Ancião
Eu amanheci cansado
Já ando acabrunhado
Até mijando no joelho
Nem venha pintada de ouro
Já não do mais no couro
Deste mato já não sai coelho
E agora o que é que eu faço
Já ando errando o passo
Qualquer vigarista me envolve
Eu já fui o homem rocha
Hoje não passo de um brocha
Que nem viágara resolve
Já fui o rei da cocada
O galo da madrugada
O verdadeiro come quieto
Me sinto jogado ao solo
Mesmo assim não me amolo
Só sirvo pra cuidar do neto
É um ciclo que se encerra
Eu nasci da terra
Vou pra terra retornar
Adeus vida idolatrada
Me vou retornar pro nada
Para nunca mais voltar!
Escrito as 08;31 hrs., de 06/08/2011 por
Vainer Ávila
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