sábado, 9 de julho de 2011


Riozinho das flores


ai que saudade do mar
esse inverno que custa a passar
esse frio danado na alma
a minha mão está ficando enrugada
mas ainda a linha da sorte expressada
na minha palma

os galhos de sarandi ainda se dobram
e os barquinhos manobram
pela beira do riozinho das flores
romances que eu tive no outrora
foram embora
hoje eu curto novos amores

cidadezinha pacata
onde nasceu aquela ingrata
que me trocou por um naco de fumo
digamos me aplicou uma rasteira
fiquei chorando a vida inteira
perdi o rumo

hoje volta estraçalhada
como a coruja da madrugada
soltando fuligem aos ares
com o seu cigarro de palha
gritando feito uma gralha
e pedindo esmola nos bares

querendo voltar comigo
mas pagou pelo castigo
de ter me largado na sargeta
lembro seus bilhetinhos apaixonados
estão todos guardados
no fundo de uma gaveta

esqueça de mim senhora
porque agora
busquei outra saída
já não sinto aquela dor
encontrei outro amor
o grande amor da minha vida!

Escrito as 08:57 hrs., de 09/07/2011 por
Vainer ávila

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