QUATRO LETRAS APENAS

Eu sei que o amor existe
Mas o ódio sempre insiste
Em querer ele mandar
E o pior é que vai tomando conta
Mas o que realmente aponta
É o que temos de pronunciar

O amor é o que vale
Quem não tiver que se cale
Para amargar o seu veneno
Tente amolecer o coração
Quem sabe conquistando uma paixão
Pois o amor é tão pequeno

Tem quatro letras apenas
Derrete o coração das falenas
E melhora a humanidade
Seja você um plano sem dor
E troque seu ódio pelo amor
O nome disso é ‘felicidade’!

Escrito as 21:29 hrs., de 31/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NA TARDE DE CHUVARADA

NA TARDE DE CHUVARADA

Vou começar minha caçada
Na tarde de chuvarada
Na sexta feira sem sol
Eu queria ir na praia
Pra lá cair na gandaia
Levando meu guarda sol

Comer um cacho de bananas
E dúzia e meia de manzanas
Compradas no sacolão
Da rua General Osório
Mas eu vou ao dormitório
Que fica nesta mansão

Porque me deu uma soneira
Eis que nessa sexta feira
Não para mais de chover
Minha vida anda um trapo
Acho que vou virar um sapo
Antes da noite acontecer!

Escrito as 16:02 hrs., de 31/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

MINHA SERENA RAINHA

Eu preciso exportar esta saudade
Em troca dá tão sonhada felicidade
Que não sei por onde anda
Eu queria preparar um truque
Para encontrar no face book
Pra com ela dançar ciranda

Ciranda cirandinha
Minha serena rainha
Desde os tempos do nosso reinado
Então a tal da separação
Chorei abraçado ao violão
Que está velho e desafinado

A felicidade me abandona
Na estrada nem me da carona
Vou pra Tonga do Cabuletê
Ou pro raio que o parta
De hoje até quarta
Eu preciso encontrar você!

Escrito as 15:05 hrs., 30/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

FAÍSCAS DA PAIXÃO

Com o dedo do pé machucado
Daquele maldito calçado
Que não tem pena do meu dedo
Alguém que perdeu a fé
Inventou de pisar no meu pé
Sem manter nenhum segredo

Fui empurrado da cama
Depois de dizer que me ama
Deu um chute em minha canela
Uma briga de macho e fêmea
Ela é um ser de alma gêmea
É tinhosa mas muito bela

São faíscas da paixão
É a letra de uma canção
O mais lindo dos poemas
Que meu coração se encantou
Ela um dia me aprisionou
Ao metal de suas algemas!

Escrito as 16:37 hrs., de 29/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

CHUTANDO O BALDE

Eu resolvi chutar o balde
Total estou de valde
Faço o que quiser da vida
Ninguém tem nada com isso
Eu não tenho compromisso
A não ser comprar comida

E dormir de papo pro ar
Pegar meu avião e voar
Pra bombardear o teu barraco
Calma, calma estou só brincando
Já estou me preparando
Para pegar no taco

E jogar uma sinuca
Se tu for lelé da cuca
Vai me pagar cafichão
Uma hora dessas qualquer
Vou comer tua mulher
Em cima do teu colchão!

Escrito as 21:38 hrs., de 28/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

MULHERES E MARAFONAS

As maratonas de viagens
Parando nas estalagens
Por esse mundo de meu Deus
Conheci muitos idiomas
Mulheres e marafonas
Que embarcaram em sonhos meus

Hoje aqui nesse pedaço
Em toda a tarde eu traço
Os chocolates da saudade
Embalagens voam aos ventos
Recordando as marcas dos tempos
E plantando a semente da felicidade

Pelo mundo dos quintais
E ao som dos livres cardeais
E do passarinho beija flor
Eu já beijei os pés de santos
Mas me perdi nos encantos
De um determinado e belo amor!

