Eu vivo no passar das eras
Atravessando primaveras
E escapando à salvo dos invernos
Já não bastasse o outono
O pobre cão sem dono
Chega ao verão dos infernos
Aos quarenta graus de calor
Que se não fosse o amor
Que mora dentro do coração
Este pobre desafortunado
Já teria sido enterrado
Nas covas da ilusão
Esse cão velho sou eu
Que o mundo inteiro esqueceu
Até a mulher que um dia foi minha
hoje flutua de asas abertas
quando dorme em sonho desperta
E lembra que um dia já foi rainha!
Escrito as 17:55 hrs., de 05/09/2020 por
Nelson Ricardo Ávila
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