domingo, 19 de abril de 2009

PORTO DA PAZ

SIGO O MEU BARCO RIO A FORA
FUSQUE FUSQUE ROMPENDO A AURORA
NO SILÊNCIO DE MINHA VIDA
TRANQUILO NO MAS SÓ NO ASSOBIU
CONTORNANDO AS CURVAS DO RIO
NUMA VIAGEM SEM SAÍDA

OS PENSANENTOS ME ENTORPESSEM
APRECIANDO AS ÁRVORES QUE CRESSEM
E VENDO QUE TUDO É BELEZA
NO COMPASSO DOS MEUS REMOS
EU ATINJO OS EXTREMOS
ME EMBRENHANDO NA NATUREZA

MINHA BARCA NÃO ATRASA
SE O TRECHO FOR DE ÁGUA RAZA
EU MANEJO O BOTADOR
JOGO NÁGUA O ESPIEL
TENTEANDO A PINGA COM MEL
ENTRA EM AÇÃO O PESCADOR

SE É DE NOITE OU DE DIA
VOU RESPIRANDO ALEGRIA
NUM CLIMA DE LIBERDADE
AI QUE RIO MAIS CAUDALOSO
E QUE AMBIENTE MAIS GOSTOSO
ISSO É QUE É FELICIDADE

NAS MARETAS DA ILUSÃO
O CHOC CHOC DA EMBARCAÇÃO
VOU SEGUINDO O MEU DESTINO
SEM AMBIÇÃO OU GANÂNCIA
DE VOLTA PRA MINHA INFÂNCIA
AOS MEUS TEMPOS DE MENINO

SIGO ESQUECENDO AS MÁGUAS
O SAVEIRO CORTANDO AS ÁGUAS
SEGUINDO EM DIREÇÃO AO MAR
PROCURANDO UMA SAÍDA
PARA QUE ACHE AO FIM DA VIDA
O PORTO DA PAZ PARA ANCORAR.

ESCRITO EM :18/04/2009 POR
VAINER DE ÁVILA

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