Escrito as 17:07 hrs., de 28/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

EMANUELLE

Emanoele eu me lembro
Que foi no mês de setembro
Quando a lua se escondeu
Te vi na tela do cinema
O teu rosto era um poema
Coração forte bateu

A lanterna do corredor
Flagrou o nosso amor
Na escuridão da sala
Fostes minha namorada
E toda a platéia calada
Eu fiquei quase sem fala

A Emanoele do cinema
Fazia parte do esquema
Da tradicional Hollywood

A lanterninha se apagou

E o tempo em minha vida passou

Na distante juventude!


Escrito as 09:07 hrs., de 28/08/2018 por

Nelson Ricardo Ávila

AS CURVAS DA TENTAÇÃO

Ouvindo uma música no espaço
Fico querendo um abraço
E a bicada de um passarinho
Que atende pelo nome de bela
Seu corpo é uma aquarela
É por ali que tem um caminho

Ainda a ser percorrido
Que é por de mais comprido
Com curvas mui perigosas
Que tem que saber percorrer
E é esse que quero conhecer
E é na colheita das rosas

Por isso que vivo na rua
Pisando no clarão da lua
Tentando pegar o bichinho
Sem dar um nó na nuca
Eu vou é armar a arapuca
Pra pegar esse passarinho!

Escrito as 16:27 hrs., de 27/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

DESCOBRINDO OS TEUS SEGREDOS

Gosto de escrever sobre tudo
Não nasci pra ser mudo
E falo pelos cotovelos
Adoro chamar-te de gueixa
De beijar tua bochecha
Acariciando os teus cabelos

Toda a vez que tu me chamas
Nas noites de fim de semanas
Para deitarmos no teu tapete
Ou no fofo sofá da sala
Então meu coração se cala
Quando a boca recebe um flerte

E nossos beijos são trocados
Ali no chão nós dois deitados
Que é a cama maior do mundo
Acaricio-te com meus dedos
Pra descobrir os teus segredos
Me jogo e mergulho fundo!

Escrito as 14:13 hrs., de 27/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NA CALMARIA DA PRAÇA

Na calmaria da praça
Tudo perde a graça
Na luz da escuridão
Mas a mariposa dança
Com um sorriso de criança
Para alegrar a solidão

Que perdeu um pé de tamanco
Dorme sozinha num banco
Sonhando com primaveras
E viagens ao redor do mundo
Mas vive no submundo
Entre verdades e quimeras

E santos do pau oco
Namora um poeta louco
Um desvairado da rua
Pobre cachorro sem dono
Que só não ta no abandono
Porque diz que é noivo da lua

Escrito as 21:07 hrs., de 26/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

OS QUADRIS DA MORENA

Esse frio que ta pegando
Os meus dedos encarangando
O que é que eu faço pra aquecer
O meu Inter empatou
O sol já se apagou
A lua vai aparecer

Redonda como uma bola
Vou dedilhar minha viola
Acompanhada do pandeiro
O chá da tarde já tomei
Depois do churrasco, descansei
Que venha o mês de fevereiro

Para o samba lá do beco
E o carnaval no porto seco
Com o rebolar da morena
E o cheiro de seus quadris
Só assim já sou feliz
Criando mais um poema!

Escrito as 18:19 hrs., de 26/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

ADEUS JAQUELINE

Jaque não tenho sono
Eu nasci pra ser teu dono
Jaqueline minha amada
Tu és minha prostituta
E conheces bem minha luta
Te trato de alma lavada

Só que tu embromas comigo
Sou vítima do teu castigo
Pegamos no sono e nada
Quase morro de desejos
Tu me dá apenas dois beijos
Dorme e ronca na madrugada

Diz que ta com dor de cabeça
E antes que o chifre cresça
Pego a mala e vou embora
Vou pegar o meu gordini
Adeus pra nunca mais Jaqueline
Piso fundo e caio fora!

