Falando talvez do amargo
O fel na ponta da língua
A gente morre de solidão
E eu digo, haja coração
Por nada não morre à míngua
Meu coração vive tapera
Só abre as portas na primavera
Ou na chegada do outono
Que nem um cão vira latas
Ao cabresto das mulatas
Só pra não viver ao abandono
Eu sou esse pobre cão
Mendigando um pedaço de pão
E latas vazias de cerveja
A culpa é da moça da padaria
Que não me querendo me judia
Ao negar-me um abraço e um beijo!
Escrito as 15:50 hrs., de 14/02/2020 por
Nelson Ricardo Ávila
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