Nas trilhas de Machu Picchi

Os passarinhos cantando lá fora
Um cheirinho de flor num pé de amora
Que eu sinto nas narinas de minha vida
Lá de traz daquele morro
Ouço o latino de um cachorro
O pé da serra é a coisa mais colorida

Os sol brilhando coisa maravilhosa
A mata atlântica cheia de flor cheirosa
O sono embala minha amada lá na cama
Vou encomendar 7 caixas de cerveja
Porque o meu coração almeja
Comemorar no próximo fim de semana

A primavera que permeia o lindo campo
A ceva gelada caprichosamente destampo
Quero enamoradamente sonhar
Com minha amada que bebe junto
Uma gamela com sanduíches de presunto
Com ela nos braços eu me ponho a bailar

Passarinho canta alegrando o meu semblante
Em cima do morro a coisa exuberante
Falou em sanduíche já me abre o apetite
Me vou pra mata na caçada de tatu
Os incas voltaram novamente ao peru
E vou me embora morar lá em Machupite

e pegar a minha amada pela mão
dizer-lhe que amo o seu coração
As portas abertas por favor entre
Já tranquei a porta e joguei a chave fora
Juro por Deus que a partir de agora
Ela me pertence e será minha pra sempre!

Escrito as 07:29 hrs., 29?09/2011 por
Vainer Ávila

Fogueira da paixão


Estou cansado pra caramba
A moleza em mim descamba
Da cabeça até os pés
Sinto que o peso da idade
Me faz sentir saudade
Um verdadeiro revés

Do tempo da jovem guarda
E eu que até já usei farda
É sim senhor já fui milico
Queria ainda cair na balada
Estou com a carcaça quebrada
E agora como é que eu fico

Uma recarchutagem quem sabe
Nenhuma porta se abre
Olha vou te contar um segredo
Ando me sentindo fraco
Tenho a impressão que este caco
Vai ficar chupando no dedo

Mas eu quero te ser franco
Que ainda pego no tranco
No esquema do amor me encaixo
Experimenta pra tu ver
O que pode acontecer
Se me ascenderes o facho

Deixe-se cair por cima de mim
Que vais entender que no fim
Vai ser a fogueira da paixão
É só você me dar bola
Que eu te garanto que rola
No decorrer de uma canção

Uma química gostosa
É só tu vires cheirosa
Carinhosa e sem pressa
Atender o que o coração sente
Fazermos o que vier na mente
E o resto não tem pressa!

Escrito as 15:51 hrs., de 28/09/2011 por
Vainer Ávila

Valsa da primavera


Mas uma vez eu canto a prima
Pois ela chegou por cima
De tudo que tem aqui em baixo
Eu fico pensando meu amigo
Comendo um docinho de figo
Pois acho que nela eu me encaixo

Mas de que prima estou falando?
E dela que achegou voando
Sobrevoou mares e oceanos
Inspirando poetas e loucos
E não pense tu que são poucos
Esses poetas loucos e insanos

Bom dia prima querida
Como estás linda e florida
Nos campos de cima da cerra
Que embeleza o litoral
e florescendo por igual
metade do planeta terra

te amo muito verinha
és tu a bela rainha
a beldade de muitos amores
que traz contigo os passarinhos
que vêm fazer seus ninhos
num mundo cheio de flores

e chega de tere te tê
que eu vou cantar pra você
te senta aí e me espera
espante os espiritos maus
e ouça uma valsa de straus
minha linda primavera!

Escrito as 07:27 hrs., de 27/09/2011 por
Vainer Ávila

o xeque mate do amor


Eu amo os teus olhos que lindo
Amo também você sorrindo
Quando olha pra mim
Sinto o maior orgulho meu amor
És a mais linda flor
Que brotou em meu jardim

Todas as palavras são poucas
As nossas vozes ficam roucas
De pronunciar a palavra amar
Tu que mexes com meu coração
Com tua voz verdadeira canção
teu nome não me canso de pronunciar

vem pra mim mais uma vez
vamos jogar as pedras do xadrez
o bom jogo do combate
pois ganhar de ti eu quero
mais se terminar no zero a zero
vai ser um glorioso empate

quero tu rainha no trono
que me faz suavizar o sono
quando te envolvo nos meus braços
que me relaxa pra vida
és sim minha amada querida
que segue sempre os meus passos!