Escrito as 22:02 hrs., de 25/0-8/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

SÁBADO DEPOIS DA CINCO

Quando o frio não mais arde
Rapadurinhas no chá da tarde
Isso é uma boa composição
Sábado, passando das cinco
No velho barraco de zinco
O sonho da imaginação

Com a menina ao meu lado
Sinto-me bem acompanhado
Teclando o computador
Do polegar ao dedo mingo
Já pensando no domingo
Vou visitar o meu amor

Porem esse amor não existe
O meu coração persiste
Que eu doe o meu coração
Que seja trocado por um amor
Nessa troca não existe dor
A não ser a dor da paixão!

Escrito as 17:08 hrs., de 25/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

PÉTALAS DE AMOR

Ta frio, muito frio
De repente o sol sumiu
De brincadeira se escondeu
Ficou espiando na janela
O sol é uma mulher bela
Cujo o amor aconteceu

Com o anel no dedo mingo
Numa tarde de domingo
No Parque da Redenção
Eu aqui falo sem mágoa
Foi à beira do espelho d’água
Que o encontro virou paixão

Dei-lhe um buquê de flor
E ela deu-me seu lindo amor
Pra nunca mais terminar
Subimos ao topo da paixão
E nos jogamos no abismo da ilusão
Soltando pétalas de amor pelo ar!

Escrito as 11:35 hrs., de 25/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

UM AMOR QUE NÃO TERMINA

Tanto verso eu componho
Eu função disso proponho
Fazer da vida um poema
Por um sorriso feminino
Eu balanço mas não perco o tino
Pela beleza da morena

Que me faz tremer
Soluçar e gemer
Pela emoção que me atinge
Ela chega e se encosta
Fica dizendo que gosta
E jura que não finge

E eu aceito e acredito
O nosso caso é um mito
Ela é um ramo de flor
É um amor que não termina
É sempre uma eterna menina
Moldada para o amor!

Escrito as 18:28 hrs., de 24/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

CHEIRINHO DE LÓTUS

Finalmente cheguei
Por muitos lugares andei
Revirei o mundo
A traz de você
Comprei uma nova tevê
Pois tenho um amor profundo

Pelo teu jeito de ser
Esta noite vai chover
E molhar todo o teu corpo
A guarida do meu viver
E logo mais ao escurecer
Quero me recolher ao conforto

Que você inteirinha me dá
Saia e blusa de tafetá
Tudo bem coladinho
Com esse cheirinho de lótus
Quero te mostrar umas fotos
De quando eu era pequeninho!

Escrito as 17:45 hrs., de 23/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

E SE A CANOA NÃO VIRAR

Mas então vamos á conversa
Nessa tarde tão perversa
Que judiou de minha alma
Amanhã será outro dia
Iremos em busca da harmonia
Tudo na paz e na calma

Como manda o bom senso
Ser feliz é o que quero e penso
Na hora em que o pássaro voa
Estou comendo pipoca e melado
Com o pensamento voltado
Sigo remando minha canoa

Pra vencer a correnteza
E amanhã eu tenho certeza
Que de qualquer jeito me aprumo
E se a canoa não virar
Por certo que vou encontrar
Mais uma vez o meu rumo!

Escrito as 18:55 hrs., de 22/03/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O ANJO DA MINHA VIDA

Ouvindo um som relaxante
No meigo instante
Que dou início a escrita
Tendo ao meu lado
A menina do som ligado
Confesso que o coração palpita

Pelo momento bacana
Estamos no meio da semana
E o tempo passa de pressa
Quando não estou sozinho
Quero dar muito carinho
E disso tenho uma remessa

Armazenada na alma
Menina vamos com calma
Não podemos nos estressar
Tu és o anjo da minha vida
Especial amada querida
Então podemos juntos caminhar!

