AS VELAS DO AMOR

Vai começar em fim
Sinto um aroma de jasmim
No ar deste meu ambiente
Vou encher uma xícara de chá
Larga tudo aí e vem pra cá
E encaixa na sua mente

De que o amor existe
E ele chega e insiste
Implora pra ser aceito
Já dei brilho no espelho
E estendi tapete vermelho
Pra você desfilar do seu jeito

Como é do seu costume
Embriaga-me com teu perfume
Que nesse sonho eu vou fundo
Enfeitei o quarto com flor
Vou ascender as velas do amor
Pra noite mais bela do mundo!

Escrito as 19:09 hrs., de 21/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A DANADA DA VERINHA

Por onde é que eu começo então
Ai que saudades do verão
Mas também da Verinha
Com aquela flor no cabelo
A quem faço o meu apelo
Volta pra mim danadinha

Foi lá para o Rio de Janeiro
Desfilar no carnaval de fevereiro
E não voltou mais pra casa
Porque é que você sumiu
E não vem aquecer-me do frio
Já fiz fogo e tem brasa

Na lareira da varanda
Pega o celular e me manda
Alguma mensagem de amor
Larga um pouco esse Rio
E vem me aquecer desse frio
Preciso tanto do teu calor!

Escrito as 07:32 hrs., de21/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A MORENA DO BARRACO DE ZINCO

Depois de um beijo
Um pedaço de queijo
Lambuzado no mel
Xícara de chá de amora
Eu pergunto, e agora
Vou ligar o meu corcel

Dos anos setenta e cinco
Da porta do barraco de zinco
Sai e morena lábios de cereja
Num vestidinho colado ao corpo
Desmaio quase morto
Quando ela chega e me beija

Que loucura que calor
Casal sedento de amor
E eu acelero o corcel
Indo pra fora da cidade
Em busca da felicidade
numa suíte de motel!

Escrito as 16:43 hrs., de 20/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

OS RAIOS NEGROS DA NOITE

Os raios negros da noite caindo
É mais um sábado findo
Que por sinal muito molhado
Hoje o sol não apareceu
Então o dia entristeceu
E eu mexendo no teclado

Deste nobre computador
Mandar uma nota ao meu amor
Pelas vias do facebook
Pra dizer que a amo ainda
E que nosso amor não finda
Pra ser feliz não tem truque

Espere que esta noite vai ter
A vela há de derreter
Na cabeceira de nossa cama
Que ascendam-se os castiçais
Nos amamos cada vez mais
Venha que a paixão nos chama!

Escrito as 18:01 hrs., de 19/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NO TAPETE FELPUDO

Meu amor estou chegando
Alegremente assobiando
E essa alegria se expande
Por esse mundo andei
Até parece que ganhei
Tirando a sorte grande

Tudo isso por você
Que fica vendo teve
E as vezes esquece de amar
Então que eu te cutuco
Mostrando que estou maluco
E dou corda pra despertar

E aí tudo recomeça
Vamos então pra outra peça
Que tem tapete felpudo
E almofadas pelo chão
Explode o amor e a paixão
E acontece de tudo!

Escrito as 15:41 hrs., de 19/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

ADEUS AS ILUSÕES

Rolando a novela da noite
Sentindo o maldito açoite
Do frio que em fim se fez
Cheguei meio tarde em casa
Eu sou um pássaro sem asa
Esperando o fim do mês

Quem sabe, dim dim na conta
Porque o bom senso aponta
Tanta conta pra pagar
Já estou ficando louco
Porque o dinheiro é pouco
Não dá nem pra sonhar

Numa viajem alem mar
Eu quero é mesmo ficar
Manipulando corações
Quem sabe a felicidade pisca pra mim
E minha vida vira um jardim
E eu canto, adeus as ilusões!

