E na plena sobriedade
Dos longos anos de um arauto
Eu olho o teto do meu lar
Como se fosse um angar
Ou a capota do meu auto
Meu velho ford vinte e nove
Nem troveja e nem chove
Vai é cobrir tudo de geada
A minha fechadura é de estanho
Agora eu vou tomar um banho
Com a porta do banheiro trancada
E não adianta querer espiar
Que hoje não vai levar
Estou em manutenção
Amanhã será outro dia
Tu vais transbordar de alegria
E eu vou te inundar de paixão!
Escrito as 17:17 hrs., de 09:07/2019 por
Nelson Ricardo Ávila
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