Escrito as 10:34 hrs., de 22/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NAVEGANDO EM PENSAMENTOS

Aquele barquinho distante
Numa noite de quarto minguante
Balançando nas ondas do mar
Nele eu navego em pensamentos
Descarregando os meus tormentos
Sem ter pressa de atracar

No porto da felicidade
Mas com desejos de eternidade
Nos braços da tenra paixão
Sinto-me atolado no mangue
Pelo amor que brota no sangue
Com a força de um vulcão

Esse é o poema que proponho
Coisa que brota do sonho
De um eterno bom viver
Nos braços da mulher amada
Numa noite enluarada
Depois das lambusas do prazer

Escrito as 20:29 hrs., de 21/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O PERFUME DA FLOR

Preciso aliviar as tenções
Um mergulho nas ilusões
Por lugares incertos
Sem saber de chegar lá
Na ilha de Paquetá
Ou outros lugares por perto

Eu lanço mão da maquina de escrever
Antes que possa entristecer
Escolho um barco ancorado
No porto do pensamento
E embarco no mundo do sentimento
Num lugar imaginado

Das estrelas e dos cometas
Ao paraíso dos planetas
Onde a loucura é que impera
E retornarei ao belo lar
Pra quem sabe saborear
O perfume da primavera!

Escrito as 17:13 hrs., de 21/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O RABO DE SAIA DA PAIXÃO

Se a banana está madura
Eu descasco a desventura
Com os dedos da ilusão
Da palma da minha sorte
O meu santo é sempre forte
Pelo rabo de saia da paixão

Que me arrasta pro pecado
Meu destino foi marcado
Pra ser um dançador de valsas
No chalé da luz vermelha
Carrego sempre a centelha
Do facho aceso nas calças

Sou o consolador de mulheres
Você morena se quiseres
Dou-te toda a liberdade
Já pode vir preparada
Pra uma noite enluarada
Na cama da felicidade!

Escrito as 16:11 hrs., de 20/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O VÔO DE UMA BELA AVE

Preciso estar em dia
Com minha amiga poesia
Porque é isso que se quer
O vôo de uma bela ave
E eu pilotando a nave
Que tem o nome de mulher

E o alcunha de bela
Que abre sempre a janela
Para os meus olhos tristonhos
Aceitando meus braços em seu corpo
E que me agasalha no conforto
E na realidade dos meus sonhos

O néctar doce da uva
Enquanto o barulho da chuva
Molha o coração cheio de amor
E o telhado da ilusão
Faz brotar a doce paixão
No caule meigo da flor!

Escrito as 10:59 hrs., de 20/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

POEMA DO VÔO IMAGINÁRIO

Portas do avião fechadas
Pistas de decolagens liberadas
Eu segurando firme ao leme
Com a aeromoça do meu lado
O sinal da torre já foi dado
O meu sub consciente treme

Esta é a nave da imaginação
Estou no meio do salão
Do meu quarto de dormir
Três metros e poucos quadrados
Meus dedos dançam pelos teclados
Pois preciso construir

O poema do vôo imaginário
Que está escrito no meu diário
O belo jornal da loucura
Todo o poeta é meio louco
É da morena que eu gosto um pouco
Que tem os lábios da doçura!

Escrito as 18:08 hrs., de 18/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

BIGODÃO MARCHA LENTA

Com essa marcha lenta
Rodando a menos de quarenta
No meu auto bigodão
Que comprei lá em São Paulo
O meu chofer se chama Saulo
Quarenta e cinco de pezão

Que me leva de carona
Também a velha tiazona
Cinqüenta e poucos de idade
E eu com setenta e dois
O acontece entre nós dois
É a pura felicidade

A tia que fala espanhol
E eu no meu portunhol
A gente namora na sala
Depois acaba na cama
Quando o amor se inflama
Ela me deixa sem fala!

Escrito as 15:55 hrs., de 18/08/2018 por
Nelson Ricardo

O MEL PURO DA PAIXÃO

Que interessante é a saudade
Quando se planta a amizade
Como também um pé de flor
Em se cultivando direitinho
Em cada um, uma injeção de carinho
É disso que nasce o amor

O passado tão distante
Se o navio segue avante
Pelo oceano da saudade
Aquele romance de outrora
Brota no coração do agora
Que nos faz beber felicidade

Quando a lua nasce prateada
Clareando os sonhos da madrugada
Seja na utopia ou na ilusão
Bebamos uma taça de verdade
Com fatias de felicidade
Recheadas com o mel puro da paixão!