Escrito as 13:22 hors., de 26/09/2011 por
Vainer Ávila

O jogo do amor


Que saudades eu senti
Desde o dia em que te vi
Quando disseste que me amava
Você sorrindo tão bela
Da soleira da janela
E eu que nem desconfiava

Tropecei na roseira
E o cachorro me deu uma rasteira
Caí na trilha empoeirada
Quase que perdi o sentido
Ainda soa no meu ouvido
Você dizendo que me amava

Eu ainda era meninote
E achei que seria um trote
Mas você me caçou na rua
E hoje sei que és minha
Pois então minha rainha
Estou inteiramente na tua

Te envolvo inteira em meus braços
Povôo por todo teus espaços
És linda tal qual uma flor
Quanto mais o tempo passa
Eu te beijo e tu me abraça
Na chama acesa do amor

Que a cama já pegou fogo
Junto jogamos o jogo
Da paixão desenfreada
O puro e eterno amor
Sou teu poeta declamador
Tua alma é a minha morada!

Escrito as 15:38 hrs., de 23/09/2011 por
Vainer Ávila

as chamas do amor


atenção meus amigos
eu sou fadado aos castigos
nas masmorras da maldade
por quem se diz meu amor
à 80 graus de calor
mergulhei na insanidade

nessas esquinas quaisquer
mas eu amo essa mulher
porque o meu coração clama
na mendigação dos seus beijos
na fogueira dos desejos
toda vez que ela me chama

o nosso amor é intenso
que as vezes eu paro e penso
se isso não é loucura
quando ela chega de mansinho
e pousa em mim seu carinho
e eu respondo com ternura

toda noite e todo dia
é aquela estrepolia
lençóis jogado ao chão
na aquela transa mui louca
seus beijos em minha boca
numa eterna paixão

a minha solidão se foi
Deus nos abençoe
meu eterno professor
já pegou fogo na cama
eu quero me queimar na chama
na grande fogueira do amor!


escrito as 11:18 hrs., de 22/09/2011 por
Vainer ávila

Rei SOL



mas em fim estou chegando
um novo dia começando
é o marco de nova era
e desse mundo eu sou membro
hoje é 21 de Setembro
e começa a primavera

adeus inverno tenebroso
aí vem o rei sol garboso
despontando por de traz da serra
tantos passarinhos aparecem
jardins e campos florescem
enchendo de alegria a terra

momentos ruins são esquecidos
os maus espíritos adormecidos
amanheci otimista
vou na padaria comprar pão
e abrir meu coração
pra bela da balconista

passarinho batendo a asa
eu voo de volta pra casa
pois a rainha precursora
é a minha própria imagem
e se descobrir minha sacanagem
vai me expulsar de vassoura

melhor mesmo é acalmar o facho
quer saber o que que eu acho?
eu vou é sossegar o pito
vai que a balconista não me aceite
vou preparar café com leite
e uma porção de bolinho frito

pera aí eu tava só brincando
ela já está me xingando
me chamando de traidor
mas agora eu vou por baixo
e ela diz que eu sou seu macho
e eu a chamo de meu amor

e a paz volta a reinar
e o rei sol a derramar
na terra mais colorida
que belo os versos meus
obrigado meu Deus
que me deste a minha vida!


