POETA FALASTRÃO

Coisa mais cheirosa
Comida gostosa
E novela das sete
Tá sentindo o cheiro?
Não gosta do meu tempero
Por favor não se mete

Eu sirvo vianda pra fora
Pode pedir a qualquer hora
Ensopado de presunto
Feito com ervas finas
Onde todas as meninas
Só falam nesse assunto

Com a televisão desligada
Agora deu uma refrescada
Porque em fim choveu
Eu sou poeta falastrão
E um ator canastrão
Que a mídia de mim esqueceu!

Escrito as 20:36 hrs., de 31/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O PLANETA SAUDADE

Ladainhas a parte
Que desça em mim a arte
Da escrita no computador
Que ligarei as turbinas
Para voar por sobre as colinas
Para ir visitar meu amor

Nas galáxias seguintes
Pois com todos os requintes
Do meu jeito de pilotar
Para o planeta saudade
Porque minha felicidade
Está no encontrar

A mulher que tanto amo
Que todos os dias chamo
Do lugar de onde estejas
Você é simplesmente uma flor
Em sonhos te faço amor
E com sorrisos tu me beijas

Escrito as 11:02 hrs., de 31/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A MALVADA DOS MEUS SONHOS

Sem inspiração
Com esse calorão
E sem ar condicionado
Haja ventilador
Mas, seja lá como for
O meu poema sai rimado

Eu desafino de quando em quando
Ligo o celular e mando
Uma mensagem pra malvada
Que mora por de traz do mundo
Porque sem ela eu afundo
Nessa lama da minha estrada

Cheia de cacos e espinhos
Sou amigo dos passarinhos
Mas toda a paz eu proponho
Marcar um encontro com ela
Pois a malvada é tão bela
E faz parte do meu sonho!

Escrito as 22:10 hrs., de 28/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O POETA DA PRAÇA

Vou escrever mais uma
Em suma
Inspiração à mil
Dinheiro nem pensar
Uma seresta no ar
Bebo no meu cantil

O liquido da esperança
O meu tempo de criança
Já passou faz tempo
Vou seguindo beira estrada
Com a carcaça quebrada
Cambaleando de contra o vento

Sem ter nada a perder
Cada dia a derreter
Na essência do calor
Quarenta graus sem fumaça
Eu sou o poeta da praça
Sempre declamando o amor!

Escrito as 19:16 hrs., de 28/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

BEIRANDO AOS QUARENTA

Em casa descansando
Enquanto isso teclando
Os botões pretos do computador
Desse jeito a coisa vai
Retornado do Uruguai
Pra derreter nesse calor

Porto Alegre beirando os quarenta
Não tem ar porque não venta
A coisa tá ficando preta
Que saudades do inverno
Isso aqui está um inferno
O caldeirão do capeta

Não é nada romântico
Ir para a beira do Atlântico
A melhor coisa à fazer
Hoje à noite inda tem jogo
Se não apagarem o fogo
O Guaíba pode ferver!

Escrito as 14:54 hrs., de 28/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

DE LONGE SE ENXERGA A PROA

Escrevendo a vida na boa
De longe se enxerga a proa
Do barco que assim se vai
Nas águas do rio a fora
Que pode ser a qualquer hora
Enquanto uma garoa que cai

Digamos que é quase neblina
No rio à atrás da colina
No banco no meio uma flor
Que mexe os remos como ninguém
Nós somos os navegantes que vêm
Em busca da conquista do amor

Numa ilha muito distante
E o bom senso garante
Que lá tem hospedagem pra dois
Sem barulho e sem tropel
No repouso da lua de mel
O resto eu conto depois!

