Eu sou um poeta romântico
moro à beira do Atlântico
o relógio marca cinco
ou então dezessete em ponto
a rede do balanço eu monto
na varanda do barraco de zinco
me sinto sozinho agora
a mulher pegou o rumo e foi embora
pra ir desfilar na berlinda
nos palcos do Rio de Janeiro
nos carnavais de fevereiro
vira uma cabrocha linda
foi se queixar pro moro
dizendo que não dou mais no couro
e que não faz mais minha comida
agora em pleno outono
estou como um cão sem dono
o que é que eu faço dessa vida?
escrito as 17:09 hrs., de 03/05/2021 por
Nelson Ricardo Ávila
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