Escrito as 18:55 hrs., de 18/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

PECADO A FINA FLOR

Teclando e vendo novela
Sinto que a vida é bela
Enquanto dure a vida
Copos de folhas de celulose
Garçom sirva-me de uma dose
De uma certa bebida

Que eu quero ficar de porre
Querido Deus me socorre
Da maldita tentação
Pela vizinha da esquina
Ainda com idade de menina
Meu pedaço de ilusão

Um pecado à fina flor
Bendita tentação de amor
E agora o que é que eu faço
Penso que não tem jeito
Eu vou empinar o peito
E me apoderar do pedaço!

Escrito as 19: hrs., de em ponto de 17/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A MELODIA DO MUNDO

E eu mergulho ao fundo
Da melodia do mundo
Em busca do bom prazer
Vou na alma da inspiração
Um poema é uma canção
Que agora quero trazer

Ao conhecimento geral
Pela luz flutuante mundial
Na nave do bom conhecimento
Pra mostrar que tenho vontade
De sorver o vento da liberdade
Sem tristeza e sem lamento

E assim mostro o que penso
Que se usando o bom senso
Sempre-se acha uma saída
Ouvindo a vós do universo
Eu encerro mais um verso
No bom astral da minha vida!

Escrito as 08:14 hrs., de 17/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

LOBA LÁBIOS DE MEL

Barquinho folha de papel
Condução que não tem tropel
Flutuando suavemente n’água
Lá vou eu no barco imaginário
Registrando tudo no meu diário
Na mala não carrego mágoa

Mas orgulho de ser feliz
Letras que o coração diz
Que nasci pra ser amado
No mundo da imaginação
Caí na rede da paixão
E acabo de ser devorado

Pela loba lábios de mel
Dona do barquinho de papel
Doce chá de flores de anis
Eu que sou o lobo das cavernas
Fui pego numa chave de pernas
Pergunto se tenho culpa de ser feliz?

Escrito as 21:05 hrs., de 16/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A EXPLORAÇÃO DOS CONVEXOS

Misturar o meu bombom
Com manchas do seu batom
Num beijo quente de amor
Com água fresca da fonte
Se estou errado, aponte
Qual o local da sua dor

Que quero te massagear
E levemente tocar
Com a ponta dos meus dedos
Nos seus sensíveis locais
Talvez no ninho dos pardais
Onde estão aqueles segredos

Do interesse de nós dois
Terminando a massagem depois
Inventaremos outra coisa pra fazer
A exploração dos convexos
Numa confluência de sexos
Que nos proporcione prazer!

Escrito as 17:37 hrs., de 16/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

TOCAR O BARCO SOZINHO

Já não sei o que fazer
Nesse papel escrever
Palavras de fundamentos
Pra convencer aquela
Que considero a mais bela
Que me provoca sentimentos

O tempo girando a roda
E eu meio fora de moda
Já perdendo o entusiasmo
Você parece miragem
Não adianta mandar mensagem
Só respondes com sarcasmo

Vou ter que dar por perdida
A mulher da minha vida
E tocar o barco sozinho
Na minha triste solidão
Sem amor e sem paixão
Na ausência do teu carinho!

Escrito as 09:05 hrs., de 16/05/2018 por
Nelson Ricardo

ANTES QUE CHEGUE A PRIMAVERA

Com os nervos a flor da pele
Por favor, não me rele
Que estou a ponto de estourar
Entristeço quando penso
Alcance-me daí esse lenço
Que eu acho que vou chorar

O tanto que tu magoou
Pois eu agora vou
É cair na gandaia
Antes que chegue a primavera
E a vontade não espera
Eu quero um rabo de saia

Que me entenda por favor
Que queira falar de amor
E as coisas do coração
Que me provoque desejos
Para a troca de milhões de beijos
E ascenda o estopim da paixão!

