segunda-feira, 18 de julho de 2011


cai a chuva


Cai a chuva lá fora
Ai mas que tanta demora
Do tempo melhorar
Aqui neste meu beco
Não tem mais pano de prato seco
Toalhas de banho vão acabar

Cueca nem se fala
Já molhou até meu pala
E ainda me pedem calma
De estresse eu me ataco
Já estou virando um sapo
Encharcado até a alma

Isso não tem nenhuma graça
Eu quero beber cachaça
Nos botecos da vida
Ou então um vinho de uva
Mas não tenho guarda chuva
Estou mesmo sem saída

Na chuva eu me atrapalho
Queria jogar baralho
Pra ver se ganhava uns troco
Vou desafogar minha mágoa
E botar o peito n’água
Antes que eu fique louco

Tenho que comprar pão e manteiga
Daqui a pouco a noite achega
Eu fujo de gato preto
Você sabe como é que é
Vou jantar e tomar café
E descansar o esqueleto

Amanhã é outro dia
Vou pegar a rodovia
E ir pra America latina
Chega de sofrimento
Vou procurar casamento
Lá no fim da conchinchina

Chega de viver sozinho
Vou procurar carinho
No compasso de uma valsa
Ou então de um Fox trote
Quero alguém que me adote
E que me aceite como comparsa!!!

Escrito as 16:11 hrs., de 18/07/2011 por
Vainer Ávila

Nenhum comentário:

Postar um comentário