
Que outrora foi merendeira
Num colégio de beira estrada

Cidadezinha pequena
Teu belo nome é poema
Apesar dos teus cinquenta
Es a linda preta de barro
Que carrego no meu carro
E meu amor por ti aumenta!

Escrito as 13|:05 hrs., de 25/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 24 de maio de 2020

NAS ENTRANHAS DO PENSAMENTO


A noite fria e calma
A paz pernoita na alma
De alguém que sonha
Com a amada que não existe
A lágrima persiste
Molhando a fronha

E bebendo o amargo da solidão
Ai meu Deus que sensação
Da consciência leve e paz
Nas entranhas do pensamento
Em troca do sofrimento
Bom retorno nos traz

Então vamos em busca do sono
Para fugir ao abandono
E unir-nos aos anjos
Ouvindo o som das cornetas
E revirando as gavetas
Será que ainda existem banjos?

Escrito as 20:00 hrs., de 24/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A MULATA DO SAMBA


Renascendo poeticamente
A alma e o espirito sente
E o coração enobrece
É quando a cultura renasce
Num rodízio de alface
E aí a felicidade cresce

Vendo uma cabeça de repolho
Eu logo fico de olho
Naquelas pernas morena
Do carnaval de fevereiro
Sonhando o ano inteiro
E tudo acaba em poema

E um copo de chope fresco
Se o meu cabelo não é crespo
As unhas não são pintadas
Meu pensamento não se atrasa
A mulata mora na minha casa
Sendo uma das minhas namoradas!

Escrito as 18:32 hrs., de 24/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 23 de maio de 2020

A FOLHA DE EVA


Fomos embora pra mata
Eu mais a mulata
Que perdeu o vestido
E usa a folha de Eva
Então o destino nos leva
Meio que sem sentido

Sabe Deus nosso destino
Com saúde de menino
E Eva à fina flor
Agora somos selvagens
Tomara sem miragens
Mas tem cheiro de amor

Queremos sair da mata
Eu mais a mulata
Sem roupas quase pelados
Porem com saúde e sem dor
Obrigados a viver de amor
Mas desta vez sem pecados!

Escrito as 16:24 hrs., de 23/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O VENTO SACODE O VESTIDO


Vamos começar a farra
Então por favor me agarra
Me leva a um quarto escuro
Pode ser de luz acesa
Eu te desejo princesa
Sei lá qual nosso futuro

Se é que ainda existe futuro
Vivendo nesse mundo impuro
Sabemos que o risco é grande
Se queres que eu vá embora
Me despeço e saio agora
Porque a epidemia se expande

Mas o amor ainda pode
O vento forte sacode
O vestido da linda mulata
Deixa eu dar uma mão pra ela
Que não consegue abrir a cancela
Vou embora com ela pra mata!

Escrito as 15:19 hrs., de 23/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 22 de maio de 2020

BRANQUELA ARRETADA


Esse chá franco e frio
No momento em que você sorriu
Joguei a xicara fora
Em troca de um beijo seu
Meu corpo todo tremeu
Porque tu tem sabor de amora

Te quero sempre pela boca
Com esse seu jeito de louca
Louco fiquei eu com teu perfume
Eu vivo ao abandono
Sei lá se tu tens dono
Agora eu tenho é ciúme

Com esses olhinhos de safada
Minha branquela arretada
Judia de mim me abusa
Te amarei sem culpa nenhuma
Naquela banheira de espuma
Já pode ir tirando a blusa!

Escrito as 16:41 hrs., de 22/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

MOSCA TONTA


Não me deixe mais sozinho
Sem teu corpo e teu carinho
E teus beijos de tentação
Ou não respondo por mim
Porque não quero dar um fim
Na nossa inseparável relação

Eu te amo mais da conta
Ouviu sua mosca tonta
Minha boneca teteia
Porque já sei teu mapa de cor
Espero morrer ao teu redor
Aplaudido pela plateia

Mas se tu pisar na bola
Rebentar a corda da viola
Dizendo que está cansada
E se queixando de dor
Para não fazer amor
Querida tu estarás perdoada!

