terça-feira, 31 de maio de 2011


Maluco da vez


Estou sentado aqui nessa cadeira
Trançando os fios de minha cabeleira
Que é pra ver se eu fico bonitaço
Pra esperar papai Noel no fim do ano
Ou quem sabe o veredito do cicrano
quero dormir chega de levar puaço

Meus olhos já estão caindo
Então vou me indo
Pra lavoura plantar milho
sei que sou um pacato cidadão
neto ou filho de adão
sou bronze opaco sem brilho

Entrei na arca de Noé
Pra caçar jacaré
A botinada no mas
Caí perdido no mato
E me salvei intacto
Na ilha de são Tomás

Eu sou a semente do passado
Adoro Chuchu com guisado
E colo de castelhana
Nas águas do são Francisco
Troco chumbo com curisco
Em tiro ao alvo contra Osama

Batata assando no borraio
E é aí que eu caio
Num carteado de canastra
No brilho dos cristais eu vejo
Que tenho que dar um beijo
Na minha querida madrasta.

Escrito as 19:49 hrs., de 31/05/2011 por
Vainer Ávila

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