Escrito as 15:53 hrs., de 18/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

JOÃO NINGUÉM

De muito longe eu venho
Família nenhuma tenho
Sou o verdadeiro João Ninguém
Sou um velho poeta desvairado
E ando sempre pelado
Nunca me sobra um vintém

Que que eu faço desta vida
Muitas vezes dolorida
E outras vezes vale à pena
Pelo menos não bebo e não fumo
Mas vivo perdido e sem rumo
Eu sou o verdadeiro poema

Caneta no bolso direito
Do lado esquerdo do peito
Onde bate o coração
Se escrever é utopia
No papel de pão a poesia
Falando de amor e paixão

Escrito as 16:58 hrs., de 16/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

TODO O DIA UMA NOVA FLOR

O fogo ardente do teu corpo
É como se fosse um aeroporto
Para eu aterrissar meu avião
Um pássaro que bateu a asa
Eu quero pousar na tua casa
Entrar pisando o tapete da paixão

E repousar em teus braços minha flor
Envolvendo-te no lençol do grande amor
Venho de tão longe para nunca mais voltar
Quero participar do teu negócio
E pode contar com um novo sócio
Nosso destino eu quero administrar

Sentado em minha mesa ao lado
Mas com o olho sempre voltado
À sócia do meu destino
Todo o dia uma nova flor
No vaso da mesa do meu amor
Porque te amo desde menino!

Escrito as 20:47 hrs., de 15/01/2019 por
Nelson Ricardo ávila

NA CHAMA DO AMOR

Com o calor que se faz sentir
Eu juro que não quero sair
Pra boca do forno do inferno
Ventilador de nada adianta
Eu quero pular na rampa
E cair na estação do inverno

Janeiro queimando como fogo
Estamos sendo a lenha do fogo
Na paixão de todo o calor
Isso acontece de semana em semana
Estou fritando na chama
Muito caliente do amor

Aparo as brasas no peito
Porque quero ser o eleito
Na vida daquela morena
Que quebra tudo no carnaval
E que domou o meu emocional
Virou protagonista do meu poema!

Escrito as 19:16 hrs., de 15/01/2019 por
Nelson Ricardo Àvila

A MÚSICA QUE AMO

A música que amo
E isso eu chamo
De gosto refinado
Os quitutes de meio dia
Pra comemorar a sinfonia
Depois eu fico deitado

Na rede que me balança
Quando minha mente alcança
Civilizações do passado
Então eu volto ao computador
Por saudades do meu amor
No velho peito encrustado

Que foi e não mais voltou
Só a saudade ficou
Nessa vida tão singela
Só me resta esperar
De um dia poder estar
Na eternidade com ela!

Escrito as 09:36 hrs., de 15/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

MAIS UMA CARAVANA

Dia vinte está chegando
E eu me preparando
Pra mais uma caravana
Olhando as estrelas do céu
Vamos para Montevideo
Viagem de uma semana

Free shoppings de Rivera
Sendo que na terça feira
Independente do tempo
Por mais que a chuva caia
Estaremos na capital uruguaia
Para a visita ao templo

E nos encontrar com Deus
Os sentimentos meus
Baterão no exterior
Para voltar muito feliz
Por ter estado em outro país
Na casa do meu salvador!

Escrito as 18:41 hrs., de 14/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NA CASA DE DONA BENTA

Depois de tanto labutar
Paro então pra descansar
Por que o trabalho cansa
O carro anda pra frente
E dentro dele vai gente
Acelerando ele avança

Mais ou menos, uns oitenta
Na casa de dona Benta
Tem almoço requintado
Com direito a batatas frita
E a filha dela é tão bonita
Por quem estou apaixonado

E se a sorte não me logra
Levo um presente pra sogra
Um avental com a cara dela
Pra que não atrapalhe o namoro
Pois a menina é um tesouro
Que a cada dia mais bela!

Escrito as 09:44 hrs., de 14?01?2019 por

O MONGE DA MONTANHA

Eu fui um garoto metido
E continuo convencido
Que sou lindo e valoroso
No amor não tem igual
Na esfera mundial
E contra o mal eu sou tinhoso

Meu amor dorme comigo
Então o bom rumo prossigo
Na estrada do momento
Minha amada é primorosa
Mas também muito tinhosa
E toda cheia de argumento

Na verdade eu sou um monge
Que no dia de hoje
Vive sempre acompanhado
Com a beleza da montanha
Não é qualquer um que me ganha
Eu sou muito descolado!

