terça-feira, 31 de dezembro de 2019

ESTAMOS NO ANO NOVO


Alô galera, oi
Ano passado já se foi
E o ano novo tá aí
Já descarregou as malas
Ocupou duas salas
E cumprimentou o povo daqui

Dois mil e dezenove
De cansado nem se move
Chorando de tanto açoite
Diz que vai dormir e sonhar
No navio a singrar
As altas ondas da noite

Eu com a alma serena
Faço meu primeiro poema
Ostentando um certo requinte
E depois irei saindo
Seja muito bem vindo
Ano de dois mil e vinte!

Escrito as 00:58 hrs., de 01/01/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

TÁ CHEGANDO A HORA


Tá chegando a hora
Meia noite noves fora
As flores silenciosas
Pela orla do Guaíba
As estrelas lá de riba
Estão cada vez mais brilhosas

A hora do foguetório
De um jeito mais simplório
Se desenhando pelo céu
Sem estampidos barulhentos
A gente tem sentimentos
E pra isso tira o chapéu

O barulho assusta os cachorros
Como se pedissem socorros
Estou eu e minha solidão
No meu barraco de zinco
Procuro escrever com afinco
Os poemas de minha inspiração!

Escrito as 21:41 hrs., de 31/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

E PRECISO TER AMOR


E o mosquito morde
As pernas do lorde
Este poeta que vos fala
Que a meia noite canta
E o astral levanta
O pó do chão da sala

Vai ano e vem ano
O fulano e o cicrano
Vão brindando o ano novo
Viva a paz e a harmonia
Com boa dose de alegria
Nos corações do nosso povo

Aniversário da humanidade
Desejo toda felicidade
E sem guerra por favor
A humildade e primeiro lugar
Pra que a gente possa amar
É preciso ter amor!

Escrito as 17:13 hrs., de 31/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

LOGO MAIS À MEIA NOITE


Meus remédios são amargos
Os ponteiros de paços largos
Neste calor que é um açoite
Uma coisa que queima e arde
São onze pras quatro da tarde
Logo mais à meia noite

A chegada do ano novo
Toda a expectativa do povo
De mais esperança e sorte
Eu não tenho queixa nenhuma
Pois minha vida se apruma
Que venha do sul ou do norte

E por ventura do leste
Outras vezes do oeste
Pra mim tá bom de mais
Dois mil e dezenove vá se mandando
Que dois mil e vinte está chegando
E por favor que rufem os cristais!

Escrito as 15:57 hrs., de 31/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

UM RAMO DE FLOR ROUBADO




Se acaso não dormir
Logo mais eu quero ir
Pra mergulhar na balada
E depois muito em seguida
Vou pra orla do guaíba
Para a festa da virada

Quero me jogar nas águas
Afogando minhas mágoas
Que não são poucas meu amor
Me despedir de dois mil e dezenove
Estão dizendo que chove
Vou roubar um ramo de flor

Pros cabelos da mulher bonita
Que meu coração palpita
Preciso do coração dela
Que venha bater em meu peito
Quero beijá-la de todo o jeito
A boquinha de anjo da bela!

Escrito as 14:27 hrs., de 31/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

BEM VINDO 2020


Tempo quente e sem chuvas
Uma bacia de uvas
Na mesa da despedida
Dois mil e dezenove
A humanidade se move
Então saúde em nossa vida

Mais uma mudança de ano
Renovo o meu plano
De valorizar dois mil e vinte
Tanta coisa deixei de fazer
Só vendo o tempo escorrer
Quero poetar com requinte

Sem lágrimas e sem dor
Serenatas de um cantador
Que abraça e ama o violão
Em cada janela feminina
Pode ou não abrir a cortina
Para dizer um sim ou um não!

Escrito as 09:38 hrs., de 31/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

PASSARINHO VERDE


Você não leu, que pena
Mas eu vi a sena
Que tu aprontaste
Falando de boca cheia
E meu ego se incendeia
Quando me chama de traste

Esse traste que te ama
Sonho contigo na cama
Chegando ter pesadelos
No embalo de nossa rede
Te vejo passarinho verde
Que não atende aos meus apelos

Mas passa por mim rebolando
As vezes até se esfregando
E que não diz nem sim nem não
Quero casar contigo pra ontem
Na igreja de Traz dos Monte
Ou me devoro nesse incêndio de paixão!