Escrito as 15:52 hrs., de 22/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

QUANDO PASSAR O CORONA


Vamos apinchar um poema
Na bela manhã serena
Quando o sol não apareceu
Hoje dormiu até mais tarde
O corona vírus encarde
E o mundo adoeceu

Porém não há de ser nada
Sexta feira está molhada
Bom para as flores no jardim
Um beijo pra você aí
Enquanto eu toco aqui
Não esqueça de mim

Porque a saudade é grande
A minha vontade se expande
De ir aí pra te abraçar
Por favor não me abandona
Que quando passar o corona
Eu quero muito te beijar!

Escrito as 10:38 hrs., de 22/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 21 de maio de 2020

A CHUVA CAINDO NO TELHADO



Hoje é noite sem luar
E a chuva a despencar
Ainda que mansamente
Sinto teu cheiro de gata
E porque é que me maltrata
Me ludibria e me mente

Se no fundo tu me amas
Mal se deita e já me chamas
Me tira do computador
A chuva caindo na telha
Me beija e me morde a orelha
E me pede pra fazer amor

No outro dia se manda
Por Amsterdã na Holanda
E eu largado em Lisboa
Vê se lembra de ligar
Irei por mares te buscar
Se não virar minha canoa!

Escrito as 20:54 hrs., de 2/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila


MINHA AMADA




Teus cabelos sobre os ombros
Mas você parece um escombro
De tão feia que és
Só que por dentro é uma beleza
E pode ter certeza
Que beijarei os teus pés

E porque não o corpo inteiro
E no momento derradeiro
Com a luz apagada
Te juro por este mundo
Que me jogo e vou fundo
Te deixarei escancarada

És para mim uma flor
Minha amada meu amor
Que me importa a feiura
Te quero num lugar qualquer
Deixa eu te possuir mulher
E envolver-me em sua ternura!

Escrito as 20:11 hrs., de 21/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

VENENO DE PAIXÃO


Recuperar o tempo perdido
Mais parar não tem sentido
Uma hora a gente chega
Vamos beber um cafezinho
Acompanhado de um salgadinho
Na companhia de você minha nega

De uma ilha caribenha
Por favor, venha
E sente-se aqui ao meu colo
Quero te devorar em cada beijos
Se não posso morrer de desejos
Podemos nos amar no solo

E depois te levo embora
Chupa que de amora
Vem sambar no meu quarto
Meu veneno de paixão
Te levo no meu avião
Amanhã cedinho eu parto!

Escrito as 14:01 hrs., de 21/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 20 de maio de 2020

BELAS FLORES SOBRE A MESA


Belas flores sobre a mesa
O tapete que lindeza
Retrato antigo na parede
Já amarelado do tempo
No momento bate o vento
E eu mato a minha sede

Num copo de coca cola
Já preparando minha viola
E uma letra ao teclado
Do velho computador
Inspirado em meu amor
Que mora do outro lado

Na bela ilha da paz
Quanta lembrança me traz
Porque o tempo longe passou
É no paraíso do mel
Onde atolei meu corcel
E ele nunca mais funcionou!

Escrito as 15:50 hrs., de 20/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

AS BORBULHAS DO AMOR


Agora são treze e trinta
Pega um pincel e pinta
Teu nome em minha cara
És uma artista de fé
Com meia taça de café
Sei que tua mão não para

Fostes feita para o pincel
Então monta no meu corcel
E vamos ganhar o mato
Lá na beira da cascata
Que fica no fundo da mata
E eu quero tirar retrato

Do teu jeito cavalgado
Eu vou logo te agarrando
Seja do jeito que for
Nua como vieste ao mundo
No teu lago mergulharei fundo
Tu sentirás as borbulhas do amor!