Escrito as 21:15 hrs., de 17/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

BRIGA DE GATO E RATO

A coisa não ta fácil não
A paz está longe da mão
É uma briga de gato e rato
E tudo ta indo pro ralo
Tento gritar mas me calo
Gostaria de correr pro mato

Para nunca mais voltar
E então poder me refugiar
No barraco da comadre Gonça
Uma pobre bruxa abandonada
Já de carcaça quebrada
Mas as vezes vira uma onça

Faço a oração sem final
E deito-me na horizontal
Pra ver se descanso um pouco
Encerrando a hora das falas
E não ser atingido das balas
Desse mundo velho louco!

Escrito as 15:39 hrs., de 17/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

ANA CLARA

Era no aeroporto da Suíça
A gente comendo lingüiça
Num restaurante furreca
Em plena cidade de Genebra
Quando o silencio se quebra
E o bom senso vai a breca

Aquela loira do meu lado
Nós dois no mesmo quadrado
E não é que rola uma paixão
Que foi assim repentina
Ela ainda um tanto menina
Com aquele baita corpão

Tinha por nome Ana Clara
Verdadeira jóia rara
Veio para a América do Sul
No mesmo avião que eu
Depois tudo aconteceu
De baixo do céu azul!

Escrito as 19:07 hrs., de 16/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

UMA REMESSA DE FELICIDADE

Estou feliz a bessa
Te mandando uma remessa
Da minha felicidade
E não diga que não carece
Pois muito que me parece
O que te vale é a liberdade

Não quero prender ninguém
Mas te digo que aqui tem
Um armário dessa iguaria
Beijo na boca e coisa e tal
Já comprei nosso enxoval
Que você tanto queria

Só falta agora o casamento
Vamos marcar o evento
Pra trinta de fevereiro
Muito depois do natal
E vamos pular o carnaval
Lá no Rio de Janeiro!

Escrito as 19:14 hrs., de 15/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

BEIJOS SABOR DE AMORA

To chegando lá de riba
Do Bairro da Pidaíba
Cidade de Caixaprego
Rapública da Conxinxina
Do meu chalé na colina
Vivo folgado e não nego

Fica lá no norte asiático
Num canto alegre e simpático
Onde tem uma morena
Da qual descrevo agora
Tem beijos sabor de amora
É um verdadeiro poema

Uma flor de oceano
Prometo que para o ano
Levarei para a Amazônia
Tomara que não me negue
Vamos morar em Porto Alegre
Na rua da Patagônia!

Escrito as 14:42 hrs., de 15/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

TEU CORPO PARECE UM POEMA

Teu corpo parece um poema
Minha alma é bastante serena
Pra saber o que você quer
O meu senso está em chamas
É a mais linda das damas
Somos homem e mulher

Na solidão de nosso quarto
Quero assistir o teu parto
Dando a luz um filho meu
Muito bem elaborado
Nosso amor descontrolado
Então o pai nos concedeu

Venha, vamos ao trabalho
Que por nada não me atrapalho
Como todo prazer e sem dor
Ascendo o estopim da paixão
Do fundo da alma e do coração
O que está em jogo é o amor!

Escrito as 17:49 hrs., de 14/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

SOL DE VERÃO

O papo ta muito bom
Por favor aumenta o som
Que hoje eu vou arrebentar
A boca grande desse balão
Não danço samba nem baião
Meu negócio é paquerar

Assim por baixo da mesa
As pernas lindas de Tereza
E ela tão sorridente
Como um sol de primavera
Se ela topar a paquera
Ficarei muito contente

Ponho uma flor em sua mão
Arrasto ela ao salão
Meu braço em sua cintura
E o bom papo em seu ouvido
A gente perde o sentido
Tereza é um encanto de ternura!