Escrito as 21:51 hrs., de 30/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

FEITO DE ALGODÃO


Escrevendo um pouco
Com a sina de um louco
Que pensa em quebrar tudo
Mas é feito de algodão
Arrastado pela paixão
Entra calado e sai mudo

Não se mete em lambança
Uma verdadeira criança
O cara só tem tamanho
Vive sempre conformado
É um tanto desconfiado
As vezes parece um estranho

Essa pessoa sou eu
Desde o dia em que nasceu
E saiu pro mundo em seguida
Eu sou um cara romântico
Nas praias do Oceano Atlântico
E amo por demais essa vida!

Escrito as 21:01 hrs., de 30/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NEM UM NACO DE POESIA


Hoje nem um naco de poesia
Mergulhado num mar de heresia
Só agora que vim à tona
Sentado no meu banco de poeta
Agora então traço a reta
Essa coisa não se abandona

Pois a poesia é minha vida
Vivo procurando uma saída
Para encontrar o caminho do amor
Numa estrada cheia de pedras e espinhos
Como fazem falta os carinhos
De alguém que não apunhale com dor

Porque a solidão me apunhala
Mas o coração não se cala
E pula dentro do peito
Não há mal que não se cure
E a dor por mais que perdure
Para amar sempre tem um jeito!

Escrito as 17:16 hrs., de 30/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila


domingo, 29 de dezembro de 2019

A ESTAÇÃO DO AMOR


Domingo calorento de verão
Essa é a minha estação
Vou pegar o trem das três
Lá vem ele soltando fumaça
E minha música é de graça
Eu vou cantar pra vocês

Um copo d’água por favor
Menina aceite essa flor
Pra colocar em seus cabelos
Vamos descer em Caixa Prego
Estou de olho em ti não nego
Por favor aceite meus apelos

Quero enfeitar-te de joias
Sapatos couro de jiboias
Teu nome sei que é felicidade
Sobe aqui na minha asa
Vou te levar embora pra casa
Pra te amar com minha vontade!

Escrito as 14:44 hrs., de 29/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 28 de dezembro de 2019

O MEU GORDINI



A primavera foi embora
Papai Noel deu o fora
Vem chegando o réveillon
Eu pego meu violão
Pra cantar uma canção
Da sacada eu faço um som

Mas se a corda rebentar
Bato a viola pra quebrar
Pego o boné e vou embora
A corda não rebenta não
Toco a vida e o coração
E pra começar não tem hora

A noite à beira da praia
ô mulher, tira essa saia
A veste aquele biquíni
Que quando chegar a hora
Eu juro que te levo embora
De carona no meu Gordini!

Escrito as 17:20 hrs., de 28/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

E AGORA O QUE É QUE EU FAÇO


A hora do recomeçar
Eu preciso me acalmar
Estou um pouco agitado
Tudo passa de pressa
Eu estou na via expressa
Já de sapato furado

E acho que o bolso também
Não encontro um vintém
E agora o que é que eu faço
Meu cartão tá no limite
Nem que esperneie e grite
Estou precisando de um abraço

A mulher me jogou fora
Foi ali ao romper da aurora
Diz que não sirvo mais pra nada
Estou virado num fraco
Que já não passo de um caco
Uma pobre alma penada!

Escrito as 10:35 hrs., de 28/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

NA BEIRA DO MAR


Esse forno que me queima
Porem meu corpo teima
Em pegar um bronze na praia
Na beira do mar tem sol
Mandei nas águas meu anzol
Quem sabe pego uma arraia

Ou até mesmo a bela sereia
Que talvez se bronzeie na areia
É que a praia é muito grande
Do Cassino ao Maranhão
Todos curtindo o verão
Deste oceano que se expande

Eu vejo o azul da cor do mar
Furando a onda ao mergulhar
Cuidado pra não ir muito fundo
Eu bebericando água de coco
Fugindo deste mundo louco
De qualquer forma esse é nosso mundo!

