quinta-feira, 31 de outubro de 2019

OCEANO POÉTICO


Enquanto esquenta a água
Começo a escrita sem mágoa
Depois tem o banho de banheira
Com ervas cheirosas
Desabrocham as rosas
Brotando delícias de roseiras

Que calor fora de hora
Que está fazendo agora
Então retiro a camisa
Pensando na frescura do mar
Água de coco a tomar
Curtindo o belo frescor da brisa

O poema quase pronto
Com as palavras que monto
Sou um escritor muito ético
Que apesar do castigo da dor
O objetivo é sempre o amor
Navegando no oceano poético!

Escrito ads 17:07 hrs., de 31/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

NAVIO DE PRATA


Se o campeonato rola
Os times gastando a bola
Não tenho nada com isso
Eu venho teclar os tempos
Apesar dos fortes ventos
Peço taça e meia e um misto

O Grêmio leva o primeiro
Eu vivo assim solteiro
Sem lenço e sem documentos
Tomando pinga nos bares
E com o pensamento nos ares
Coração de sentimentos

Nessa viagem mar a fora
O navio de prata que agora
Num bailado de valsa
Enquanto eu como um bombom
Peço mudança no som
E saio num rebolado de salsa!

Escrito as 21:48 hrs., de 30/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

POETA APAIXONADO


Como chove nesta terra
Será que Deus está em guerra
Arrependido do que criou
O homem e a mulher em pecado
Aí fora tudo molhado
O inferno se instalou

Mas não há de ser nada
Encerra-se mais uma jornada
Mesmo de baixo d’água
A vida segue seu rumo
Um dia o homem acerta o prumo
Só que sem pecado e sem mágoa

Eu já pequei o suficiente
Sou um pobre poeta carente
Um vira lata desgarrado
Largado na sarjeta da ilusão
Grudado o tempo inteiro ao violão
Um pobre poeta apaixonado!

Escrito as 18:02 hrs., de 30/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O QUE IMPORTA É O AMOR



Seja lá do que for
O que importa é o amor
Expressado em poema
O mais astuto e carnal
Ou então o fraternal
É a vida que tem seu lema

A raiz do bom saber
As margens do anoitecer
Do registro das alturas
Sempre tem a alma gêmea
Foi Deus que fez a fêmea
E do macho uma escultura

Se o mundo me mal trata
Eu recorro a uma mulata
Como a Eurides de Orfeu
Tudo começa com calma
E brota do fundo da alma
Foi assim que aconteceu!

Escrito as 16:16 hrs., de 30/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

NO SILÊNCIO DO ENTARDECER


No silencio do entardecer
Daqui a pouco o escurecer
No lado ocidental do planeta
E a humanidade passando
Caderno aberto vou pegando
E dou de mão em minha caneta

Há que escrever nossa história
Se na derrota ou na vitória
Seja lá o que Deus quiser
Vamos indo no mesmo passo
Quando seguindo risco um traço
Tentando desenhar uma mulher

E o fogo rubro de seus cabelos
Que tratar com tantos zelos
A criatura feminina
Como aquela dos braços de Adão
A mulher é fogo e paixão
O amor é coisa que contamina!

Escrito as 17:312 hrs., de 28/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 27 de outubro de 2019

BILHETES ANTIGOS


Respirando um cheiro de flor
Refletindo a palavra amor
Na cadeira descanso
Chupando uma bala de goma
Enquanto o sono não me toma
Tenho jeito de sôrro manso

Na solidão em minha alma
Vou levando tudo na calma
Porque já corri bastante
Pra nunca ganhar medalhas
Tenho guardado minhas tralhas
Tudo muito relevante

Pois não tenho quase nada
Nem sequer uma namorada
Apenas um chinelo rasgado
Algumas cartas de amigos
E outros bilhetes antigos
De um amor que ficou no passado!