Escrito as 13:41 hrs., de 20/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

UMA CANÇÃO DE VIENA


Eu saio rodopiando no salão
E não pense que é um sambão
Será que alguém me ouve
A dança é uma arte
Eu acompanho Mosart
E o menino Betouven

Estou no mato averiguando
Enquanto o pássaro cantando
Eu com meu radinho de pilha
É num lugar bem grande
Onde a visão se expande
Do alto de uma coxilha

Mergulhado na solidão
O encanto dessa canção
Que me parece veio de Viena
Agora no mato eu bebo mel
E num pedaço de papel
Escrevo mais um poema!

Escrito as 10:45 hrs., de 20/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 19 de maio de 2020

QUERO SENTIR TEU CHEIRO


Uma terça feira tristonha
É quando a alma da gente sonha
Com o domingo que não chega
É a saudade do açoite
Estamos no café da noite
Por favor me passa a manteiga

O doce de leite e o queijo
E prepara a boca para um beijo
Que não aguento mais de vontade
Eu quero sentir seu cheiro
Em cima do colchão e o travesseiro
Meu amor minha felicidade

Esta noite tem luar
Então podemos nos amar
Na sacada do apartamento
Eu quero mergulhar na tua alma
Fazer amor com toda calma
No mais puro sentimento!

Escrito as 21:10 hrs., de 19/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

LINDA EVA


São quase quatro horas
Tirando os noves foras
Eu já estou no lucro
Pois Deus está comigo
Ele é muito meu amigo
Me convidou pra tomar um suco

Daquela maçã do pecado
Com os dedos no teclado
Confiante na inspiração
Tristeza pro o beleléu
Deus agora está no Céu
Abençoando minha paixão

Que tenho por linda Eva
Se eu tomo um gole de seva
Tento desviar do pecado
A Eva mora no meu coração
E ascende o estopim da paixão
Sei que por Deus estou perdoado!

Escrito as 16:04 hrs., de 19/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila


TE AMAR A LUZ DA LUA


Quando abristes a janela
Eu te vi tão bela
Como a claridade do luar
Já era quase madrugada
E com minha viola afinada
Eu comecei a cantar

Aquela música que tu gosta
Que quando ouve se encosta
Se oferecendo ao beijo
E se estou ao teu lado
Derreto de apaixonado
Violentado pelo desejo

Somos apenas amigo
Quando faço amor contigo
Na minha casa ou na sua
Fico imaginando o paraíso
Mas agora eu preciso
De te amar à luz da lua

Escrito as 14:56 hrs., de 19/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O RIO DO AMOR


Vou nadar no rio do amor
Chega de viver a dor
Da solidão do inferno
Este cafezinho quente
Dá uma expressão na gente
De mandar longe o inverno

Que por sinal inda nem chegou
O outono derrubou
Um pouco das folhas ao chão
Sentado à sombra do ipê
Estou esperando você
Meu querido lago da paixão

Num banco a direita do parque
Meu amor por favor marque
Aí nas folhas do seu caderno
Que o meu coração te chama
O cara que realmente te ama
É este boyzinho moderno!

Escrito as 13:05 hrs., de 19/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 18 de maio de 2020

TUDO VAI BEM


A coisa vai indo bem
Perspectivas vão além
Aplausos e foguetórios
Vejo luzes coloridas
E alamedas floridas
Por entre povos simplórios

Com desfiles de belezas
Poetas contando proezas
Até as ondas do mar são mansas
E pode-se gritar bem alto
Aqui não tem assalto
Apenas concurso de danças

E quantos beijos trocados
De casais apaixonados
Salve, salve a humanidade
Sem um só tiro de guerra
Vamos semear nesta terra
O amor e a prosperidade!

Escrito as 21:08 hrs., de 18/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

ESSÊNCIA DE FLORES


Boa tarde querida galera
Que saudade da primavera
A tua ausência é um inferno
Da tua essência de flores
Perfumando muitos amores
Primeiro temos o inverno

Que se quer nem chegou
Mas o tempo já esfriou
Quero teu aconchego prima
Queria sentir o meu amor
Por debaixo do cobertor
E com mais um edredom por cima

Dizem que o amor de primos é quente
Então que tua presença me esquente
Eu sei que tua paixão não é quimera
A saudade é o laçaço do açoite
E antes que chegue mais uma noite
Te quero em meus braços prima Vera!