escrito as 07:04 hrs., de 21/09/2011 por
vainer ávila

amor eterno


amanheceu segunda feira meu amor
vem chegando a prima cheia de flor
você sabe de qual prima estou falando?
primavera entre inverno e verão
marcando a época da floração
sim meu amor a prima vem chegando

para florecer o nosso lar
a estação que vai marcar
mais um passo em nossa história
a primavera é prenúncio de calor
em nosso jardim paira o beija flor
e eu junto a ti vou atingir a gloria

e balbuciar ao teu ouvido
algum provérbio atrevido
como por exemplo te falar
da saudade que de ti
por muitos meses senti
de tanta vontade de te amar

mas agora tu és minha
e eu te coroo rainha
para que vivamos em paz
e quero te amar o tempo inteiro
meu amor é real e verdadeiro
nova vida você me traz

pelo teu nome eu te chamo
não diga que eu não te amo
não diga que meu amor é falso
quero ter-te nos braços meus
obter as bênçãos de Deus
entrar na igreja descalço

para pagar uma promessa
pois que história é essa
de não me levar crédito
o coração chora e sente
e assim ele acaba doente
e você é o meu remédio

por favor acredite em mim
não dê rumo ao meu fim
não me devolva ao seio materno
pra você esse poema eu fiz
quero contigo ser feliz
e o meu amor por ti é eterno!

escrito as 07:14 hrs., de 19/09/2011 por
vainer ávila

eterna amada


Roberto Carlos cantando
e minha mente desfilando
por uma figura encantada
que me desafia aos desejos
ai que saudade dos beijos
da minha querida amada

a linda flor do meu jardim
a poucos metros de mim
mergulhada no calor
do edredom de nossa cama
o berço onde a gente se ama
o casulo do nosso amor

com ela eu me consolo
pois sei que vem pro meu colo
para saciar meus desejos
e meu pobre coração sente
nossos abraços de repente
e eu cubro ela de beijos

hoje eu carrego como emblema
como um lindo poema
porque pra isso eu me proponho
nessa caminhada bem louca
as marcas da sua boca
e a realização de um grande sonho

não me resta mais nada
minha eterna namorada
nos amamos sem barulho
minha estrela matutina
que não me sai da retina
izabel meu grande orgulho

me sinto no seio materno
o nosso amor é eterno
desde que a conheci
a minha primeira dama
eu a amo e ela me ama
o nosso paraíso é aqui!

escrito as 10:38 hrs., de 18/09/2011 por
vainer ávila

arte café


bem por aqui estou chegando
e já vou cumprimentando
se deixar ninguém de lado
a ausência daqui é um castigo
aceite meu boa noite meu amigo
e um grande abraço apertado

minha alma está faceira
e hoje é sexta feira
só alegria e sem açoite
e pela paz eu boto fé
é festa no arte café
e viva mais uma noite!

escrito as 16:54 hs., de 16/09/2011 por
vainer ávila

desfolhar do periquito

estou neste momento
ouvindo o barulho do vento
num silencio absoluto
penso então num segundo
como sou dono deste mundo
vou dele fazer uso fruto

estou devidamente apaixonado
de mão no bolso e pelado
e aí que eu quero ver como é que fica
quero dormir nos lençóis
das nuvens que vão para ilinóis
desde a ilha de itaparica

revistas de mulher pelada
banheiro de porta fechada
arromba de vez a bragueta
e empunha na mão o maldito
no desfolhar do periquito
e na santa explosão da punheta

bem chega de mal criação
é por isso que esta nação
será inflacionada de novo
porque aqui só tem puta e puto
eles com poder absoluto
pra continuar fudendo o povo

os militares nas casernas
e a mulherada abre as pernas
a final a vida é curta
e em todos os sentidos
elas corneiam os maridos
nesse país de filhos da puta!

escrito as 11:20 hrs., de 15/09/2011 por
vainer ávila

a sinfonia do amor

comecei escrever um poema
amanheci de alma serena
já são sete horas da manhã
a muito o dia clareou
a curruira piou
amanheci de mente sã

o tempo está nublado
daqui a pouco la de outro lado
vai aparecer o sol grandão
quantas coisas vão acontecer neste dia
ao som da sinfonia
que alegra o meu coração

que está caidinho de amor
quer se queimar no calor
e se lambuzar no mel
da paixão e do pecado
e andar no trote marchado
de um muito fogoso corcel

levanta meu docinho de coco
porque eu estou quase louco
de tanta paixão no peito
quero mergulhar no teu lago
e de onde quero sair curado
de uma dor que não tem jeito

hoje é uma quinta feira
e eu estou pensando doideira
sim eu dormi em teus braços
você veio embora pro sul
fomos mordidos pela mosca azul
de agora em diante eu sigo os teus passos

e não adianta não te perco mais
quero me salgar nos sais
e não sair dessa doideira
nossa vida é bem florida
faço parte da tua vida
vou te amar a vida inteira!

