Levanta o astral meu rapaz
se não tu és capaz
de cair de bico na ribanceira
o rapaz de que falo sou eu
nem sabe como doeu
quando me estatelei na poeira
a coisa não anda boa não
ando fazendo alusão
de ir embora para a Europa
pros arredores de Florença
sou um pobre coração que pensa
que viver bebendo na copa
é como se estivesse na igreja
um bom licor de cereja
ou um destilado de cana
para afogar as mágoas da solidão
por um amor que virou paixão
depois tudo acabou num drama
ao afogar das águas no mar
com a sereia na areia a se bronzear
a sereia engolida pelo tubarão
a água de coco não bebo mais
eu vou e jogar pedras nos vitrais
da igreja de Santo Antônio e São João!
escrito as 15:39 hrs., de 18/10/2021 por
Nelson Ricardo Ávila
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