quinta-feira, 20 de setembro de 2018

COMO PANDORGAS AO VENTO


Que saudade minha de casa
Sou pássaro que bate a asa
E voa de jardim em jardim
Como pandorgas ao vento
E perco-me ao passar do tempo
No grande vôo que não tem fim

Sou palmeira que não dá frutos
Eu sou dos campos enxutos
E dos fogos ardentes na serra
Sou do tormento em alto mar
O santo sério dentro do altar
Sou o fuzil aposentado da guerra

Eu sou a toca da raposa
Sou o ciúme da esposa
Do marido com a amante
Eu sou a menina da escola
Sou o tornado que assola
O navio no mar flutuante!

Escrito as 15:37 hrs., de 20/09/2018 por
Nelson Ricardo Ávila

Nenhum comentário:

Postar um comentário