escrito as 07:17 hrs.,de 15/09/2011 por
vainer ávila

namorando nas savanas da África


bem agora eu vou escrever uma poesia
cumprindo minha meta de todo o dia
é uma meta criada por mim mesmo
vou cumpri-la com todo o meu carinho
para isso vou estourar um vinho
e preparar porção e meia de torresmo

pior que ainda não escolhi o tema
então eu vou usar como lema
a minha querida amada amante
sonhando estar pelas savanas
das eternas plagas africanas
cavalgando no dorso de um elefante

a minha querida amada
com suas coxas peladas
e pele nua ao vento
comendo uma maçã
só de calcinha e sutiã
e vindo com aquele doce argumento

de que me ama à cima de tudo
dizendo que já mais serei um cornudo
porque ela é a rainha da fidelidade
enquanto uma cascavel bate o guizo
nos nos amamos nos lenções do paraíso
e nos cobrimos com o edredom da felicidade

depois de uma madrugada
que foi um tanto quanto gelada
e de nosso sono profundo
eu hoje me sinto garboso
pois fizemos amor gostoso
sou o macho mais feliz do mundo

ainda estou cheio de desejos
vou lá acordar com beijos
nada de África e elefantes
eu a amo e ela me ama
na arena macia da cama
é o encontro de dois felizes amantes!


escrito as 11:06 hors,, de 14/092011 por
vainer ávila

posso falar


posso falar da saracura que grita
ou da maquina quebrando brita
e também do medo do tubarão
que cruza os oceanos profundos
são os mistérios dos mundos
que cabem dentro de uma canção

posso falar do trote do corcel fogoso
do leopardo faminto e nervoso
ou da cuca com recheio de coco
uma penca de cavalos no hipódromo
a largada da formula um no autódromo
e na política onde só tem esperto e louco

eu vou seguindo no meu questionamento
como funciona a indústria de fermento
que faz crescer o pão nosso de cada dia
vem aí mais um Carnaval meu amor
prepara-se para o rufar o tambor
pra receber a rainha da bateria

a moça fazendo ponto na voluntários
quero pegar um ônibos, são vários
que me leve em busca do paraíso
para fugir desta panela de pressão
quero pular antes que chegue na estação
e antes de tudo que eu perca o meu juízo!


escrito as 07:36/09/2011 por
vainer ávila

do inferno ao paraíso


volto então a escrever de novo
dizendo para o meu povo
que a América latina inteira
torce para um novo por vir
e a chuva possa sumir
de santa Catarina inteira

como se fosse hoje eu lembro
desse 11 de Setembro
as torres gémeas arrearam
e quantas criaturas inocentes
sucumbiram nas enchetes
terras desceram e soterraram

apesar disso a vida é bela
e vem entrando pela cancela
sem desdenho e sem quimera
de la de onde o sol brilha
florindo campos e cochilhas
a mais linda primavera

prima linda meu Deus do céu
então eu tiro o chapéu
chegue no mais não se acanhe
vamos estourar litros de gim
unidos faremos tim tim
derramando cascatas de champanhe

e os algozes que nos errem
as pitangas que nos esperem
nem que percamos o juízo
vamos visitar outras terras
superando infernos e guerras
em busca do paraíso!