Escrito as 15:03 hrs., de 13/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

ATRACANDO EM CHICAGO

Volto eu ao pedaço
Ocupar o espaço
Que um dia já foi meu
Um latifúndio de mulher
Morando num beco qualquer
A primeira vez doeu

Ela gritava que dava pena
Porem com a alma serena
Fomos tocando de vagarinho
E no final acabou bem
São muitas lembranças que tem
E a gente segue com carinho

Amadurecendo sempre mais
Sobre o canto dos cardeais
Ou então dos rouxinóis
Nosso barco navegando
Agora estamos atracando
Em Chicago, Illinois!

Escrito as 21:00 hrs., em ponto de 12/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A CENTELHA DA PAIXÃO

Meu amor eu te procuro
O meu sentimento é puro
Como a seiva do mel de abelha
A solidão me causa frio
E se a paixão tiver pavio
Quero ascender a centelha

Do broto que floresce a vida
Em cada lágrima sentida
Nasce uma pedra de marfim
Ou uma barra de ouro
O amor é o maior tesouro
E ele bate dentro de mim

E me faz brotar o sorriso
E é por isso que eu preciso
Que me acompanhe no descanso
Vem pra mim dançar ciranda
Tô te esperando na varanda
Na cadeira de balanço !

Escrito as 19:28 hrs., de 12/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NESSE FIM DE SEMANA

Nesse fim de semana
A tristeza não me engana
E a alegria me domina
Essa tarde é uma beleza
Já estou na sobremesa
Delícia de gelatina

Framboesa e abacaxi
São coisas que já comi
E vou continuar comendo
As amoras de Lisboa
Andei pra lá de canoa
Agora estou tecendo

Os meados de um poema
Que trago como emblema
De não fazer nada
Além de dormir na rede
A de matar a minha cede
Nos beijos da namorada!

Escrito as 13:27 hrs., 12/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O MUNDO É UM POEMA

Este mundo é um poema
Com a alma serena
Eu digo isso
Pois só quero poetar
Sem me preocupar
Com compromisso

Água fresca e sombra boa
No flutuar da canoa
Vou levando minha vida
Do jeito que der
Vivo só, sem mulher
Com a ideia desinibida

E o violão afinado
O meu poema sai rimado
Enquanto as águas descem ao mar
Eu vou remando a canoa
Simplesmente numa boa
Deixando a vida passar!

Escrito as 16:52 hrs., de 11/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NO MUNDO DA ESCRITA

No mundo da escrita
Pelo que me palpita
Tem que falar de cinema
Do alto da montanha
E se o leitor me ganha
É por que deu poema

A primavera já foi embora
Está longe, no outrora
E agora só se fala em verão
O céu tal como um lençol
De dia brilha o sol
E aquece o fogo da paixão

Como é bom viver a vida
Sempre amada e querida
Para mim não falta nada
O melhor, falta tudo
A solidão me deixa mudo
Porque estou sem namorada!

Escrito as 15:11 hrs., de 11/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

AS LIÇÕES DO AMOR

Esse teu vestido verde
Desperta a minha cede
De conhecer seu interior
Quero-te ver sem vestido
Em sussurro e gemido
Recebendo as coisas do amor

Vem dormir na minha rede
Num gancho na parede
E no esteio da varanda
Mulher maravilhosa
Sedenta e cheirosa
Venha logo pra mim, anda

Com esse sorriso maroto
És meu pequeno broto
De fino caule da flor
Deite aqui no meu peito
Que vou te mostrar o jeito
Com todas as lições do amor!

Escrito as 21:24 hrs., de 10/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NO BOSQUE DO AMOR

Aquela música que toca
Em cada grão de pipoca
Na fita que passa na tela
Do cinema de minha vida
Aquela estrada colorida
Que vejo de minha janela

Perto do bosque da liberdade
É lá que mora a saudade
E é pra lá que eu quero ir
Ver as estrelas a meia noite
E é claro que fugir do açoite
Que não me deixa dormir

Na escuridão da dor
No bosque mora o amor
Tem flores pra qualquer lado
Tanto no norte como no sul
De dia o céu é mais azul
E a noite é todo estrelado!