Escrito as 13:50 hrs., de 27/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NÉCTAR DE FLOR DE AMORA


Ser melhor eu sou capaz
Quero deixar pra traz
Na virada de ano
Quantas gotas de venenos
E alguns quilos a menos
Pois terei um novo plano

De ser uma outra pessoa
Levar tudo numa boa
Sem perder as estribeiras
Dois mil e dezenove que se vai
Há uma benção de Deus que cai
Lagrimas descerão as ribanceiras

Para irrigar as matas
Águas cristalinas em cascatas
Levando a tristeza embora
E o meu humilde desejo
É de deixar meu beijo
Como néctar de flor de amora!

Escrito as 12:30 hrs., de 27/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

MOZART EU TE OUÇO


Mozart eu te ouço
Desde os tempos de moço
Quando pisava na Europa
Escrevo este relato
Comendo mel no prato
Que tirei de uma cachopa

Ontem a abelha me mordeu
Não imaginas o quanto doeu
Mas tudo valeu a pena
Quando a dor do amor não dói
E a saudade nem corrói
Se a alma não é pequena

Eu estava em Salvador
Visitando um grande amor
No carnaval de fevereiro
A gente desfilou na Portela
Depois de uma viagem tão bela
Pelas praias do meu Rio de Janeiro!

Escrito as 10:06 hrs., de 27/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

NAVEGANDO MEU IATE


Pela manhã o sono bate
Navegando meu iate
Por rios e mares a fora
Eu sei que não posso dormir
Hoje ainda quero ir
Lá nos confins da aurora

Cachoeiras quero romper
Chegando ao entardecer
Nos confins do paraíso
Rasgando as ondas do mar
Meu barco não vai parar
Em busca de alguém eu preciso

Um amor que não conheço
Mas eu sei que mereço
Ser promovido a Dom Juan
O coração que chora e teima
Vou sentido o sol que queima
E o frescor da brisa da manhã!

Escrito as 09:08 hrs., de 26/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

NO JARDIM DA BELDADE


Quero ficar mais à vontade
No jardim da beldade
Que mora ali na janela
Uma princesa muito rica
O meu coração doido fica
Fortemente gamado por ela

Eu sei que não tenho chance
Inventei esse romance
O problema é que sou pobre
Nem se quer estudado
Vou cantar pra ela um dobrado
Neste meu gesto nobre

Porém sem chance nenhuma
Sou um poeta que não se apruma
O seresteiro com seu violão
Seja lá o que Deus quiser
Me declaro pra essa mulher
Ou morro do coração!

Escrito as 20:48 hrs., de 25/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

AQUI NO BARRACO DE ZINCO


E vamos criar alguma cousa
Antes que a raposa
Invada o galinheiro
O verão chegou
O natal já se acabou
Vem aí mais um janeiro

No passar da minha vida
A gente não tem saída
O tempo vai e a gente fica
Depois nóis vai também
Meter o focinho no além
Humanidade pobre ou rica

Pois Deus não quer saber
Agora quero beber
Do meu chá das cinco
Pra depois ver a novela
A vida é sempre bela
Aqui no barraco de zinco!

Escrito as 17:44 hrs., de 25/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

O ANIVERSÁRIO DO HOMEM


Mais um natal entre nós
Eu desejo a vós
Muita paz e amor
Nesse mundo conturbado
Um bom peru recheado
Em volta um jardim de flor

E um lago de água cristalina
No sopé de uma colina
O paraíso, porque não,
Cuidado com a bebida
Pense bem na sua vida
Pode comer frutas e pão

Eu quero sorver a brisa
Poder estar sem camisa
Bebida não, credo em cruz
Que ninguém fique com fome
No aniversário do homem
Pra sempre o Menino Jesus!

Escrito as 16:36 hrs., de 23/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O BAÚ DA SAUDADE


O negócio esquentou
Desde que o verão chegou
E a primavera foi embora
Abrindo o baú da saudade
O natal é nossa felicidade
E o ano novo não demora

Por onde andará o meu amor
Sem ela eu sinto dor
Uma dor que não passa mais
Um dia vou ao encontro dela
Entrar por sua janela
Ouvindo o canto dos pardais

E da jacutinga do mato
Tem o banho no regato
Eu sou o lobo da caverna
Quero encontrar a minha amada
Ao romper da madrugada
Pra sempre na vida eterna!

