Os lábios de Iracema
Vou me mandar pra floresta
E participar da festa
No arraial da bicharada
Ascender um fogo na toca
E comer pipoca
E pirão de batata assada
Quero viver pelado
Com o corpo todo pintado
Com a tinta de urucum
Mandar flecha pra dedel
E com a índia dos lábios de mel
Quero quebrar o jejum
Quero encontrar Iracema
E oferecer-lhe este poema
A oração da existência
Cobrir a índia de flor
E viver um grande amor
Na mais profunda inocência.
Escrito as 13:58 hrs., de 17/01/2011 por
Vainer Oliveira de Ávila
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