terça-feira, 10 de maio de 2011


Esquina do nada


Estou parado nesta esquina
Batendo em mim uma garoa fina
Entroncamento de duas estradas
Me informaram que hoje o ônibus não passa
A, mais que piadinha sem graça
Como é que eu fui entrar nessa enrascada

E agora o que é que faço minha gente
O coração bate forte e sente
Que de fato estou ferrado
Eu arrastando duas malas
Chamo então meu anjo as falas
E disse que já estava cansado

De repente aponta um caminhão
E um moço de bom coração
Nao é que me deu uma carona
Eu sou realmente um homem de sorte
E o meu amigo é um anjo bem forte
Que já mais me abandona

Mas que susto que eu passei
Nem uma hora levei
Pra sair do meio do nada
Me vim embora pra cidade
De novo dono da minha liberdade
Me livrando do pó daquela estrada

Eu achei que ali eu ia morrer
De fome e cede perecer
Perder o sentido
Chorei pelos sentimentos meus
Mas obrigado meu Deus
Por ter me socorrido

Segui embora de volta pro meu destino
Com o espírito ainda de um menino
Eu encaro a vida e o peso da idade
Pelo rumo do universo
E aqui eu gesto mais um verso
Nos braços da felicidade.

Escrito as 07:38 hrs., de 10/05/2011 por
Vainer Oliveira de ávila

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