terça-feira, 7 de julho de 2020

NAS TARDES DE PANDEMIA


Nessas tardes de pandemia
Preparo um pão com chimia
E meia taça de solidão
Quero abraçar a saudade
De toda a eternidade
Mas me passa o requeijão

E alguma coisa que esquente
Pra amenizar o frio da gente
Eu acho que o edredom de orelha
Está me esperando na cama
Eu ouço alguém que me chama
Enquanto a chuva cai na telha

Treze horas de uma tarde com chuva
Lá longe o vento faz a curva
Tomara que se vá embora
Bater nas condas do mar
Alguém está a me chamar
É a sesta que chegou a hora!

Escrito as 13:02 hrs., de 07/07/2020 por
Nelson Ricardo Ávila


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