Escrito as 17:05 hrs., de 15/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NO BALANÇO DO NAVIO

Quando tudo ta por um fio
O jeito é embarcar num navio
Quando nada dá certo
E a urucubaca invade
O negócio é chutar o balde
Mas ficar sempre esperto

E o navio balança pra lá
E depois balança pra cá
No pavor da tempestade
Ai então eu oro pra Deus
De acordo com os sentimentos meus
Pedindo a paz e a liberdade

Quero chegar são e salvo
Que já estou ficando calvo
Minha namorada me espera
Com toda a imensa platéia
De chegar na terra européia
Ainda antes da primavera!

Escrito as 15:43 hrs., de 15/05/208 por
Nelson Ricardo Ávila

O CHEIRINHO DA PIPOCA

A coisa vai andando
E eu fico pensando
Será que estou certo
Ou no caminho errado
Vivo um pouco atrapalhado
Mas quero estar sempre por perto

De quem dá-me a atenção
Sou escravo da paixão
Pela morena que me toca
O que eu falo por favor, marque
Vamos passear de carro, embarque
Sentiremos o cheirinho da pipoca

Lá no Parque da Redenção
Ouvir o pulsar do seu coração
Que eu sinto cá no meu peito
Nas ruas de Porto eu corro
Se perder-te eu sei que morro
De amor que não tem jeito!

Escrito as 18:57 hrs., de 14/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

SOU UM SERESTEIRO DA NOITE

O tempo vai girando
E meus cabelos branqueando
E eu pergunto; o que que é isso
Queria ficar eterno
Já risquei o meu caderno
Não quero nada de compromisso

Não vim aqui a trabalho
Apenas quebrar o galho
Ou então fazer turismo
Sou imune a exploração
Tanto no inverno como no verão
Não conheço pessimismo

E poupe-me de seu açoite
Sou um seresteiro da noite
Do violão e do pandeiro
O meu negócio é namorar
Alegremente esperar
O carnaval de fevereiro!

Escrito as 17:33 hrs., de 11/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

SOL MORENA

Abriu-se um sol encantador
Que chegou distribuindo amor
E semeando os raios da igualdade
Logo a noite veio a lua
E eu saí pra dançar na rua
Explodindo em felicidade

Porque era o dia do meu casamento
Uma explosão de encantamento
Da noiva que chegava pra mim
A câmara no alto da grua
Mostrou-me o rosto da lua
Não era começo nem fim

Dependurada na ponta de um anzol
Estava escrito o nome de Sol
Minha legitima e eterna namorada
Chegando na hora devida
Pra sempre a luz da minha vida
Sol morena linda e deslumbrada!

Escrito as 15:08 hrs., de 11/05/218 por
Nelson Ricardo Ávila

O PERFUME DE TUA FLOR

Assombro-me com teus beijos
Se não compras os meus queijos
Não comprarei teu sorriso
Precisamos de dinheiro
E eu do teu corpo inteiro
E a serpente bate o guizo

Falando que é pecado
Estou dando-te o recado
Que pecado é não desfrutar
Das coisas belas da vida
E tu sempre amada e querida
Faça o favor de me escutar

Os meus deuses são sábios
Mandam-me beijar teus lábios
E sentir o perfume de tua flor
E te digo ainda
Não mandei nascer tão linda
A flor mais pura do amor!

Escrito as 09:57 hrs., de 11/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

ENCONTRO FURTIVO

Pois então eu sei que te conheço
Também sei que não te mereço
Mas eu queria apenas um beijinho
Assim num encontro furtivo
No sistema indígena primitivo
Sempre sonho com teu carinho

Depois que cheguei do exterior
Minhas intenções são todas de amor
Quando te vi daquele jeitinho
Sorriso alegre no canto da boca
Minha alma saltitou de tão louca
Mas eu continuo sozinho

Dia e noite fazendo poema
Para uma determinada morena
E agora estou te cantando
Ao tinir dos cristais
Pedirei tua mão aos teus pais
É com isso que vivo sonhando!