Escrito as 17:22 hrs., de 18/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 17 de maio de 2020

UMA E TRINTA E DOIS


Agora são uma e trinta e dois
Escrevo um poema e depois
Volto a cama dormir
Pra sonhar um sonho sonhado
Eu o eterno namorado
Que pretende seguir

Pelo clarão da lua
Seguirei meus passos pela rua
Conduzindo o velho violão
E o meu cantar desafinado
Sou o seresteiro apaixonado
Mergulhado a solidão

A noite é minha companheira
A lua a eterna parceira
O mar me dá a inspiração
Vivo preso no baú da saudade
Procurando o ar da liberdade
Surfando nas ondas da ilusão!

Escrito as 01:44 hrs., de 18/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

DE TRAZ DA CORTINA


Sentado na minha poltrona
Tomando gotas de bela dona
Domingo as treze e cinquenta e três
Tentando uma inspiração
Para um momento de paixão
E foi quando o amor se fez

É que a bela Carolina
Sai de traz da cortina
A inspiração aparece
Com aquele corpo sedutor
Convidando para o amor
O resto a gente esquece

Isso a trinta anos passado
Quem estava ao meu lado
Hoje mora com Deus
O retrato dela na sala
Quando olho fico sem fala
Chorando os lamentos meus!

Escrito as 14:07 hrs., de 17/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

DEPOIS QUE A LUA CLAREAR


Um poema por favor
Desses que fale de amor
Para um domingo de manhã
Admirando o sol que brilha
E o pudim de baunilha
Com fatias de maçã

Ai como o trabalho me cansa
Enfrentando a maré mansa
O respingo de água que molha
Agente vive na luta
Tem mais a morena enxuta
Na janela que me olha

Eu sei lá o que ela quer
Belo exemplar de mulher
Parece uma atriz de novela
Depois que a lua clarear
Hoje à noite eu vou chegar
Pra ver se roubo um beijo dela!

Escrito as 11:29 hrs., de 17/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 15 de maio de 2020

UM CÁLICE DE CARINHO


Depois da dama do barzinho
Eu fiquei sozinho
Abandonado às traças
Com meu violão quebrado
E eu cantando desafinado
Pelos becos e praças

Em busca de um novo amor
Ainda sentindo a dor
Do punhal envenenado
Eu sei que ninguém me quer
Mas amo aquela mulher
Sou um ébrio apaixonado

Que não se cansa de dizer
Nunca tive melhor prazer
Nem um cálice de carinho
Ainda me sinto donzelo
Preciso de um par de chinelo
Nem que seja rasgadinho!

Escrito as 15:51 hrs., de 15/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 14 de maio de 2020

A DONA DO BARZINHO


O frio desceu da cerra
Congelando a Terra
E aquecendo meu coração
Que saltita numa dança
E já mais se cansa
Mergulhado na emoção

Pela dama do barzinho
Que pisa de vagarinho
Na minha esperança
Eu me perfumo de talco
Enquanto a banda toca no palco
Eu caio da dança

No embalo da caipirinha
Aquela mulher da blusinha
Provocante e decotada
Eu não me incomodo
Pela loira sem modo
Como o luar da madrugada!

Escrito as 20:27 hrs.,de 14/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A MULATA E O VIOLÃO


Voltando pra cidade plena
Quando a alma não é pequena
Uma saudade antiga
Dos tempos das serenatas
Com as loiras e as mulatas
Usando de uma cantiga

Milagrosa e atraente
O que juntava de gente
A dançar e aplaudir
E ainda por cima pedir bis
Era um mundo feliz
E eu quero repetir

Com o meu velho vilão
Cantando a mesma canção
Que encantou a mulata
Quero pegá-la pela mão
Levando nas costas o violão
Pra morar nas entranhas da mata!

