domingo, 5 de abril de 2020

QUANDO O OUTONO VIER



Quando o outono vier
Eu sei que aquela mulher
Virá recolher-me da rua
Eu sei que não será miragem
Dormirei em sua garagem
E não mais ao sabor da lua

Fui jogado porta a fora
Em baixo de um pé de amora
Em uma caixa de papelão
Minha mais humilde morada
Eu traí a minha amada
Por uma outra paixão

Uma coisa chamada veneno
Se hoje eu durmo no sereno
Estou pagando o meu preço
Cavando meu próprio buraco
Sei que não passo de um fraco
Infelizmente sei que mereço!

Escrito as 19:16 hrs., de 05/o/2020 por
Nelson Ricardo Ávila

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