Escrito as 15:40 hrs., de 23/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 22 de dezembro de 2019

NUM CÁLICE DE GIM


Saudades não sei de quem
Talvez do ano que logo vem
Estará chegando nos dando um oi
Saudades do meu passado
Lembranças num baú guardado
Ou da primavera que já se foi

Que ela vá com Deus
Que ficarei com os meus
Pensamentos num varal
Que nem sarau de poesias
Nesse nosso mundo de utopias
Prepare o castiçal

Vamos ascender uma vela
Estou pensando na siriguela
Que um dia meus olhos botei
Eu mergulhado num cálice de gim
Saí dela mas ela não saiu de mim
E o que fazer agora, não sei!

Escrito as 16:13 hrs., de 22/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 21 de dezembro de 2019

ANO QUE VEM, QUEM SABE


Tudo preparado
Templo nublado
Esperando o natal
Depois o ano novo
Euforia do povo
Pensando no carnaval

É tudo vida que segue
Salve, salve Porto Alegre
Aqui no bairro Bom Jesus
Sábado, dez e vinte e um
Silencio, barulho nenhum
Eis o verso que eu compus

Sem inspiração nenhuma
A humanidade não se apruma
Motivo, luxo e vaidade
Ano que vem, quem sabe
Uma nova porta se abre
Para o mundo da felicidade!

Escrito as 10:27 hrs., de 21/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

OS CARNAVAIS DE MINHA VIDA


Pra poesia que eu ganho mais
Depois de muitos carnavais
Lá se vão cinquenta e tantos
Aquelas marchas coloridas
Aos troque troques nas avenidas
Era tudo por demais encantos

Para o ano vou armar meu bloco
E direcionando o foco
Para as mulatas lá do povo
E eu com minha viola enluarada
Cada marcha e cada toada
Em fevereiro tudo de novo

Minha escola sai do beco
Na direção do Porto Seco
Quero arrastar a morena
Mas pode ser na Sapucaí
Me espere que eu vou aí
Depois que fechar este poema!

Escrito as 21:24 hrs., de 20/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A NAVE DO PENSAMENTO


Lá em cima bem no alto
Muito longe do asfalto
A nave do meu pensamento
Além das nuvens de algodão
Sou eu no mundo da ilusão
Querendo romper o firmamento

Respirando o ar da liberdade
Quero fugir da maldade
Que se pratica nesta terra
Sigo o silêncio da minha solidão
Com o peito extravasado de paixão
Porque o nosso mundo vive em guerra

Quero travar braços e pernas
Das almas das vidas eternas
Não quero um mundo de dor
Sem a morte bruta nas estradas
E que um dia as guerras travadas
Sejam unicamente de amor!

Escrito as 10:43 hrs., de 20/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

NO MAR SERENO DO AMOR


Quando os ventos são medonhos
Com mais de mil sonhos
Dos banhos em tua cachoeira
Naquela ilha de nós dois
O que a gente faz depois
É subir a ribanceira

Da virgindade devastada
Lua de mel ornamentada
Com nossos banhos de sais
A gente volta ao lar
Para viver e sonhar
Solidão e saudade nunca mais

Quatro braços entrelaçados
Depois dos sonhos realizados
Nosso mundo é tudo flor
Sem pecados e sem mágoas
Navegando sempre nas águas
Do mar sereno do amor!

Escrito as 09:42 hrs., de 20/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ABRINDO OS BRAÇOS PRO SAMBA


Só o silencio fala comigo
Pessoa do tempo antigo
Sentado em minha cadeira
É a poltrona da saudade
De minha tenra mocidade
Eu que nasci a beira

Do precipício das ilusões
Conservando as tradições
Dos bons costumes pessoais
Pintando o rosto e o corpo inteiro
Quando no mês de fevereiro
Pra desfilar nos carnavais

Marquei com sangue a morena
Linda flor de açucena
Eu agora menino taludo
E ela metida a banba
Abre os braços pro samba
É agora que vou com tudo!

