OS BAILES
DO RINCÃO
SÃO LUCAS MEU QUERIDO PAGO
MUITAS SAUDADES EU TRAGO
DESDE OS TEMPOS DE CRIANÇAS
DOS BAILES QUE SE DANÇAVA
RIOS E PICADAS A GENTE CRUZAVA
E QUE NÃO ME SAI DA LEMBRANÇA
OS GAITEIROS TRADICIONAIS
VELHOS AMIGOS ANCESTRAIS
QUE OS TEMPOS LEVARAM EMBORA
COMO O TONHO E O RAMÃO
QUE ERAM SECOS EM UM VANERÃO
DO ANOITECER AO ROMPER DA AURORA
OS BAILES LÁ NO GESUINO
ERA UM DOS DESTINO
EM QUE O POVO PRA LA RUMAVA
LAMPARINAS DE QUEROZENA
NUM ESVOAÇAR DE MELENA
QUANDO O OLI SIQUEIRA TOCAVA
PRA SE DANÇAR XOTE LARGADO
NUM VAI E VEM CAPRIXADO
SEU ABILHO VIEIRA BARBASA
O NENÊ E O GOMERCINDO
NO TRANQUITO A GENTE IA INDO
DANÇANDO COM A MOÇA CHEIROSA
TODOS PILCHADO A GAÚCHO
DE UM JEITO SIMPLES SEM LUXO
FICANDO NA HISTÓRIA O FEITO
NO SISTEMA SOCIAL DO RINCÃO
ACERTANDO O PASSO NA CANÇÃO
MANTENDO A CIMA DE TUDO O RESPEITO
A MAIORIA GENTE DA ROÇA
QUE VINHAM A PÉ OU DE CARROÇA
DE UMA FORMA BEM FAMILIAR
FAMILIAS INTEIRA
PRONTAS PRA DANÇAR RANCHEIRA
ATÉ O DIA CLAREAR
QUANDO O OLI SIQUEIRA TOCAVA
TODO O MUNDO DANÇAVA
O XOTE DE PAR TROCADO
SEM PISAR NO PÉ DO PAR
E AS VÉIAS ESPIANDO A CUIDAR
PRA QUE NINGUÉM DANÇACE APERTADO
NADA DISSO EXISTE MAIS
TUDO FICOU LA A TRAZ
FORAM EMBORA PRA CIDADE
O VELHOS A MUITO JA MORRERAM
E OS MOÇOS ENVELHECERAM
SÃO OS PAÇOS DA HUMANIDADE.
ESCRITO EM 25/06/2009 POR
VAINER DE ÁVILA
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