segunda-feira, 8 de agosto de 2011
O poeta vagabundo
Não sei nem por onde começar
Tento e quero pronunciar
Algumas palavras de paz
São minhas paixões recolhidas
E atitudes reprimidas
Que o passado me traz
Me sinto um tanto enrolado
Diante de um cafezinho aguado
E um pão da semana passada
Não estou nem aí para etiquetas
Vou enfiar no fundo das gavetas
Essa poesia mal rimada
Eu acho que estou ficando louco
Daqui à pouco
Estarei inventando algum fetiche
Errando o caminho da latrina
Eu ontem fiz pipi na piscina
La de cima do trapiche
Seguranças me cagaram a pau
Cheguei em casa mamau
Numa madrugada qualquer
Achei um negocio estranho
Fui dormir sem tomar banho
E acabei apanhando da mulher
Não sei mais o que fazer
Já ando a comprometer
A tal da dignidade
Ando sujo e esfarrapado
E sempre embriagado
Sou a mais pura nulidade
Eu preciso tomar jeito
Ando cheio de defeitos
E pior que o tempo não para
Preciso levar uma sova de laço
Que é pra ver se acerto o paço
E crio vergonha na cara
Já que estou nesse esquema
Vou encerrar mais um poema
Pra depois eu declamar
Não quero rabo de saia
Eu vou e cair na gandaia
E deixar a vida me levar!
Escrito as 07:34 hrs., de 08/08/2011 por
Vainer Ávila
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