Sem ter dona nem dono
Faltam cinco para as vinte e duas
Primeiro se cultiva a flor
Pra depois comer a maçã do amor
Principalmente quando estão nuas
Não queira achar que sou tarado
Eu tenho o gosto apurado
Para as coisas humanas e naturais
Vivo pousando em estalagens
Sou o poeta que fala bobagens
Me escondendo a traz dos vitrais
Da igreja que foi ao chão
Eu não passo de um pobre cão
Que até me chamam de cachorro
Nasci de um desenho, um esboço
Ninguém se quer me dá um osso
Seus ingratos, eu grito, socorro!
Escrito as 22:02 hrs., de 11/08/2019 por
Nelson Ricardo Ávila
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