sexta-feira, 26 de julho de 2019

MALA SEM ALÇA


Pois é, o chifre dói
E o veneno corrói
O coração de um apaixonado
Pela dona do pedaço
Depois do último abraço
Me deixou estatelado

Na sarjeta da solidão
O entregador de pão
A arrastou levando embora
E agora o que é que eu faço
Estou virado num bagaço
No lixo jogado fora

Chorar não adianta nada
Arranjei outra namorada
Que me fez de capacho
E num bailar de valsa
Me chamou de mala sem alça
Só porque sou borracho?

Escrito as 15:22 hrs., de 26/07/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

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