Escrito as 16:37 hrs. De 14/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

RAFAELA


Estatelei no asfalto
Caindo lá do alto
Coisa linda de se ver
Eu de asa quebrada
Esparramei-me na estrada
Mas foi um imenso prazer

Sacudi o pó e levantei
E rapidamente montei
A minha bengala de pau
E fui na direção da cidade
Tive a imensa felicidade
De comer um prato de mingau

Servido pela donzela
Chegando bati a portela
E me deitei pra descansar
Sonhei com a dita donzela
Que se chama Rafaela
Agora volto a dormir e sonhar!

Escrito as 15:51 hrs., de 14/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 13 de maio de 2020

LOIRA COR DO LUAR




Eu preciso te dizer
O que vai acontecer
Quando tu chegar em casa
Pisando o tapete vermelho
Direta frente ao espelho
Então por favor não se atrasa

Dei folga à empregada
Nossa cama tá arrumada
Com lenções de seda pura
Os vasos cheio de flores
Nosso quarto enfeitado em cores
Quero teus beijos de doçura

O resto não interessa
Por favor venha de pressa
Coração pode estourar
Já desliguei a tevê
Hoje só quero você
Minha loira cor do luar!

Escrito as 20:34 hrs., de 13/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

A FUNÇÃO DAS LETRAS


As letras sendo tramadas
E as poesias rimadas
Em total coordenação
A gente fala de flor
Sita e incita o amor
E ascende o pavio da paixão

Mas que coisa bem linda
Uma beldade desfilando na berlinda
Pisando um coração sem dono
E haja lágrimas pra chorar
Porque não adianta reclamar
Tem que morrer ao abandono

Ou enfrentar o desafio
A noite inteira passando frio
Não há edredom que esquente
A não ser uma morena arretada
Ou uma loira oxigenada
Ou até uma de cada lado da gente!

Escrito as 15:49 hrs., de 13/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

GALÁXIA BARRENTA


Essa vida é complicada
Numa estrada embarrada
Nessa galáxia estranha
O sol já nem enxergo mais
A muito que ficou pra trais
A curiosidade me ganha

Quero descobrir novos mundos
Buracos de ozônios profundos
Em busca de novas vidas
Enredar-me em novas teias
As mulheres da terra são feias
Quero conhecer umas mais lindas

A minha já passou do ponto
Eu fico tonto
Só de olhar a megera
Mesmo assim a amo tanto
Fui pego pelo encanto
Em certa noite de primavera!

Escrito as 13:27 hrs., de 13/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

OLHANDO AS ÁGUAS DO GUAÍBA


No momento que agora
É exatamente a hora
De começar a escriba
Ao descer a chuva de cima
Noto que a vida me fascina
Olhando as águas do Guaíba

É duma visão que segue
Ver as paisagens de Porto Alegre
Arranha céus da Borges de Medeiros
Minha deslumbrante capital
Vista no cenário mundial
Obra dos açorianos altaneiros

Antigo Porto dos Casais
Porto Alegre é algo mais
Quintana e Elis Regina
Grêmio e Internacional
Uma cidade monumental
Que deslumbra a região sulina!

Escrito as 10:00 hrs., em ponto do dia 13/05/2020
Por Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 12 de maio de 2020

EU NÃO QUERO


Eu não quero saber de problemas
Minha vida é feita de poemas
A situação não tá fácil não
Essa nave balança mais não cai
Aquela nuvem que da frente não sai
Se essa geringonça se esborracha no chão

É capaz de não sobrar nada
Parece que uma asa está quebrada
E deu pane no motor
Estamos a muitas milhas do chão
Deus salve o nosso avião
Que ainda quero ver o meu amor

A espera de mim no aeroporto
Quero me deliciar no conforto
Dos braços da beldade
Se eu não morrer desta vez
Eu juro que até o fim do mês
Estarei de volta a felicidade!

