sábado, 2 de abril de 2011


Corno conformado


Estou perdido
Já velho combalido
E pior que a razão não fala
Não tiro os olhos das meninas
Tropeço pelas esquinas
Me seguro na bengala

Desse coco não sai mais água
Já esqueci toda a mágoa
Daquela que me rejeitou
Embora eu esteja fuçado
Até me sinto conformado
Com o pouco que me sobrou

Ela se mandou porta fora
O coração não ignora
O tamanho da dor
Ela se dizia apaixonada
Numa noite enluarada
Me declarou seu amor

Vivia alegando gripes
Me aplicou um par de chifres
Fiquei feio credo em cruz
Já sou alto barbaridade
Quando ando pela cidade
Me enrosco nos fios de luz

Não entro em porta eletrônica
Ouço uma sinfônica
Vinda da população
Esse vai se ferrar
Quando morrer não vai dar
Nem pra fechar o caixão

Calma gente o que que é isso
Eu vou dar um fim nisso
E volto pra minha rainha
Queiro beijos no cangote
Pra que que existe serrote
Fica tudo belesinha!

Escrito as 13:02 hrs., de 02/04/2011 por
Vainer Oliveira de Ávila

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