quinta-feira, 14 de outubro de 2021

PALAVRAS DA DEPRESSÃO

Esfreguei e esfreguei o chão depois cortei o pão para o café das cinco pensei, o que virá pela frente se der uma enchente alaga meu barraco de zinco numa favela em Porto Alegre é vida que segue levando tudo numa boa acabei vindo para a praia queria cair na gandaia em Capão da Canoa no bairro do fim do mundo neste barraco imundo o que se há de fazer numa jornada tão dura comendo pão com rapadura não vejo nenhum prazer! escrito as 17:121 hrs., de 14/10/2021 por Nelson Ricardo Ávila

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