Escrito as 20:15 hrs., de 12/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

OS OLHOS DO NADA


Por onde andam os olhos do nada
Numa tarde de chuvarada
Na estalagem da poesia
Onde a plateia se encanta
Porque a voz da cultura se levanta
E desperta a sabedoria

Dos que têm inspiração
E até o terno violão
Se levanta dali do canto
A soprano chama o tenor
Que parece que o amor
Descamba pro encanto

É uma roda de poesia
Com o varal da utopia
Na plateia delirante
E o cantor da opereta
Tira da mente a letra
Não há quem não se encante!

Escrito as 14:38 hrs., de 12/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 11 de maio de 2020

O REI DA NAÇÃO


É a chuva que não chega
Por favor me passa a manteiga
Agora são quinze e quarenta e um
Esta vida de quarentena
A não ser fazer poema
Agora me passa o atum

E também o café com leite
Não quero bandeja de enfeite
Mas sim delícias a vontade
Se sou o rei dessa nação
Pode destrancar o portão
Pra que o vento da liberdade

Refresque meu lindo país
Me sentirei mais feliz
Dando atenção à pobreza
Agora me passa o queijo
Meu amor me dê um beijo
Ser rei é a maior riqueza!

Escrito as 15:50 hrs., de 11/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

O PORTEIRO JOSÉ NICÁCIO


No café das duas e meia
A bandeja super cheia
Pousa em cima da mesa
Toda de delicias recheadas
Com bolachas amanteigadas
Isso é na casa da nobreza

Sobre a toalha azul que apreciam
Onde os nobres se deliciam
Estão os reis e as rainhas
Os lordes e os barões
Rodam os largos vestidões
Que cobrem as princesinhas

Eu o porteiro do palácio
Me chamo José Nicácio
A portaria é toda minha
Trabalho mudo e sem fala
Acompanho à entrada da sala
Segurando o rabo do vestido da rainha!

Escrito as 14:43 hrs., de 11/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila


OS OLHOS DA UTOPIA


A verdadeira e bela poesia
É a que desfila na utopia
Da passarela da ilusão
E usa perfume francês
Sou eu que pago no fim do mês
Quem manda ser escravo da paixão

A reboque de um rabo de saia
Que vive torcendo que caia
Quero a em pelo à minha frente
Isso é coisa que não tem preço
Até nem sei se mereço
Quem manda ter nascido gente

E o meu fraco é poesia
E a dos olhos da utopia
Faz-me incendiar ao torpor
Quem manda ter o corpo da tentação
E desfilar com os pés em meu coração
Essa é a verdadeira poesia de amor!

Escrito as 10:20 hrs., de 11/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

OS OLHOS AZUIS DO IATE


Os olhos azuis do mar
Como se estivesse a sonhar
A bordo daquele iate
Passando creme na face
Outra princesa não nasce
Depois foi pro esmalte

E eu a me lascar ao leme
Aquele barco treme
Quando numa onda perversa
E ela me beija a cara
Mas aquela onda não para
Mas ela quer conversa

Passando as mãos no meu peito
Senta ao colo com jeito
E vai mexer onde não deve
Ali eu não posso não
Depois que passar a onda então
Mas que seja breve!

Escrito as 09:11 hrs., de 11/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 10 de maio de 2020

JANTAR NO BARCO AZUL


É bem na hora da bocada
Que talvez a bem amada
Sinta a sensação do beijo
O frio manda o açoite
E o jantar tarde da noite
Um prato a base de queijo

A bordo do barco azul
Ancorado no lado sul
Da Ilha do Bom Prazer
Lagosta com casca e tudo
Um ensopado de cascudo
E assim sem perceber

Entre uma mordida e outra
Vem na casca da ostra
A pérola do sarcasmo
A penetração carnal
Então já bem no final
Acontece o duplo orgasmo!

Escrito as 22:12 hrs., de 10/05/2020 por
Nelson Ricardo Ávila