Escrito as 17:32 hrs., de 10/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

VOANDO EM PENSAMENTO

Continuo voando em pensamentos
Para driblar os tormentos
Que a cada dia aumenta
Já são duas horas de quinta
Enquanto o sono não pinta
O meu corpo se lamenta

Por essa doida solidão
De longe ouço um trovão
Talvez a chuva caia
Se você não quer estar comigo
Não me aplique o seu castigo
Então por favor, saia

Meu amor alcança a toalha
Já desliguei a tralha
Do chuveiro barulhento
Meu chefe, estou defasado
E por demais endividado
Por favor, um aumento!

Escrito as 14:32 hrs., de 10/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

ENCONTRO DE PAIXÕES

Músicas e natureza relaxantes
Sentindo saudades de antes
E dando um rolé no passado
Numa bendita meditação
Cada acorde dessa canção
É como um sonho sonhado

Que vem das entranhas de civilizações
Mergulho profundo nas ilusões
A beira do rio da saudade
Na madrugada de belo luar
Meu bem eu quero respirar
O cheiro das ondas do mar

Enquanto que a vida existe
E o coração persiste
Em querer não sentir dor
Quero unir meus lábios aos teus
Que teus olhos encontrem os meus
E nossos corações unam-se pelo amor!

Escrito as 11:34 hrs., de 10/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

UMA VIAJEM MALUCA

Volto a escrever, porque não,
Não, eu não fui ao Japão
Não posso com farinha branca
Tem que ser pão de centeio
Eu encontrei-me no meio
Onde a cachoeira faz carranca

Num rio famoso do Canadá
Eu dei uma passa por lá
Pela América do Norte
Encontrei com o rei do roque
Num café de Nova Iorque
Onde a economia é forte

E o Tio Sã garante tudo
Telefone no criado mudo
Lá do quarto do hotel
E na história que se segue
Acordei em Porto Alegre
Com o barulho de meu tropel!

Escrito as 20:58 hrs., de 09/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O AMOR FALA MAIS ALTO

Voltando a escrever
E talvez sorver
Um pouco de felicidade
O amor fala mais alto
Solta faísca do asfalto
Mas essa é a realidade

O trigo é loiro doirado
Fico louco e apaixonado
Pelas belas pernas na rua
Expressas ao mormaço
Como um quadro de Picasso
Feito ao sabor da lua

Numa varanda de Madri
Agora vejo daqui
A balconista do mercado
Que fica ali na esquina
Minha humilde língua se afina
E o coração saltita de apaixonado!

Escrito as 18:12 hrs., de 09/01/2019 por
Nelson Ricardo Avila

CANETA E TINTA NO PAPEL

Caneta e tinta no papel
E tem que ser no tropel
Porque o tempo não para
Eu vim aqui pra poetar
E antes do sol entrar
Porque a vida me é cara

A roda do tempo gira
Estamos sempre na mira
Daquele inimigo comum
Que traz o fogo no rabo
E quando ele fica brabo
Só se ouve o zum zum

O sono me manda pra cama
Mas o dever me chama
Vou escrever logo duas
E como o tempo está bão
Depois eu pego meu violão
E saio cantando pelas ruas!

Escrito as 17:28 hrs., de 09/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

DEITANDO A LETRA NO PAPEL

Deitando a letra no papel
Como se fosse um menestrel
Alhas eu sou isso mesmo
Sentindo o ar fresco no peito
Procurando fazer bem feito
E ao mesmo tempo pensando a esmo

Será que estou no caminho certo
Ou quem sabe passando perto
Da estrada do meu destino
De onde vim e pra onde vou
Pouca coisa pra mim sobrou
Além do miado do felino

Que me assiste neste momento
Olhando-me com sentimento
Como se fosse uma pessoa
Do meu futuro juro que temo
Não posso largar o remo
Que impulsiona esta canoa!

Escrito as 16:31 hrs., de 08/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NAVEGADOR DE MUITOS MARES

Tá me dando sono
Sentado no trono
Eu sou o rei da Cochinchina
Navegador de muitos mares
Como também pelos ares
Até chegar na Polentina

Que é um país ali do lado
Estamos sempre bem armado
Para o que der e vier
Todo mundo planta flor
Nossa munição é o amor
E o alvo dos homens é a mulher

Assim a gente vai levando
Nossa riqueza aumentando
Nosso país não discrimina
Venham logo nos visitar
Você vai se encantar
Com o que se faz na Cochinchina!

