sábado, 6 de agosto de 2011


Ancião


Eu amanheci cansado
Já ando acabrunhado
Até mijando no joelho
Nem venha pintada de ouro
Já não do mais no couro
Deste mato já não sai coelho

E agora o que é que eu faço
Já ando errando o passo
Qualquer vigarista me envolve
Eu já fui o homem rocha
Hoje não passo de um brocha
Que nem viágara resolve

Já fui o rei da cocada
O galo da madrugada
O verdadeiro come quieto
Me sinto jogado ao solo
Mesmo assim não me amolo
Só sirvo pra cuidar do neto

É um ciclo que se encerra
Eu nasci da terra
Vou pra terra retornar
Adeus vida idolatrada
Me vou retornar pro nada
Para nunca mais voltar!

Escrito as 08;31 hrs., de 06/08/2011 por
Vainer Ávila

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