sábado, 27 de agosto de 2011
sou
estou bobo que nem criança
a minha mão direita alcança
aquela fruta la no alto
eu tenho medo de um gato
e a onça pintada do mato
me toma de assalto
mais aí eu caio fora
sou a velocidade da hora
sou a mula sem cabeça
a marcha suave de um corcel
a estrela gema do coronel
e por incrível que pareça
sou também a barba de bode
que o leve vento sacode
na cordilheira andina
sou a pedra no teu sapato
sou o tal bixo do mato
sou da América latina
sou o néctar das ameixas
e sou fã de Raul seixas
a dez mil anos atraz
sou o acorde dos teclados
sou o eco dos antepassados
que nem o tempo desfaz!
escrito as 08:53 hrs., de 27/08/2011 por
vainer ávila
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