Escrito as 19:09 hrs., de 18/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

CHÃO PINTADO DE FLORES


A tempo que não chegava na sexta
Mas é claro que não sou besta
Porque hoje é quarta feira
Refiro-me a sexta poesia
Que eu faço num só dia
Espalhando a sementeira

Das letras faço semente
Plateias sempre contentes
E agradando aos leitores
Por esse mundo a fora
Primavera se indo embora
E pintando o chão de flores

Há um vento lá fora que arde
São quatro e quinze da tarde
Com a solidão não me amolo
Não perco noites de sono
Perdido assim ao abandono
Prefiro carreira solo!

Escrito as 16:16 hrs., de 18/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

FOGO DENTRO DO PEITO


A poesia me prende
Quando a inspiração se ascende
E pega fogo dentro do peito
Eu lembro daquela vez
Num certo fim de mês
O punhal feriu de um jeito

Foi um corte tão profundo
Do outro lado do mundo
Veio uma mulher tão linda
Num sono muito pesado
Eu dormia o sonho sonhado
E essa história nunca finda

Ela baixou como rainha
De uma nave tão bonitinha
Foi quando tudo aconteceu
Mas aí quando acordei
Não havia mais ninguém
A alma pura desapareceu!

Escrito as 15:16 hrs., de 18/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

SE A CANOA NÃO VIRAR


Tá ventando muito forte
Meu barco de pequeno porte
Balança nas ondas do mar
Aviões sobrevoando por cima
Sinto um agradável clima
Tenho medo de afundar

E em afundando vou ao fundo
Talvez conheça outro mundo
Até que seria uma boa
Abraçar uma linda sereia
E depois puxa-la para a areia
Abordo de minha canoa

Se a canoa não virar
Eu sei que vou navegar
Na mais plena liberdade
Em busca do paraíso
Pois é disso que eu preciso
Para atingir a felicidade!

Escrito as 13:41 hrs., de 18/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila


O VIOLÃO SERESTEIRO


Eu sou o violão seresteiro
Vadiando o dia inteiro
Atirado na sarjeta
Me chamam de dito cujo
Escrevo em papel sujo
Meus poemas de gaveta

Bebendo de bar em bar
Sonhando comer caviar
Num pão velho com banana
Largado pela mulher
Que dorme num canto qualquer
E ainda se acha um bacana

Que não perde a majestade
Prefere o ar da liberdade
Pra pobre torce o nariz
Morando no olho da rua
Se diz o seresteiro da lua
Esse é um poeta feliz!

Escrito as 10:07 hrs., de 18/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O HOMEM DA LUA CHEIA


Hoje é dia dezoito
Quando acontece o coito
Entre a consciência e o desejo
Porque se a lua é nova
É quando a virginal prova
E sente o ósculo do beijo

Do raposão gigantesco
Que apesar de ser fresco
Ele corda dos dois lados
É o homem da lua cheia
Que as vezes permeia
E ele chega transladado

Cheio de anéis nos dedos
Revelando seus segredos
Bota o olho e tasca
Atacando dos dois lados
Dois corpos estatelados
Em cada gesto uma lasca!

Escrito as 09:04 hrs., de 18/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

LAMBUZANDO A TELA


Mais então voltei pra tela
Trazendo na memória aquela
Pincel na mão, pincelava
E ia lambuzando tudo
Hoje o silencio está mudo
Do meu jeito eu a amava

Porem voei no tempo
Como pandorga ao vento
Usava uma florida saia
Pintando e olhando o mar
Pensamentos a voar
Depois se ia pra praia

Vestindo o tentador biquini
De carona no meu Gordini
Mas a gente não namorou
Embora se desejasse sim
Um dia aquilo teve um fim
E só a saudade ficou!

Escrito as 16:39 hrs., de 17/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

AS MENINAS DE OUTRORA


Então vamos as escribas
Porque as águas das paraíbas
Estão correndo lentamente
Aquelas meninas de outrora
Que o tempo as levou embora
Enquanto vivo a gente sente

Eu era um toquinho de menino
Mal sabia do meu destino
Que um dia voei pra bem longe
A dona Nenê e Dona Chica
E aquela menina a Curuvica
Saudade bate no peito hoje

A vida corre como um vento
Deixando pra traz o sentimento
Um dia também me vou embora
Encontrar com os primitivos
Mas eu deixarei os meus livros
E depois me tornarei outrora!

