terça-feira, 9 de junho de 2009

pássaro sem asas

lá vou eu nas águas mansas
do ribeirão de minha vida
recebendo os raios de sol
apoitar a chalana no remanso
pro merecido descanso
o anzol nas profundezas
respeitando a natureza

a sua exelência o peixe
que venha a ter comigo
pra fumar-mos o cachimbo
e despairecer nas águas mansas
acreditando na esperânça
de um porvir melhor
pois o marásmo é pior

quem não chora não mama
lágrimas não pagam dividas
mas branqueiam os cabelos
eu gosto é de olhar o céu
pra deus tirar o chapéu
e lhe proferir um verso
pela imensição do universo

todas as estrelas planetas
os sois as galáxias
rochas de todos os tipos
o mundo animal
o reino vejetal
e tudo mais que o valha
formando a grande malha

interestelar do sistema
e é aí que a imaginação
cobre-se de curiosidade
a minha mente insana
ao rever cada noânse
isso está fora do alcanse
da engenharia humana

então na fria madrugada
o breu silencioso da noite
me fecho dentro de mim
sufocando a minha mágua
o anzol no fundo d'água
e como um pássaro sem asas
cabisbaixo volto pra casa.

autor: VAINER DE ÁVILA

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