Sigo aqui no meu andar
violão nas costas ao luar
por esse mundo sem fim
passando sede e passando fome
já nem lembro meu próprio nome
apenas do último gole de gim
também meu último porre
nas veias do meu corpo corre
a mania de poetar e cantar
ouvindo o canto dos pardais
a mulher não me aguentou mais
sou um teatino a perambular
ainda na flor da idade
a procura da felicidade
nem sei se ela realmente existe
deixei o carnaval do Rio de Janeiro
queria parar de ser violeiro
mas o abito ainda persiste!
escrito as 17:04 hrs., de 06/08/2021 por
Vainer de Ávila
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