Escrito as 22:12 hrs., de 27/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

UMA FLOR DE FELICIDADE


É a tarde de domingo indo embora
E eu pergunto e agora
Essa chuva que não para
E o que que se há de fazer
A vida é o próprio prazer
Além disso é coisa muito rara

Tem uma gata que me olha
A chuva é fraca e não me molha
Rola o futebol no campeonato
O que não tenho nada com isso
Amanhã não conheço compromisso
Eu escrevo este relato

Na falta de inspiração
Lanço mão do violão
Pra dedilhar minha saudade
Quem sabe faço a serenata
E fulmino o coração da gata
E nasce uma flor de felicidade!

Escrito as 16:27 hrs., de 27/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

MORENA PEDAÇO DE BOM CAMINHO


Escrever um poema agora
O chão forrado de amora
Uma frutinha muito gostosa
Como os lábios daquela morena
Que traz o nome de Lorena
Que além de linda é charmosa

E cabe bem no meu estilo
Só fico pensando naquilo
Se uma dia me achar com ela
Numa banheira de espuma
Feliz e sem culpa nenhuma
A vida seria mais bela

Sabe lá se um dia
Numa noite de alegria
Chuva caindo no telhado
E ela caia no meu colo
Me atiro na grama e rolo
De tão feliz e apaixonado!

Escrito as 10:03 hrs., de 27/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

PÉ NA BUNDA


E o que é que escrevo agora
Me jogaram porta fora
Levei um pé na bunda
De minha querida madame
Que me deu pão com salame
E depois uma tunda

Me chamou mala sem alça
Nem deixou vestir a calça
Saí apenas de cueca
Fui pego em casa dormindo
Levantei e fui saindo
Sem esquecer minha caneca

Me vou pra baixo do viaduto
Sou apenas um poeta culto
E ninguém dá um oi pra mim
Que apesar de apaixonado
Sou um vira lata abandonado
Esperando chegar meu fim!

Escrito as 17:52 hrs., de 25/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

ROMANCE A BEIRA DO MAR


Começando esquentar
E o romance a pairar
Nas ondas românticas do mar
Na água o meu anzol
E eu de baixo do guarda sol
Solamiente a observar

Quantas sereias indomadas
Com aquelas peles bronzeadas
Olho gordo em cada sereia
Que coisa de louco
Bebericando minha água de coco
E a paixão que incendeia

Na solidão do meu ser
O que pode acontecer
Em um lugar do mundo qualquer
É eu me vestir de Adão
E Eva a confundir meu coração
Obrigado por você existir mulher!

Escrito as 10:17 hrs., de 25/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

UMA MALA DE TRISTEZA


Pode haver espinhos nesta estrada
Vou em busca de minha amada
Sabe Deus onde andará
Parece que foi pro amazonas
Colher ervas de belas donas
Lá pelas matas do Pará

Já estou indo embora
Homem abandonado não chora
Porem soluça de paixão
E pelo amor de sua vida
Não existe outra saída
Que não seja o violão

E uma mala de tristeza
Vou mergulhar na natureza
Brotar na raiz de uma flor
Sobre um lago qualquer
Onde estará essa mulher
Quero encontrar o meu amor!

Escrito as 15:37 hrs., de 24/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O SOL VERMELHO


Que caloraço que faz
Trabalhar não sou capaz
É preguiça que não passa
Tentei dormir, não deu
O sol vermelho apareceu
E a maldita da traça

Não é que roeu meu paletó
Tenho pena de socó
Na aba do meu chapéu
Passou-se o tempo
E voaram pelo vento
As belas plumas para o céu!

Mas agora o sol parou
E de fato muito esquentou
Na aurora da minha vida
Que se perdeu pela estrada
E não me resta mais nada
Por favor onde fica a saída?

Escrito as 14:51 hrs., de 24/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O POEMA É MEU PRÊMIO


Que me interessa o resultado
Se sou colorado
Um poema pra não dormir
Daqui a pouco vou ao berço
Depois de rezar o terço
Ao mundo do sonho quero ir

Quero navegar no nada
Sonhando com a namorada
Na plena imaginação
No mundo do futebol
Enrolado em um lençol
Mergulhado na solidão

A bola está rolando
E eu aqui digitando
Pensando no amanhã
O poema é meu prêmio
Enquanto flamengo e grêmio
Duelam no maracanã!