Escrito as 00:25 hrs., de 11/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

AUSENTE DE TI

Ausente de ti
Porem agora estou aqui
Na frente da teve
Assistindo músicas de retretas
E escrevendo com todas as letras
Pra dizer que eu amo você

E que o amor que sinto
Falo a verdade não minto
Ele nasceu pra ser eterno
E eu tenho plena certeza
Que nosso amor é uma beleza
Desde o útero materno

Embarca aqui nesse navio
Vamos deixar esse rio
Na direção do imenso mar
Eu vejo que seu olho brilha
Vamos viver uma ilha
Esquecer de tudo e namorar!

Escrito as 18:57 hrs., de 10/11/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

RIOS DE AMOR E PAIXÃO

Que coisa mais relaxante
Olhar uma pedra de diamante
Ouvindo músicas com passarinhos
Pio pio pra cá pio pio pra lá
E eu fico do lado de cá
Mexendo com meus dedinhos

Num teclado de computador
Pensando no meu grande amor
Que foi um dia e não voltou
É uma saudade que se expande
Pensamentos ande por ande
Coração quase parou

Sei que ela não volta mais
E que ao tinir dos cristais
Ajoelho-me e peço perdão
Pelos beijos que não lhe dei
Saudades no peito guardei
Rios de amor e de paixão!

Escrito as 17:48 hrs., de 09/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

PORTO ALEGRE DE MARIO QUINTANA

Andei por de mais à pé
Em cada esquina um café
Restaurantes e bares
Com mesinhas na calçada
Da Rua da Praia sempre lotada
Belos pássaros pelos ares

O arzinho fresco e bons ventos
Porto Alegre dos velhos tempos
Praça Quinze, Borges e mercado
Andei bem mais de um quilômetro
Até a Usina do Gasômetro
E o por do sol encantado

Do Rio Guaíba da saudade
Ai meu Deus que felicidade
Porto Alegre de Mario Quintana
Falo com orgulho profundo
Considero o melhor lugar do mundo
A bela capital que a gente ama!

Escrito as 18:16 hrs., de 08/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

UM PÁSSARO POETA

Lá vai o pássaro que voa
Estou pensando a toa
Que aquele pássaro sou eu
Eu vôo nas asas dele
Porque estou sempre com ele
No destino que Deus me deu

Eu sou o pássaro que passa
Quero pousar numa praça
Que tenha uma enorme platéia
Transfigurar-me em pessoa
Recitar versos numa boa
Com inspiração de minha idéia

Eu sou um pássaro poeta
Voador de aza delta
Pousarei no teu coração
Quero aliviar a tua dor
Aprendi te chamar de amor
Porque meu nome é paixão!

Escrito as 14:03 hrs., de 08/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

QUANDO ELA DESCEU A RAMPA

O meu olho turvava
Quando aquele navio cruzava
A ponta do arpoador
Eu vi a moça na janela
Por Deus que reconheci a bela
Era a deusa meu grande amor

Que vinha vindo pra ficar
E na hora de atracar
A beira quase que caio
Quando ela desceu a rampa
Toda vestida na estampa
No calor de mês de maio

Chegando então de Paris
O momento mais feliz
O ponto alto da felicidade
De um encontro pra ficar
Pra gente poder se amar
Em fim para a eternidade!

Escrito as 14:53 hrs., de 07/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

SORRISO TERNO DE AMOR

Manhã mui calma e serena
Quando brota da alma o poema
Que coisa muito louca
Depois de noitada e meia de amor
Na praia com muito calor
Mandando beijos na boca

Porque namorar e preciso
Sem perder o juízo
E se perder que seja um pouquinho
É que a vontade lateja
A gente abraça de novo e beija
Estar sonhando sozinho

Um belo sono na madrugada
Sorriso terno da namorada
Que acorda beijando e diz
É do teu amor que eu preciso
Não importa se perco o juízo
O importante é que estou feliz

Escrito as 08:52 hrs., de 07/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