Escrito as 15:13 hrs., de 14/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O VENTO

To chegando porque cheguei
De longe eu avistei
Os teus cabelos ao vento
Desci do ônibus correndo
Uma coisa eu não entendo
Tu não travas o cata vento

Na hora do vento forte
Mas tudo com muita sorte
E um pouco de inspiração
Na hora que o vento corta
Você estava na porta
Entreguei-te uma rosa na mão

Sou um poeta sofredor
Venho em busca do teu amor
Pra que eu possa sobreviver
Tomara que digas sim
És a bela flor do jardim
Farei tudo pra te merecer!

Escrito as 17:46 hrs., de 13/08/208 por
Nelson Ricardo Ávila

FRIO INDOLENTE

Ai mais esse frio indolente
Que congela a alma da gente
Preciso de um cobertor
De preferências de orelhas
Estancar os buracos das telhas
Pra não molhar o meu amor

Que está quase sem roupa
E eu com a garganta rouca
De tanto falar de paixão
E das coisas boas da vida
Na longa estrada percorrida
Até chegar ao coração

Onde deve estar minha alma
Seguindo o destino da palma
De minha mão calejada
Querendo encobrir o desgosto
Todo cheio de rugas no rosto
A pronto pra tombar na estrada!

Escrito as 10:29 hrs., de 09/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

MORENA EU QUERO UM BEIJO

Tanta coisa que rola
Enquanto toco minha viola
Numa noite sertaneja
Depois a lua amanhece
Porque a gente merece
Ser feliz a vinda inteira

Estou ouvindo sertanejo
Morena eu quero um beijo
De sua boca sedutora
Que tem sabor de hortelã
E o frescor do orvalho da manhã
Eu sei que és professora

Quero Ser sabatinado
Nem que seja reprovado
Mereço morrer a míngua
Mas quero traçar seu corpo
Pra morar no teu conforto
E trocar beijos de língua!

Escrito as 16:53 hrs., de 08/098/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A NAMORADA

Hoje é dia que chove
E nenhuma nuvem se move
Na intenção de ir embora
São treze e cinqüenta e sete
Eu não sei tocar trombete
Mas bebo suco de amora

E como queijo com goiabada
Piscando pra namorada
Que está lambendo um marmelo
Chamando pra ir pra cama
Seu sorriso não me engana
Já vou calçando o chinelo

E derrubando o roupão
Puxado pela mão
Vamos lá dormir um sono
Tudo bem comportadinhos
Depois de muitos carinhos
Ela sabe quem é seu dono!

Escrito ass 15:05 hrs., de 08/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

E POR FALAR EM ROMANCE

Uma música linda do passado
Quando estou sentado
A beira do computador
Criando mais um poema
Com a alma serena
E desenhando uma flor

Que seria de maracujá
Das matas de Paquetá
Ou então da ilha do Amor
E por falar em romance
Até onde a inspiração alcance
Vejo o desabrochar de uma flor

Já pelos seus dezoitos aninhos
Que sabe fazer beicinhos
Quando quer algo a mais
Que se arruma no espelho
Pra desfilar em tapete vermelho
Sobre a luz dos castiçais!

Escrito as 09:52 hrs., de 08/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

O COMBATE DAS LETRAS

Cheguei meio tonto
Já está tudo pronto
Para o combate das letras
Mais as notas musicais
Também as marchas de carnavais
Então que soem as trombetas

Eu sou do lápis e das canetas
Vivo curtindo as vinhetas
Da televisão que se faz agora
E eu nem sei o por quê
Vivo correndo atrás de você
Porque o meu coração implora

Pede que mandes recado
Quer você cá do meu lado
Custe o que custar
Venha sanar esta dor
Imploro por teu amor
Nem que eu tenha que pagar!