Escrito as 21:40 hrs., de 23/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 22 de outubro de 2019

SINGRANDO NAVIO À FORA


Depois da cantoria
Agora vem poesia
Já ao entardecer
De um mundo belo
Eu bato martelo
E faço acontecer

O negócio é viver a vida
Não existe outra saída
Para a gente ser feliz
Singrando navio a fora
E assim vamos embora
É o que a cartilha diz

Deste cruzeiro das ilusões
Batem tantos corações
Que não quero nem saber
O sol já vai entrando
E todo mundo dançando
Na pista ilusória do prazer!

Escrito as 17:44 hrs., de 22/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

O ECO DO REFLEXO


Mas que forte dor no peito
Deixa eu deitar nesse leito
Me aqueça com teu calor
Desliga essa tevê
Agora quero você
Pra nos entregarmos ao amor

Deixa que tudo aconteça
Vamos mergulhar de cabeça
Nas profundezas da paixão
Não quero teorias vãs
Mas sim o sereno das manhãs
Com prenúncios de verão

Quando teu corpo se exibe
Nas belas águas do caribe
Ouvindo bela canção
E o eco do reflexo
Numa noite inteira de sexo
E o mergulho profundo na emoção!

Escrito as 10:50 hrs., de 22/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

FLOR DE ROSA


Lá vai poesia mundo à fora
Pra poetar não tem hora
E também não tem lugar
E muito menos momento
Para expor o sentimento
Tirar do peito e semear

Pra fazer brotar de tudo
Você aí não fique mudo
Por favor saia do armário
Pra fazer acontecer
Procure se estabelecer
E comece escrever ser seu diário

Quero colher flor de rosa
Primavera maravilhosa
Passarinhos festejando
Com as bênçãos lá de cima
Saia pra dançar menina
Que eu estou te desejando!

Escrito as 09:55 hrs., de 22/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CONTORNANDO OS ANÉIS DE SATURNO


Bem, estamos viajando
Neste momento cruzando
Por lugares nunca visto
Numa nave espacial
Geringonça fenomenal
Com a permissão de Cristo

Vamos romper as alturas
Espalhar nossas culturas
Por planetas de outras bandas
Queremos fazer um gol
Arrebentar no roquem rol
Pois não temos demandas

Pelos bares dos caminhos
Para trocarmos carinhos
Com rabos de saias de marte
Fazendo zoeiras em motéis
Contornando belos anéis
Espalhando a semente de nossa arte!

Escrito as 17:52 hrs.,de 21/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

domingo, 20 de outubro de 2019

LÁ VAI O BONDE



De peito aberto
O amor por perto
E a paixão ao lado
É na outra janela
Que o olhar dela
Me deixa apaixonado

Lá vai o bonde
Nem sei pra onde
E ela embarcou
Passou por mim
Ao lado do jardim
Nem se quer me olhou

Pisoteio e xingo
Triste domingo
Uma mera utopia
Por favor me risque
Me vende um litro de wisque
Vou mergulhar na agonia!

Escrito ao meio dia em ponto deste domingo 20/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sábado, 19 de outubro de 2019

O ENREDO DA ÍNDIA MARA


As águas descem na cacheira
Ao barulho da ribanceira
E as lagrimas rolam ao chão
E eu lá em baixo bebendo
Selvagemente convivendo
Penteando as jubas do leão

E o tigre lambendo minha testa
Na mata é uma grande festa
Com ao pássaros cantando
Meu rancho ao fundo da mata
E o banho fresco na cascata
O cachimbo eu sigo fumando

Segue a vida no fundão
Nem a lua faz clarão
Pra nós o tempo não para
Domingo churrasco de caça
Desde que caí na graça
E no enredo da Índia Mara!

Escrito as 15:57 hrs., de 19/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

SOL DIVINO


E lá vai mecha rimada
Manhã bela ensolarada
Chegou o fim de semana
Sábado dia do descanso
Sou bom mas não sou tanso
E o sol divino me ama

Tantos poemas eu compus
Querido bairro Bom Jesus
A direita da Protasio
No outrora fui menino
Que por conta do destino
Um dia fiz ginásio

Hoje eu faço serenata
Pra namorada Renata
Que mora no Menino Deus
Que me mata de desejos
Muito cheiro e muitos beijos
Quando está nos braços meus!

