sábado, 13 de agosto de 2011


Corno conformado


É mais uma vez eu te digo
Que é muito doído esse castigo
Que você impõe na minha cabeça
Me chamando de covarde
Quando as vezes chego tarde
Mas te amo por incrível que pareça

A cidade inteira sabe
Nossos segredos tu abre
Dizendo que eu sou um mala
Que só sirvo pra incomodar
E para não te atrapalhar
Me põe pra dormir na sala

A janela do quarto dá pra rua
Bom pra admirar a lua
Remédio pras coisas do coração
És uma mulher muito esperta
Dorme de janela aberta
Pra receber o Ricardão

Sinto um peso na cabeça
Tenho medo que algo cresça
Muito alem do cabelo
Eu sei que tu não presta
Mas me deixa fazer parte da festa
Aceite este meu apelo

Porque tem que ser só ele
Até os objetos dele
Eu mesmo já andei usando
Aquela cueca diferente
Olha o bom senso não mente
Mas eu já estou me acostumando

Tu és danada de boa
Serve até chazinho com broa
Pro safado do teu amante
E em mim tu nem se encosta
Só quer me ver pelas costa
Como um mero figurante


Tu andas pela casa nua
A turma da nossa rua
Já não me dá mais descanso
É a fofoca crescendo
Quando me vêem vão dizendo
Olha lá o corno manso

Deixo escrito este poema
Eu vou é sair de sena
Pra procurar outra praia
Sem choro na despedida
Uma virada em minha vida
Eu vou é cair na gandaia!

Escrito as 08:57 hrs., de 13/08/2011 por
Vainer Ávila

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