Escrito as 17:43 hrs., de 07/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A CÓPULA DO AMOR

Quando a vontade me bate
Eu compro e como um chocolate
Ou um bombom desses caseiros
Feito em cima do fogão
Chocolate derretendo no pão
Antes de nossos travesseiros

Caírem na cópula do amor
Sem anestesia e sem dor
Vou escorrer em sua boca
O líquido morno do prazer
Quando a lua crescente nascer
Ai meu Deus que coisa louca

E isso foi Deus que inventou
Depois de pronto registrou
Com a mão sedenta de um professor
Espalhou a semente da sedução
E ascendeu o estopim da paixão
Fazendo escorrer o néctar do amor!

Escrito as 17:13 hrs., de 06/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

ATRÁS DO RABO DE SAIA

Cansado uma barbaridade
De andar por essa cidade
Correndo atrás de você
Que depois de beijar-me a boca
Foge que nem uma louca
E eu não entendo por que

Se teus gemidos são de prazer
E sussurras a mais não poder
Depois avisa que vai ao bar
Que fica logo ali na esquina
Dá-me um sorriso de menina
Diz que volta pra me amar

Que é pra esperar numa boa
E eu fico sorrindo a toa
Mas tu esqueces de voltar
E quando voltas embriagada
Eu te amo tanto mulher amada
E muito mais irei te amar!

Escrito as 14:16 hrs., de 06/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

AQUELE SEU BIQUINI

Que saudades de você meu amor
Quero te encontrar seja onde for
Pode ser na dor ou no prazer
Porque a solidão me consome
E porque de ti eu sinto fome
E é uma fome que faz doer

Venha, e por favor não marque hora
Estou chorando ao romper da aurora
E esse galo que não para de cantar
Vejo no espelho meu rosto enrugado
Aquele seu biquíni ainda está guardado
Quando abro o baú não paro de olhar

Porque ele tem a marca de minha mão
E mais ou menos o modelo de um coração
Saístes ontem prometendo voltar
O nosso amor tem que ser eterno
Somos almas gêmeas desde o útero materno
E por isso já mais pode acabar!

Escrito as 20:19 hrs., de 05/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

A COR DOS TEUS OLHOS VERDES

A cor dos teus olhos verdes
Que mata a minha sede
Quando tuas lágrimas descem ao peito
Naquele sacolejar do avião
Sentindo o calor a paixão
Ofereces os beijos que aceito

No romance de nós dois
Mas digo-te que depois
Da bendita aterrissagem
O quarto de hotel nos espera
Com aroma de primavera
Para o nosso amor na estalagem

Sensação boa de Espanha
Numa conquista tamanha
Seja lá o que Deus quiser
Foi no final da copa
Ao retornar da Europa
Comprei uma bela mulher!

Escrito as 16:18 hrs., de 04/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

NO TABULEIRO DA MARMELADA

A poesia contemporânea
Vem da onda subterrânea
Um carro a trezentos por hora
E a menina com oito aninhos
Que já aprendeu dar passinhos
Tomar suco de amora

No tabuleiro da marmelada
Tem queijo com goiabada
E sorvete com bom sabor
A moça com dezessete anos
Já desenha seus planos
De colher a semente do amor

As flores se despetalam ao mundo
Meu sonho é sempre profundo
Que se espalha na velha paixão
Se por acaso na tarde
O frio ou no calor que arde
É o aconchego que aquece o coração!

Escrito as 16:41 hrs., de 03/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

UM MOSTEIRO ABANDONADO

E agora o que é que eu faço
Pra ganhar o teu abraço
Quando o dia escureceu
O sol a muito que entrou
E a noite sorrateira já chegou
Agora eu quero o beijo meu

Pra quebrar toda essa solidão
Que machuca meu coração
Com seu punhal envenenado
Que as vezes sorri pra mim
Mas depois decreta o meu fim
Por isso estou todo lascado

Para mim o chão treme
Vou embora do Leme
Pra um outro lugar qualquer
Um mosteiro abandonado
Quero viver enclausurado
Se perder essa mulher!

Escrito as 18:25 hrs., de 01/08/2018 por
Nelson Ricardo Ávila