escrito as 15:26 hrs.,de 11/09/2011 por
vainer ávila

a arca e o dilúvio


é hora de começar a fusarca
ai que saudade do tempo da arca
você lembra que o Noé construiu?
com iluminação de lampião
e que naquela ocasião
a confusão geral se instituiu

o bandido eu sei deu no pé
foi então que o Noé
instituiu um posto de banco
posto avançado do banco do Brasil
a bicharada era pra mais de mil
tinha até um casal de urso branco

aquela gigantesca arcona
a hora em que Deus não abandona
nada das suas criações
criou até o tal do lubisome
um casal de bicho home
macacos, tigres e leões

eu era então o maquinista
ao deparar com o diluvio a vista
eu gritei chamem os bombeiros
veio bombeiro de toda a parte
duzentos em cada turno
discos voadores de Saturno
escadas magirus de Marte

depois de quarenta dias
eram tantas as alegrias
a bicharada toda em festa
e Noé dias depois
mandou abater cem bois
contratou até uma orquestra

e todo mundo bailava
e todo mundo se namorava
e veio então a procriação
entre todos os casais
pois diluvio nunca mais
eu sou testemunha da ocasião!

escrito as 09:10 hrs., de 10/09/2011 por
vainer ávila

500 mulheres

cada música que ouço é um hino
a música sim ela toca o meu destino
e com certeza embala o meu ego
no basquete sou bola no cesto
no escritório um cafezinho preto
sou apaixonado pela vida e não nego

estrada já longa percorrida
espinhenta e muito dolorida
mas também por de mais interessante
aprecio os olhos da mulher bonita
coração dentro do peito saltita
olhos que parecem com uma pedra brilhante

rostinho pequenino e lindo
me chama que eu já estou indo
ao encontro de desejados amores
no teu cultivo regar-te-ei de amor
se fores uma mudinha de flor
a transformarei em um lindo jardim de flores

la fora uma chuvinha daquelas
de embassar as janelas
das lindas de braços cruzados
outras dormem em finos lençóis
outras apreciam os raios de sóis
sonhando com seus principes encantados

eu particularmente vou à luta
quem não sabe que a vida é curta
muitas sucumbem à tormentas
eu quero me arranjar sim senhor
viver uma vida de amor
mulheres, eu quero umas quintenhas!

escrito as 10:13 hrs., de 08/09/2011 por
vainer ávila

amada mulher


marquem bem esta data
do que este poema relata
o sol aberto la fora
todos cantando alegremente
no escrito ou no repente
o verso no pé da hora

minha gente não tem jeito
passarinho abre o peito
nas grimpas de um sinamão
que canta a sua alma gêmea
chamando a sua fêmea
nos acordes de uma canção

ouço a praça com roni von
e me recordo que este som
marcou meu nobre passado
mas eu não vivo de recordação
mas acusa o meu coração
que estou apaixonado

com a caneta eu escrevo
procurando dar relevo
a mais este poema
vou recitar pra namorada
nesta manhã ensolarada
e dizer-lhe que o meu lema

é fazer-la feliz
porque assim meu coração diz
e me exige e requer
falar ao ouvido dela
que ninguém é como ela
a minha amada mulher!

escrito as 1017 hrs., de 07/09/2011 por
vainer ávila

DIVINA OBRA



eu estou assim por demais
salpicadamente dos sais
que tudo transpira em teu corpo
te elejo como minha rainha
vamos criar galinha
e fazer linguiça de porco

me tira desse castigo
e venha namorar comigo
sou louco pelos teus beijos
tu boneca és meu enfeite
vamos tirar bastante leite
e fazer manteiga mais queijos

eu juro pelo saci pererê
que não sei viver sem você
na tua ausência eu desmaio
vou te ofertar uma flor
vamos viver de amor
e mandioca assada no borrario

tomar banho pelados no rio
eu te protejo do frio
tenho ciumes de tua sanha
você és minha divina obra
não arrepia pra cobra
amo de mais tua aranha

embarca aí na canoa
vamos tomar chá com broa
sob o luar da madrugada
e eu sei que tu me ama
vamos comer banana
e também cuca recheada

nem por nada tu me deixas
eu comparo a duas ameixas
os teus lábios pintadinhos
o teu caminhar de rainha
o rebolar de tua bundinha
deixa o meu falo empinadinho

venha e me ame com loucuras
quero saborear as doçuras
de tua aura colorida
abre pra mim tuas sanhas
que quero invadir tuas entranhas
tu és a essência de minha vida!