Escrito as 13:54 hrs., de 08/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

ESSA VIDA É UM CAPRICHO

Sobra pouco tempo
Hoje é um dia sem vento
E está começando a esquentar
Quando são dez e vinte
Tudo que faço é com requinte
Depois eu vou preparar

Comida boa na panela
Vivo na ausência dela
Que a muito me deixou
E se foi morar com Deus
Estou vivendo os sonhos meus
Única coisa que me restou

Essa vida é um capricho
Eu posso morar no lixo
Ou em um lugar qualquer
Estou bem acomodado
Morrendo de apaixonado
Pelo amor de uma mulher!

Escrito as 10:25 hrs., de 08/01/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A MORENA DA PORTELA

Novela é bom mais não é tudo
Prefiro apostar no estudo
De como se conquista o mundo
Uma sereia oceânica
Ou aquela dama britânica
Que me dá orgulho profundo

De pescar ela de anzol
E trazer ao meu lençol
Uma morena e tanto
Com iscas de carinho
Ela me pagou com um beijinho
E caiu no meu encanto

Recitei a ela um poema
E a safadinha da morena
Com aquela boca tão bela
Logo depois do natal
Intimou-me ao carnaval
Pra desfilar na Portela!

Escrito as 22 hrs., em ponto de 07/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O RITMO DA VIDA

Seguindo o ritmo da vida
Eu garanto que em seguida
Algo de bom acontecerá
Vou cantar na Patagônia
Sob o vento da Amazônia
E do Belem do Pará

Patagônia é o nome da minha rua
Onde o clarão da lua
Penetra pelos buracos do zinco
Fazendo estrelinhas no chão
Movidos pelo amor e a paixão
Temos filhos uns quatro ou cinco

Eu e ela não brincamos em serviço
Pois temos o compromisso
De aumentar a humanidade
Se por um lado a gente é pobre
A nossa intenção é nobre
E isso é motivo de felicidade!

Escrito as 19:51 hrs., de 07/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

E POR FALAR EM ROMANCE

E por falar em saudade
Onde anda a felicidade
Que nunca passa por mim
Na janela do apartamento
Aplaude o meu sofrimento
Num banco escuro do jardim

E por falar em romance
Bem fora do meu alcance
Está aquela que diz que ama
Meu cangote e meu peito
E todo o corpo perfeito
Que amei em cima da cama

Foi ali pra já voltar
E eu fiquei a esperar
Por nosso amor em segredo
A malvada debandou
E agora aqui estou
Chupando o dedo!

Escrito as 16:55 hrs., de 07/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

POEMAS DE AMOR

Com a TV desligada
Tarde ensolarada
Haja ventilador
Ou ar condicionado
Estou eu ao teclado
Criando poemas de amor

Desses de lascar o peito
São lágrimas que não tem jeito
Ou sorrisos de felicidade
A solidão é um caus
Eu chamo as valsas de Strauss
Em nome da liberdade

O bom gosto musical
Na esfera universal
Eu queria estar em Viena
Tomando um banho morno
E não aqui nesse forno
Quando encerro mais um poema!

Escrito as 14:04 hrs., de 07:01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

AMOR COM CHÁ DA TARDE

Sem ter outra coisa a fazer
O jeito é escrever
Sobre o que, não sei
Vou aqui seguindo o rumo
Não bebo e nem fumo
Procuro estar dentro da lei

Agora são quinze e cinquenta e um
Estou ouvindo um zum zum
Acho que é abelha no mel
Ou no açúcar mascavo
Meu bem eu não sou seu escravo
E estou ouvindo um tropel

Acho que é da galera o bem
O que tu queres aqui tem
Está dentro do meu coração
É amor com chá da tarde
E um enorme fogo de arde
Que traz o nome de paixão!