Escrito as 10:38 hrs., de 19/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O MEU CORCEL


Vou encostar o meu corcel
De baixo de um pé de marmel
Deste planeta tão belo
Para comer doce de leite
A primavera é um enfeite
E eu ando só de chinelo

Já se rasgou meu coturno
Estou circundando saturno
No meu cavalo corredor
Um bicho de lindo pelo
Que a trato com muito zelo
Como trato o meu amor

Em Júpiter á minha espera
Seguindo o aroma da primavera
Na direção de Netuno
Minha amada me tirou da jaula
Eu sou estudante de boa aula
Da profe sempre fui bom aluno!

Escrito as 17:37 hrs., de 18/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

DEIXA EU DESCER DESSE TREM


Não mete a mão comigo
Não me deixa de castigo
Me leva embora daqui
Eu não gosto deste lugar
Mas quero incorporar
Num lance que tem ali

Bem na costa de um rio
Minha alto estima sumiu
E eu quero ir junto dela
Fica perto de Morumgaba
Se por lá não tem goiaba
Então eu quero marmela

Deixa descer desse trem
Desce comigo, vem
E vamos rolar na grama
Ali tem uma pensão de quinta
Fala pra mim e não minta
Quero saber se tu me ama!

Escrito as 15:46 hrs., de 17/10/2019 por
Nelson Ricardo ávila

NA ALAMEDA DA MEMÓRIA


Pego a vassoura e vou varrendo
Depois me sento e fico escrevendo
No teclado de meus dedos
O arroz doce de sobre mesa
Danço na taboa da destreza
E escondo no bolso meus segredos

Me perco na estrada da memória
Será que um dia serei história
Ou passarei despercebido
Sumindo nas brumas do tempo
Como folha seca levada pelo vento
E completamente esquecido

Essa é a pergunta que fica
Na linda e florida alameda rica
Com sua relva colorida e serena
Encerro meu arroz doce
O que era bom acabou-se
Porem fica aqui mais um poema!

Escrito as 12:49 hrs., de 17/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

A PRIMAVERA MANDA FLORES


Comendo alface e beterraba
E se a cenoura não acaba
Também vai junto na salada
Dois minutos para as onze
Ganhei medalha de bronze
Na competição acirrada

Ano seguinte veio o ouro
O meu maior tesouro
É a vida que Deus me deu
Eu fui ali no mercado
E fiquei com o pé molhado
Porque a chuva em mim desceu

Vontade de falar bobagem
O carro dentro da garagem
A primavera manda flores
A maior das alegrias
E rever fotografias
Das noites de grandes amores!

Escrito as 11:04 hrs., de 17/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

MÁQUINA DE ESCREVER


Na velha máquina de escrever
Interessante pode ser
Quando se recorda o passado
Curso de datilografia
Quando mais rápido se batia
Ficava o texto datilografado

A carta ou o telegrama
Levava quase uma semana
Pra chegar no endereço
Eu que fui telegrafista
Nasci pra ser otimista
E hoje de otimismo careço

As coisas vão mudando
E o tempo nos empurrando
Para um lugar não sei onde
Quanta saudade
Agora na modernidade
O passado não nos responde!

Escrito as 09:29 hrs., de 16/10/2019 por
Nelson Ricardo Ávila

terça-feira, 15 de outubro de 2019

A BRISA SERENA




A inspiração vem do alto
E aterrissa no asfalto
De minha pobre vocação
Que com esmero e vontade
Sobre o ar da liberdade
Formo a letra de uma canção

Que também é um poema
Enquanto a brisa serena
Molha a aba do meu chapéu
Dou um ponta pé na maldade
Em troca da felicidade
Erguendo as mãos para o céu

Porque sou feliz nesta terra
Lutei e venci a guerra
Superando qualquer dor
Hoje tão distante
Encontrei a amada amante
Meu verdadeiro ninho de amor!

Escrito as 10 horas em ponto do dia 15 de novembro de 2019
Nelson Ricardo Ávila