domingo, 14 de agosto de 2011


Um rio de lágrimas


Eu quero dizer que te amo
Noite e dia te chamo
Em lágrima molho páginas
Mas você nem se em porta comigo
E me impõe esse castigo
Vivo inundado em lágrimas

Já estou no fundo do poço
Tu me acusa de ser grosso
E por isso me negas carinho
Estás aí numa boa
Enquanto eu aqui choro a toa
Muito triste e sozinho

Mas não há de ser nada
Um dia eu boto o pé na estrada
E vou aí te raptar
Te enclausurar no calaboço
E provar que sou bom moço
E que desejo muito te amar

E voltas me negar carinho
Ficas aí nesse papinho
Dizendo amanhã eu vou
Todo dia prometendo
E eu aqui sofrendo
Um rio de lágrimas sobrou

Vou tomar um suco de uva
E tirar o cavalinho da chuva
E pedir clemência de joelhos
E ninguém me impedirá
E eu fico me perguntando será
Que desse mato ainda sai coelho

Ou eu vou partir pra outra
Vou pro mato cassar lontra
Pra ver se curo a minha dor
Desse maldito romance
Querida me dá mais uma chance
A chance do nosso amor!

Escrito as 08:10 de 14/08/2011 por
Vainer Ávila

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