Escrito as 15:35 hrs., de 06/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A TARDE DE SÁBADO

A tarde de sábado muito linda
Eu acho que esse sábado finda
Com muita paz e alegria
No chão do amor e da saudade
Mas também de muita felicidade
Aqui não existe utopia

Onde não tem droga e nem fumo
Um dia eu perdi o rumo
Por uma mulher de verdade
Que me propôs um negócio
E me tornei seu sócio
Mas perdi a minha felicidade

Não me dá folga pra nada
Nem mesmo na madrugada
Tento sair pela janela
Essa pessoa se torou minha
Uma eterna rainha
Que a cada dia mais bela!

Escrito as 13:56 hrs., de 05/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

UMA LÁGRIMA SENTIDA

Atualizando a própria vida
Uma lágrima sentida
Desce e rola pelo chão
São lágrimas de dor
Daquele maldito amor
Que foi apenas uma ilusão

O que eu pensei que era
Ao perfume da primavera
O engano apossou-se de mim
Hoje aqui descalço
Lembro do sorriso falso
E agora chegou ao fim

Sou um trapo jogado
Coração despedaçado
Isso não é viver
Bebendo de bar em bar
Para no final tombar
Ao veneno do desprazer!

Escrito as 17:41 hrs., de 04/01/22019 por
Nelson Ricardo Ávila

O POEMA DO SOL

Agora vou criar de novo
Algo de bom para o meu povo
Como o poema do sol
Aqui na América do Sul
Está um lindo céu azul
Parece um gigantesco lençol

Aquele que de noite me cobre
Um personagem nobre
Que fala pra mim baixinho
Palavras ao meu ouvido
Que me faz perder o sentido
Em troca dou um beijinho

No meu lençol de orelhas
E as cores vermelhas
De sua boca tão bela
Que quando toca na minha
Sei que é beijo de rainha
Então faço amor com ela!

Escrito as 15:50 hrs., de 04/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

EU BATO ASAS

Eu bato asas
Nadando em águas rasas
Ou flutuando pelo ar
Lá de cima eu vejo tudo
Seguindo a rota e não mudo
Logo quero chegar

A um estado de paz
Sei que sou capaz
De atingir meus objetivos
De tudo quero fugir
Na volta vou imprimir
Alguns livros

Da poesia que fala
Para expor na sala
A minha literatura
Tomando sorvete de avelã
Na situação vã
De uma certa loucura!

Escrito as 15:50 hrs., de 04/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O MUNDO METE MEDO

O mundo mete medo
Isso não é nenhum segredo
Eu quero paz e harmonia
Enquanto isso peço piedade
Porque eu quero felicidade
Muita compressão e alegria

Vamos tornar esse mundo em flor
Regar todo o dia o amor
Porque ele nunca se acabou
Que volte firme e forte
Cristo foi a morte
Mas depois ressuscitou

Um exemplo a ser seguido
Porque não tem nenhum sentido
A não existência da paz
Não queremos mais guerra
Amamos por demais essa Terra
Que forte e feliz nos faz!

Escrito as 18:27 hrs., de 03/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

UM BILHETE DE AMOR

Não sei por onde começar
Eu quero te mandar
Um bilhete escrito
Com lindas palavras de amor
Quero ser teu professor
De um jeito tão bonito

Te acho uma moça linda
Quero te ver na berlinda
Desfilando na passarela
Do meu pobre coração
Ando doente de paixão
Pela pessoa tão bela

E não posso te perder
Sou carente de prazer
E antes que caia no choro
Quero ter a liberdade
De sonhar com a felicidade
E te pedir em namoro!

Escrito as 10:30 hrs., de 3/01/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

ETERNO CUPIDO

Trinta e oito graus
Ouvindo uma valsa de Strauss
Música clássica em flores
Que alegra os bons corações
Um mergulho nas ilusões
Que faz brotar muitos amores

Um lápis no papel
E um beijo refogado o mel
Porque namorar é preciso
Recheado de bom carinho
Estou procurando o caminho
Que leva ao paraíso

É lá que quero viver
Para que quando morrer
Eu não sinta nem dor
Chegar ao som de um banjo
Sei que virarei um anjo
Eterno cupido do amor!

Escrito as 16:25 hrs., de 02/01/2019 por
Nelson Ricardo Àvila