Escrito as 14:35 hrs., de 17/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

CHÁ DE FLORES


O tradicional chá das cinco
No meu barraco de zinco
Que não falta bolo frito
Muito menos rapadura
É o que adoça a cultura
Em mais um poema bonito

O meu barraco tem goteira
E eu esquento a chaleira
Da água do chá de flores
Que nas borbulhas da fumaça
É que a magia me abraça
No borbulhar dos amores

Sem amor ninguém vive
Eu que um dia estive
Num desses ninhos qualquer
Onde acontece o convexo
Foi lá que me lambuzei de sexo
Com um ser chamado mulher!

Escrito as 16:50 hrs., de 16/12/2019 por
Nelson Ricardo ´


O TREM DA ESPERANÇA


Parece que agora vai
Embarco nesse trem que sai
Da estação do bem querer
Com destino a felicidade
Sorvendo o ar da liberdade
Hoje eu quero me esconder

Nos braços da minha paixão
Salve salve um coração
Que sempre pulsa de saudade
Vou seguindo os passos dela
Me esperando na janela
No bairro da felicidade

Nesse trem que sacoleja
Sinto que ela me beija
O resto tudo vem depois
Naquele colchão fofura
Vamos sentir a doçura
Na lua de mel de nós dois!

Escrito as 16:00 hrs., de ponto de 16/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 14 de dezembro de 2019

A COISA MAIS BELA


Acordei de um sonho
Um vento medonho
Virou meu barquinho
Fui direto ao fundo
Num delírio profundo
Emergi de vagarinho

E lá no fundo o que eu vi
Bela mulher ali
Com um rabo comprido
A coisa mais linda
Essa história não finda
Me tornei envolvido

Aquele bicho virou mulher
E quem é que não quer
Ser atraído por ela
Emergi de dentro d’água
Ela me acompanhou sem mágoa
E hoje atende por Bela!

Escrito as 15:32 hrs., de 14/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

VAMOS JOGAR VARETA


Faz dias que não escrevo
Não danço frevo
Muito menos uma valsa
Na verdade não danço nada
Mas já bailei numa explanada
A morena me puxou pra salsa

Eu até parecia um urso
Agora estou fazendo curso
Para virar um dançarino
Sem quebrar minha tamanca
Quero dançar na Casa Branca
Num estilo muito fino

Nos Estados Unidos
Tudo sempre tem sentidos
Quando me bate a veneta
Querida desliga a televisão
E presta em mim atenção
Vamos jogar vareta!

Escrito as 10:48 hrs., de 14/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

A LUA TODA CHEIA


Enquanto acontece o jornal
No mundo ocidental
O sol repousa no oriente
E a lua toda cheia
Com seu brilho na areia
Charmosa e contente

A lua é minha namorada
Junto com a prima florada
É porque a Vera está de partida
Eu fico brincando com as duas
As belas mulheres são luas
Iluminando minha vida

Como seresteiro da saudade
No país da felicidade
Jantar pra muitos talheres
Na imensidão do laser
Eu sempre busco o prazer
Num arem só de mulheres!

Escrito as 20:40 hrs., de 11/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

UM RAMOS DE ROSA


Dezessete e trinta, em ponto
O assunto que agora conto
Improvisado no momento
Mastigando a cereja do gim
Um ramos de rosa do jardim
Que colhi com um sentimento

Desses de arrepiar os pelos
Quero colocar em seus cabelos
A rosa vermelha do amor
Demonstração de meus encantos
Apelando a todos os santos
Que intercedam por favor

Você vizinha encardida
Já ficando carcomida
Dos anos que já são quarenta
Tu nascestes pra ser minha
Eu o rei e tu a rainha
Vem, que o amor só aumenta!