COMO UMA PANDORGA AO VENTO

De noite me rolo na cama
Acontece que o sono não me chama
E eu fico mergulhado na insônia
Vagando e viajando no tempo
Como uma pandorga ao vento
Que vem da Amazônia

Então levanto para escrever
Não sei se quero esquecer
Ou então que quero lembrar
E fico com meu rádio ligado
Mexendo nas teclas do teclado
E então um poema criar

Eu não sou improvisador
Considero-me um escritor
Que gosta de brincar com letras
Aí vem o sono e fico tonto
E depois do poema pronto
Eu guardo no fundo das gavetas!

Escrito as 22:00 hrs., em ponto de 06/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A REPÓRTER DE CAMPO

De vagar com a poesia
Evitando correria
Mas pelo amor de Deus
Vê se não para
Bota sangue na cara
Não brinca com os brios meus

Flamengo e Internacional
Jogando no monumental
Estádio do Maracanã
Intervalo em zero a zero
Esse placar eu não quero
Vou comer uma maçã

Enquanto a noite não chega
Daqui a pouco pão com manteiga
E queijo com mortadela
Depois de um pacote de pipoca
A repórter de campo carioca
Ai meu Deus como é tão bela!

Escrito as 17?04 hrs., de 06/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

EM NOME DO NOSSO AMOR

Sinto saudades dos teus cabelos
Aqui, envio-te os meus apelos
Que voltes, pois quero rever
O teu corpo lindo e sedutor
Será que ainda posso chamar de amor
Quem deu-me tanto prazer

Que em troca dei-te carinhos
Duzentos milhões de beijinhos
Mas você deu pau em mim
E nosso romance silenciou
Estou certo que nada acabou
Não existe a palavra fim

Busco-te onde estiver
Porque você é a mulher
Feita sob encomenda
Aqui é o teu lugar
Faça o favor de voltar
Em nome do nosso amor, entenda!

Escrito as 20:28 hrs., de 05/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

FOTO DESBOTADA

Novamente cheguei cansado
Atirei-me estatelado
No catre onde durmo
Joguei a roupa ao chão
Depois de vestir o calção
Livrando-me do coturno

Que foi herança do quartel
Que na época eu colhia mel
Nas abelheiras da caserna
Isso à cinqüenta anos a traz
Pois a lembrança me traz
De pegar água na cisterna

Eu vim aqui falar de amor
Sinto no peito uma dor
Da saudade que sinto dela
Que foi embora e me deixou
Até sua foto desbotou
Minha amada era tão bela

Escrito as 17:26 hrs., de 05/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NUM BARZINHO DO BOM FIM

Acabei de chegar do Bom fim
Foi mais ou menos bom pra mim
Bairro famoso de Porto Alegre
Estamos já no adiantado da hora
Noite escura lá fora
E eis o texto que segue

Um calor verdadeiro açoite
Num barzinho desses da noite
Comendo pitza com refrigerante
Um jardim florido de mulher bonita
Sexta feira o povo se agita
Aqui na capital fulgurante

Porto Alegre que conheço bem
Tudo que se imagina tem
O que eu mais gosto é de mulheres
De preferência pra paquerar
Dá um banquete pra gente jantar
Pra mais de seiscentos talheres!

Escrito as 23:45 hrs., de 04/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

BOÊMIO VAGABUNDO

Ai que saudade do meu mundo
Sou boêmio vagabundo
Morador do olho da rua
O fim de semana que chega
Vou dar de mão na minha nega
Pra bailar ao sabor da lua

Sou vinho verde português
Recebo por todo o mês
O meu salário de fome
Queimo tudo na cachaça
De repente o tempo passa
E eu esqueço até do meu nome

Sou um poeta seresteiro
Dos carnavais de fevereiro
Trabalhar não é o meu forte
Mas eu nunca me atrapalho
Na carpeta de baralho
Eu sempre conto com a sorte!