escrita as 1456 hrs., de 06/08/2011 por
vainer ávila

bobices do coração


palavras ao vento, porque não?
são bobices do coração
quando ele está apaixonado
só enxergando mundo em flor
tomado do baixinho chamado amor
chorando que da pena o coitado

palavras ao vento, claro que sim
e claro que eu respondo por mim
pois sou humano de carne e osso
me atiro de cabeça em tudo
tropeço e caio, fico mudo
cheio de mágoa até o pescoço

vou sair da moita e gritar
que quero me aconchegar
nos braços de alguma fêmea
pra deixar de viver sozinho
e me afogar de carinho
de minha alma gémea

o meu coração aqui me diz
que eu tenho que ser feliz
que daqui a pouco alguém pinta
o meu esqueleto quer
que eu arranje mulher
pelo menos umas trinta

quero deixar uma recado
de um homem apaixonado
que está dando pinotes
vamos encher uma casa de flor
e que fale mais alto o amor
e nos de uns oito filhotes!


escrito as 07:25 hrs., de 05/09/2011 por
vainer ávila

entre rio e Buenos Aires


os passarinhos cantam no quintal
para alegrar a esfera universal
com a jubilar felicidade
penso em botar o pé na estrada
nessa manhã ensolarada
respirando orgulhoso a liberdade

ao ouvir o grasnar do chimango
quero hoje dançar um tango
uma nota, duas notas sustenido
imita os passos do corcel
saudoso e genial Carlos gardel
mi Buenos Aires querido

quanta felicidade e alegria
quando nas madrugadas ouvia
o cantarolar de Carlota Joaquina
entre rio de Janeiro e Lisboa
ainda hoje em capão da canoa
te vejo Carlota linda menina

Don João, Don Pedro primeiro
de Dezembro a Janeiro
dona Carlota de maiô nupcial
calor escaldante que arde
o costumeiro chá da tarde
na varanda do passo imperial

rio de Janeiro Brasil querido
salve salve o hino sustenido
ainda se sente pelos ares
a Espanha com Portugal abraçados
e o nosso ouro brasileiro surrupiado
e vamos dançar mais um tango em Buenos Aires!

escrito as 10:38 hrs., de 04/09/2011 por
vainer ávila

uma noite de rei


estou chegando no pedaço
totalmente no bagaço
foi uma noitada daquelas
dancei, cantei, declamei
bêbado, muito bêbado sonhei
mil cafetinas tão belas

desfilei nas passarelas
bebidas desciam nas goelas
mulheres dançando em cima das mesas
mistura de cheiros de suor e talco
orquestras tocavam no palco
reverenciando vossas altezas

eu o rei e a rainha chegando
holofotes nervosos focando
fomos ao camarote de nós nobres
manjares em nossos gargalos
de joelhos suditos e vassalos
toda a plateia de ricos e pobres

depois todos dançamos ao som
ao embalo de um só tom
explicar isso tudo eu não sei
sete horas anunciou o cuco
acordei desse sonho maluco
em que eu vivi uma noite de rei!

escrito as 07;46 hrs., de 03/09/2011 por
vainer ávila

delírios de um poeta


bem agora eu vou escrever de novo
e acenar para o meu povo
dizendo que estou de volta
para lhes mostrar um texto
sem pilhera e sem pretexto
pois o retorno é o que importa

andei por jardins diferentes
participei de rodas de repentes
pelas esquinas dos tempos
poetando lindas mulheres
jantares de mil talheres
pandorgas soltas aos ventos

e então eu volto aqui
quantas quimeras ouvi
no seio das socialaites
já sou quase um professor
nas lides de um computador
de 400 megabaites

estacionei meu chevrolé
para tomar um café
num bar no centro da cidade
mais um capitulo se encerra
de volta com os pés na terra
para encarar a realidade!

escrito as 07:17 hrs., de 01/09/2011 por
vainer ávila