Escrito as 17:42 hrs., de 11/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

SUBLIME ROMANCE


Tomei um vinho
E subi no pinho
Pra apanhar a pinha
Tinha um oco no pau
Então dei um tchau
Que pinhão não tinha

Escorreguei ao chão
Peguei o violão
E fiz uma melodia
Para a loira do lado
De shortinho colado
Que tanto sorria

Dei o anel de ouro
Caímos no choro
Um beijo ao alcance
Mordidinha sem dor
Começou o amor
Num sublime romance!

Escrito as 15:53 hrs., de 11/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

DOIS MIL E VINTE


O tempo corre veloz
Parece que foge de nós
Fim do ano chegando
E vem dois mil e vinte
Quer pintar que pinte
A moldura se formando

Do ano vindouro
E que seja duradouro
De paz, harmonia e amor
Que nos mate a fome e sede
Que pinte o mundo de verde
Seja bem vindo por favor

Tanta flor que na terra cai
A primavera que se vai
Dando lugar ao verão
Frutificando a humanidade
Que brote muita felicidade
E que o mundo seja um só coração!

Escrito as 09:24 hrs., de 10/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

AQUELE FIO DENTAL



De tarde um calor danado
Só comendo gelo gelado
Coca cola e melancia
Tenho amor pelo meu time
Alguma coisa que rime
Com poesia

E por falar em poesia
Na plenitude da alegria
O calor tá de lascar
Bota o biquíni menina
E vamos pra piscina
Pra nos refrescar

Bota aquele fio dental
É fininho não faz mal
A piscina é de nós dois
É aos fundos do jardim
Dá um sorriso pra mim
Que eu te faço amor depois!

Escrito as 16:57 hrs., de 09/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A CAMINHO DO PARAÍSO


Que calor que se sente agora
Eu cheguei lá de fora
Com um ramo de flor na mão
Para entregar a você
Que não desliga essa tevê
Vai lá esfregar sabão

E enxaguar minha camisa
Logo mais durante a brisa
Vou ao ensaio de carnaval
No barracão da Imperador
Quero te fazer meu amor
Para uma noite nupcial

No motel das caraíbas
Que está lá nas Paraíbas
De quem vai ao paraíso
Fica a direita de marte
Quero te mostrar minha arte
Pois é de ti que eu preciso!

Escrito as 15:01 hrs., de 09/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 8 de dezembro de 2019

UM POEMA PENSADO



E aí tocando direto
Comigo é papo reto
A poesia não pode parar
Se parar o bicho pega
O bom poeta não se entrega
Enquanto o sono não chegar

Nessa solidão imensa
E tem gente que pensa
Que tenho alguém ao meu lado
Só na imaginação
Eu chamo a inspiração
Pra fazer um poema pensado

Que valha a pena ler
Mas eu quero dizer
Que não vivo triste não
Muito pelo contrário
É só ler o meu diário
E conhecer meu coração!

Escrito as 22:06 hrs., de 08/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

VAI QUE DÁ


Pra não passar em branco
Jogo fora o meu tamanco
E ligo o computador
Eu sou manso e não xingo
Mais um final de domingo
Saudade do meu amor

A ausência dela é um pecado
Se eu desce conta do riscado
Aí é que tá o problema
Mas correr o risco eu quero
E juro que de repente me esmero
E no final inda dá um poema

O poeta que negou fogo
Se meteu a entrar no jogo
Nada disso me entristece
Porem tomado de paixão
Vai que desce a inspiração
E então a coisa acontece!

Escrito as 21:36 hrs., de 08/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 7 de dezembro de 2019

DE ONDE VIM E PRA ONDE VOU


Com os caminhos cruzados
E pássaros colorados
Olhamos as alturas
Grossas nuvens a se formar
Milhões de carros a cruzar
Cidades de velhas esculturas

E assim vou descrevendo
A verdade absorvendo
Velhos céus de antigamente
E cachoeiras barulhentas
Chove chuva com tormentas
Levando embora da gente

O presente e o passado
Sou um ser desconfortado
De onde vim pra onde vou
Eu confesso que não sei
Do meu passado nada herdei
Mas também nada sobrou!

Escrito as 13:55 hrs., de 07/12/2019 por
Nelson Ricardo Ávila