Escrito as 18:33 hrs., de 04/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O TEMPO PASSA DE PRESSA

É claro que estou entendendo
Que todo mundo estava vendo
Como eu a novela das nove
Numa noite tão calma
A emoção vem do fundo da alma
Ta nublado mas não chove

Amanhã é sexta feira
Lá se foi a semana inteira
Mais um fim de semana chegando
O tempo passa tão de pressa
Que mal ele começa
Daqui a pouco já está terminando

Vem aí a copa do mundo
Tenho o maior orgulho profundo
Pela nossa seleção
E para o bem do nosso Brasil
Amada pátria mãe gentil
Vamos votar certo na eleição!

Escrito as 22:51 hrs., de 03/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

ESSA MORENA É UM SONHO

A novela está boa
Mas o tempo não é a toa
E precisa ser bem empregado
Por isso desliguei tudo
O ambiente ficou mudo
E agora com o computador ligado

O que é o que vou fazer
Eu irei escrever
Mais um bendito poema
Homenageando quem
Esse alguém
É mais uma morena

A moça que veio de fora
E então agora
Já dei a partida
O meu intento é medonho
Essa morena é um sonho
Que faz parte da minha vida!

Escrito as 19:47 hrs., de 03/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

VENENO FEITICEIRO

Você com esse corpo traiçoeiro
Nua como um veneno feiticeiro
Que me deixa bêbado de desejos
Fala que quer acabar comigo
Põe-me nesse alçapão de castigo
Depois de uma noite de beijos

E na sequência depois
Tudo é segredo de nós dois
Agora vejo-te pelo espelho
Retocando a maquiagem
Foi utopia ou foi miragem
Estendo o tapete vermelho

Pra te esperar novamente
Quero inundar-te da semente
Que enche o mundo em flor
Ao amadurecer do coração
Capaz de queimar de paixão
Com as gotas quentes do amor!

Escrito as 03/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

BELAS CURVAS SEDUTORAS

A gata que arranha meu corpo
Dando-me um certo desconforto
Com suas unhas compridas
Os meus pobres olhos turvas
E eu me perco nas belas curvas
De tantas estradas coloridas

Parece um mapa rodoviário
Registro no meu diário
Os acontecimentos de nós dois
No fofo colchão de espuma
Amando sem culpa nenhuma
A preguiça e o sono depois

Nos faz desfalecer abraçados
Depois dos atos consumados
O que vale mesmo é o sentimento
Conforme a razão condiz
Num viver terno e feliz
Esperando a lua noite a dentro!

Escrito as 13:20 hrs., de 03/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

VAMOS ANDAR DE BELINA

E aí, como vai menina
Vamos andar de Belina
Uma volta pela cidade
Desliga um pouco essa tevê
Estou com saudades de você
Do seu ar de suavidade

A sua falta me derruba
Desde que chegamos de Aruba
Minha vida não tem sentido
Estou indo te ver agora
Apesar da chuva lá fora
Eu ando sempre prevenido

Com guarda chuva e capa
Vamos pular essa etapa
Porque a saudade é um terror
É tão bom dormir juntinhos
Nós dois bem abraçadinhos
Sentir seu corpo quente de amor!

Escrito as 19:46 hrs., de 01/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

UMA ONÇA NO CIO

Que coisa boa que coisa louca
É de dar água na boca
Quando vejo essa danada
Se rolando na cama
Dengosa e sorrido me chama
Completamente pelada

Numa tarde de feriado
E eu um pouco atrasado
A bordo de um avião
Vinha vindo da Amazônia
A mal dita da insônia
E a menos mal dita solidão

Ao chegar em casa cansado
Me deu um trato caprichado
Gemendo sem sentir dor
Que até me dava arrepio
Verdadeira onça no cio
Uma noite inteira de amor!

Escrito as 17:02 hrs., de 01/05/2018 por
Nelson Ricardo Ávila